sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Habitação, crise e especulação: o BCE no seu labirinto


«Possivelmente animado pela opção de subir as taxas de juro, o Banco Central Europeu (BCE) acredita que "a expansão do mercado imobiliário dos últimos anos poderá estar a chegar ao fim". De facto, convicto de que os financiadores de crédito estão hoje "mais cautelosos" e as famílias menos inclinadas a recorrer à banca, em virtude do "aumento brusco" dos juros, o BCE vê "sinais de viragem" no setor.
(...) A dúvida que subsiste, neste prognóstico, é de facto a de saber se o BCE está a considerar todas as dinâmicas atualmente relevantes do setor imobiliário, incluindo as que se associam ao investimento especulativo, nacional e internacional, que encara a habitação como um ativo financeiro e não com base na sua função residencial. Ou seja, lógicas que obrigam a pensar a oferta e a procura muito para lá das necessidades habitacionais das famílias e da avaliação de risco, pelos bancos, na concessão de crédito para aquisição ou construção
».

O resto da crónica pode ser lido no Setenta e Quatro.

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