quinta-feira, 26 de junho de 2008

Promover o oportunismo e acabar com estas imagens

aqui defendi que este governo age em muitas áreas como se tivesse uma representação das motivações humanas circunscrita ao egoísmo racional. Um número crescente de economistas reconhece hoje que as motivações humanas prevalecentes dependem muito da forma como o contexto onde se age está estruturado. O problema do egoísmo racional, não é tanto ser verdadeiro, mas antes poder tornar-se verdadeiro (Hannah Arendt). O governo, com medidas de última hora para satisfazer patrões e centrais sindicais mais interessadas em atacar quem ainda tem força social, parece apostado em promover todos os oportunismos laborais. Trata-se agora de incentivar a não sindicalização. João Ramos de Almeida, um dos melhores jornalistas económicos do país, agora de regresso ao Público, escreve: «A lei, a ser aprovada pelo Parlamento, explicitará a ‘possibilidade de adesão individual’ às convenções colectivas em vigor por parte de ‘trabalhadores não sindicalizados’. Se a alteração legal pode parecer interessante para os trabalhadores considerados individualmente, que escolherão a convenção sectorial que mais lhes convier, a prazo é admissível que reduza o poder negocial dos sindicatos, promova a negociação com sindicatos pouco representativos ou mais disponíveis ao interesse patronal».

1 comentário:

  1. Isso SERIA verdade se cá no burgo tivéssemos sindicatos de verdade. Que força têm os nossos sindicatos fora do sector público?
    E no público se as "condições" para exercer o "sindicalismo" não fossem tão boas será que haveria tantos "sindicalistas" ? Sou de esquerda, gostava que as pessoas olhassem mais ao bem global que ao individual mas tal não acontece o maior mal é a inveja e por isso as empresas dividem para reinar. Para quê tantos sindicatos? A união faz a força, se não houvesse inveja ....

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