quinta-feira, 26 de junho de 2008

As fontes de baixa produtividade que interessa discutir

«Tomar medidas para enfrentar a falta de gestores qualificados» é uma das medidas propostas pela OCDE (no relatório ontem divulgado) para melhorar o desempenho da Economia portuguesa. Agora que as organizações internacionais começam a pôr o dedo na ferida, quantas vezes ainda será necessário repetir que a falta de produtividade em Portugal não é explicada por uma qualquer preguiça endémica dos trabalhadores deste canto da Europa?

8 comentários:

  1. O factod e o problema não ser propriamente a preguiça também não iliba os "trabalhadores" de responsabilidades na matéria. Pelo outro lado também lhe dou razão. Aliás, já perguntei no meu blogue onde é que andam os indicadores de produtividade do capital.

    http://caldeiradadeneutroes.blogspot.com/2006/11/produtividade.html

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  2. Obviamente. No Luxemburgo os trabalhadores portugueses são muito bons. Por que cá não são? Tretas. A verdade é que o Management português é uma merda. E o mais curioso é que o Management português já aufere os mesmos salários dos seus congeneres europeus!! Porca miséria.

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  3. Como se do atraso económico do País e do seu fraco desenvolvimento fosse responsável o “velho” (de há quatro anos apenas) Código Laboral. É uma falácia tal argumentação. A crise económica em que persistentemente temos vivido, tem como raízes profundas o sistema de corrupção institucional que a nossa classe politica institucionalizou desde há muitos anos e a sua manifesta incompetência de gerir os negócios do Estado.

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  4. "Aliás, já perguntei no meu blogue onde é que andam os indicadores de produtividade do capital"
    Ainda não deste conta que os nosso 'gestores' acham que a sua 'produtividade' se resume a chular afoitamente as empresas onde estão aboletados?

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  5. «Ainda não deste conta que os nosso 'gestores' acham que a sua 'produtividade' se resume a chular afoitamente as empresas onde estão aboletados?»

    Não. Conheço alguns e nenhum corresponde a esse estereotipo. Se você se sente mais confortável aceitando esse preconceito, por mim tudo bem. Mas eu já passei da idade de ver a realidade a preto e branco, em bons e maus. Interessa-me discutir factos, e isso não se faz com ideias feitas.

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  6. Concordo. A falta de gestores competentes é um problema do nosso país.
    Os gestores portugueses procuram as formas mais fáceis de obter lucro: explorar os trabalhadores, obter benesses (legítimas e ilegítimas) do Estado, e construir monopólios e cartéis.
    Mas bendita UE: é ela que permite que este país não seja uma coutada privada de alguns empresários. A competição trazida pelo Mercado Único salva o consumidor português do empresário português oportunista, a quem nunca passaria pela cabeça arriscar o seu precioso capital, produzindo bens para competir no mercado externo. É bem mais fácil explorar o consumidor português. Só depois do mercado nacional estar bem espremido, e já com a rendibilidade do capital bem segura, o empresário português arrisca entar no mercado externo.
    Mas verdade se diga: nem todos são iguais. Já há bons empresários. São é poucos.

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  7. Eu conheço alguns e a maioria cai perfeitamente nesse estereotipo. E agora?

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  8. Agora é simples. Não tomas o todo pela parte. Eu conheço sindicalistas que não são nada amigos de trabalhar. Mas recuso-me a classificar os sindicalistas como calões.

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