quarta-feira, 21 de julho de 2021

Exclusões que passam pelas televisões

Nas televisões ditas privadas é o que se sabe: comentário em canal aberto monopolizado pelos facilitadores das direitas dos negócios. No cabo, com raras excepções, é o mesmo, mas com mais força, agora também com Bugalhos e Pintos, todos excitados com a sua imaginação cada vez mais reacionária. 

Por sua vez, na televisão pública, estamos reduzidos a um extremo-centro pretensamente sensato, capitaneado, entre outros, por Carlos Daniel: ontem tivemos um “debate” sobre o estado desta nação com Silva Peneda e Correia de Campos, antigos ministros e presidentes do Conselho Económico e Social. Estava um representante dos patrões (CIP). Logicamente, devia estar alguém dos sindicatos. Mas não: estava uma cientista política. Foi para não polarizar, como agora se se diz, tentando disfarçar os vieses ideológicos e de classe. 

 Há, de facto, toda uma nação excluída de “debates” para cada vez menos.

5 comentários:

  1. Se calhar, se os heróis da classe operária não tentassem tomar toda a gente por burra sugerindo, por exemplo, que Cuba não é uma ditadura e é preciso contextualizar a sua situação no âmbito mais geral da luta anti-imperialista, eram capazes de ter melhor receção nas televisões. Se é só para debitar a cassete do costume, dispensamos, obrigado...

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    1. Cuba é de fato uma ditadura! O povo cubano ou vota em conformidade com os interesses da USA ou sofre as consequências, como tem vindo a acontecer.

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  2. Como a CRP é muito invocada haveria de reconhecer-se haver dois mundos paralelos.
    Um está no preâmbulo da CRP, o outro nos seus artigos.

    Deve haver esta divisão nos debates, ora preambulados ora articulados.

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  3. Os canais privados estão ao serviços dos patrões e a RTP está ao serviço de quem?

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