domingo, 13 de março de 2022
Laurinda e os que chegam da guerra
No momento em que muitos municípios portugueses se mobilizam para acolher ucranianos que fogem da guerra, sobretudo mulheres e crianças, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais da capital, Laurinda Alves, adverte que a autarquia lisboeta «não se responsabiliza, não paga, não dá sequência a mais nada após o acolhimento de emergência», num sinal claro de descompromisso institucional.
Preocupada com as «centenas de famílias que se oferecem!» para ajudar, Laurinda recua assim face ao disposto no programa de apoio a refugiados da Ucrânia (VSI TUT - «Todos Aqui»), proposto pelos vereadores de esquerda e aprovado por unanimidade. Um programa que compromete diretamente o município com a adoção de medidas de integração nas áreas da habitação, emprego, transportes, educação, saúde e cultura, para lá do acolhimento de emergência («durante algumas horas», no pavilhão com 100 camas preparado para o efeito).
Assumindo-se como uma pessoa «bastante 'obcecada' com a gestão das expetativas», a vereadora recusa portanto o prometido papel de «pivot» do município na concretização das respostas, enjeitando para terceiros, com quem devia eferivamente cooperar (Segurança Social e a SCML) a responsabilidade pela integração dos refugiados. Quanto às «expetativas a gerir», presume-se que sejam as de quem quer acolher e de quem, vindo de uma guerra, precisa ser acolhido. Mas o que sobressai é a ideia de que, uma vez mais, convém não ter muitas (expetativas) quanto à preparação e capacidade de quem ocupa, neste momento, o pelouro dos Direitos Humanos e Sociais na autarquia de Lisboa.
Mas a resposta não é no âmbito emergencial? Se defende o contrário penso que estará de acordo em deixar entrar todos os imigrantes não só os da Ucrânia. Gostava de ouvir a esquerda falar sobre a súbita vontade do patronato de empregar a gente vinda do leste.
ResponderEliminarA Laurinda preocupa-se em arranjar TACHOS para os amigos na camara, por agora 10, de resto nada lhe interessa.
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