1. Tiago Dores ficou conhecido e ganhou muito dinheiro, graças ao talento de Ricardo Araújo Pereira. Tem assinado uns artigos de “humor” no Observador. Popularizou a racista tese da grande substituição, ingrediente central do fascismo nos dias de hoje. Da cultura neoliberal reacionária ao fascismo, expediente sempre à mão, é só um pulinho. E é para consolidar esta cultura de ódio à esquerda que existe o Observador, um perdócio financiado, tal como o menos liberdade, pelo milionário Luís Amaral.
2. Mário Ferreira dedica-se diretamente ao capitalismo intensamente explorador e ambientalmente predador, detendo uma empresa de cruzeiros. Para limpar a imagem e garantir poder político-ideológico, Ferreira controla a TVI e a CNN. Esta última organizou uma conferência, perdão, uma summit, sobre mobilidade sustentável e convidou, que surpresa, Mário Ferreira, especialista em ir ao espaço num falo. Os cruzeiros, covidários altamente poluentes para gente rica, movem-se. Vejo-os no Douro.
3. Paula Amorim substituiu a família Espírito Santo na Comporta. Não brincam aos pobrezinhos nos complexos imobiliários de luxo entretanto construídos. Através da Amorim Luxury, esta herdeira do capitalismo fóssil (Galp) tornou-se a encarnação do porno-riquismo - do consumo conspícuo na era das desigualdades pornográficas -, plantando notícias e crónicas a seu belo prazer na comunicação social. De vez em quando, comete-se uma ou outra “gafe” reveladora, como quando o seu marido e sócio garantiu, em 2018, que “não podemos ter pessoas de classe média ou média baixa a morar em prédios classificados”. O objetivo deve ter sido alcançado, entretanto.
Essa da tasca alentejana tem a sua piada. Ricardo Dias Felner, mais conhecido como "O Homem que Comeu Tudo", também escreve artigos para o Expresso (com esse nome). Esta semana escreveu sobre como a cozinha alentejana - que ele considera ter sido historicamente inventiva - se tornou num "cliché desenchabido" e como estamos "a pagar gato por lebre". Hmmm...
ResponderEliminarEna! Uma dentada em Madame Amorim. Julguei que não ousariam.
ResponderEliminarA propósito: eis uma filha dilecta do heteropatriarcado.