domingo, 25 de fevereiro de 2024

Intelectuais reacionários até dizer chega


Tiago Moreira de Sá é um dos responsáveis pelas relações internacionais do PSD, sendo um dos membros do pindérico, mas dominante, complexo académico-político-militar luso, financiado por Washington, por Bruxelas e pelas fundações associadas. É a dependente imaginação a que temos direito nesta periferia europeia.

Moreira de Sá é bastante sonso intelectualmente. É difícil esquecer esta sua formulação, todo um programa de revisionismo histórico: “Em 1945, a Europa era constituída por estados egoístas envolvidos numa luta de todos contra todos”. Resistentes antifascistas, como as da foto, equivalem aos impérios nazifascistas neste caldo reacionário.

Em coerência, veio agora sublinhar no Twitter a convergência política e pessoal com um conhecido membro do MDLP, organização terrorista de extrema-direita, racista assumido: “Um abraço ao Diogo Pacheco de Amorim, um aristocrata da política que faz o favor de ser meu amigo e que é superior a mentiras miseráveis”.

Note-se que o tal aristocrata do 24 de abril e atual ideólogo e dirigente da extrema-direta já escreveu na página do seu partido o seguinte: “Bem vindos os de todas as raças desde que respeitem a nossa raça (…) Não queremos os qualquer-coisa-Khan que um dia perto do nosso Natal puxam de uma faca e desatam a assassinar pacíficos transeuntes.”

No fundo, Tiago Moreira de Sá é a enésima confirmação da lição de um insuspeito historiador e teórico político liberal chamado Jan-Werner Müller; no seu último livro, Democracy Rules, escreveu - “os que estão à procura de uma lição da história devem tomar nota: não é o povo que decide prescindir da democracia, mas sim as elites”. 

Para lá dos 17 economistas do cortejo fúnebre da economia portuguesa, os restantes intelectuais do PSD são também reacionários até dizer chega. Não passarão. 

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