As barafundas de Passos Coelho, de que Marcelo Rebelo de Sousa já se esqueceu (?) e, por isso, diz que acha que lhe ficámos a dever muito e que ainda podemos, no futuro, ficar a dever mais.
"Os números servem para tudo. As simulações de IRS para 2013 que o Governo deu aos deputados, para provar a bondade das suas propostas, não só tinham erros, como foram construídas para mostrar que o Governo tinha razão. Quando desconstruídos, revelam que os pobres sofrerão o maior acréscimo do esforço exigido. O Ministério das Finanças não respondeu ao PÚBLICO até ao fecho da edição.
Na conferência em que apresentou a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013, o ministro das Finanças [Vítor Gaspar, hoje no FMI] perdeu bastante tempo a frisar que as mexidas iam ao encontro do princípio constitucional de o IRS ser um imposto progressivo (quem mais recebe mais paga) e que as desigualdades se atenuavam. Mas, no dia seguinte, a generalidade das firmas de consultoria citadas pela comunicação social declarou o contrário. Os escalões de menores rendimentos sofrerão maiores agravamentos de IRS e serão precisamente os escalões de maiores rendimentos que sentirão um menor acréscimo do esforço — ou seja, as de- sigualdades tenderão a agravar-se."
O resto vem no artigo. Veja como se manipularam os números para provar que os pobres saíam beneficiados com o Orçamento de Estado para 2013.
Foi há dez anos.
Era remédio santo a população portuguesa entendesse de uma vez por todas que não houve nenhuma bancarrota, calavam-se de vez os PàFistas João Miguel Tavares e outros alpinistas sociais que lucram com a miséria deste país, o populista das selfies & afetos Marcelo também não se atrevia a dizer que Portugal deve muito a Passos Coelho mais vez nenhuma.
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