As posições de Ricardo Reis já foram bem denunciadas por Ricardo Paes Mamede: ideólogos infernais são os outros. Deixo uma achega dos nossos arquivos de 2008:
O Expresso, que escolheu entrevistar apenas economistas de direita, dá também a palavra a Ricardo Reis, um jovem e distinto macroeconomista neoliberal da Universidade de Columbia [agora está na LSE e estamos todos menos jovens]. Em Portugal ficou conhecido por defender o fim do IRS e por, em Agosto de 2007, ter afirmado com enorme sensatez [ao já extinto Diário Económico]: «Num mês não se falará nesta crise do crédito». Ricardo Reis diz agora que o plano de Paulson original [de socialização dos prejuízos da banca norte-americana no final da presidência Bush] era «anticapitalista». Enfim, uma confusão. É o que dá ter o Capitalismo e Liberdade de Friedman como livro favorito.
Em 2020, digo o seguinte: um economista ter tal panfleto neoliberal como livro preferido até que faz lembrar um biólogo que tenha o criacionismo para totós como livro preferido. Espero bem que tenha mudado de opinião nestes anos. É que do monetarismo à liberdade irrestrita de capitais, as principais ideias de Friedman nunca resistiram bem à prova da experiência, como até economistas do FMI ou do Banco de Inglaterra reconhecem. E nem me obriguem a falar da famosa metodologia, do as if, de Friedman, que deve embaraçar quem tenha lido um livro ou bem mais de filosofia da ciência e que, no entanto, continua a ser papagueada por aí.
Esta economia política para quê? E para quem?
Estes economistas para quê?
ResponderEliminarPara servir os interesses do dono do Expresso e outros Donos Disto Tudo, porque razão haveria de ser?
Se o João quer ser entrevistado por alguém do Expresso tem que mudar de equipa...
Estes economistas para quê?
ResponderEliminarPara isto também:
"Catroga alerta para “vírus ideológico” de BE e PCP""
"Eduardo Catroga lançou um livro que diz ser de “impulso autónomo e independente”. Alerta que é preciso vencer dois vírus” que “têm tolhido” Portugal."
https://eco.sapo.pt/2020/11/23/catroga-alerta-para-virus-ideologico-de-be-e-pcp/
Isto é mais do que desfaçatez, é imundice da mais sórdida.
Bom,mais uma vez deixe-se de lado estes arrufos de geringonço pimentel ferreira, usador e abusador duma coisa chamada "eco".
ResponderEliminarAgora o multinick voador traz para aqui panfletos de pasquins a servirem o Catroga. Embrulhado neste paleio de insonso sonso
Voltemos à vaca fria. A friedman e a Ricardo Reis.Enfim, ao criacionismo para totós
Exacto.
ResponderEliminarNuma economia capitalista e de mercado, o que faz falta é a opinião de gente que parte de pressupostos totalmente diferentes das regras em execução?
ResponderEliminarSe se dedicassem a demonstrar os resultados da aplicação das suas premissas de base, isso seria verdadeiramente impactante.
Sempre me ocorre que começar nas pessoas seria o mais fácil e mais significativo: o que impede de colocar no mercado empresas socialista, algo que funcionasse sem patrão capitalista, tipo cooperativa ou a isso aproximado?
A ideia que passa é que o socialismo se fará sem socialistas, mas sob o poder de um Estado autoritário, que é o que se vê por aí!
Uma das grandes teorias-mentira do neoliberalismo é a primazia das regras (as regras da UE diz-Vos alguma coisa?...) em detrimento das decisões políticas.
ResponderEliminarUm exemplo veio em 1977 de Edward C. Prescott e Finn Kydland, na peça "cómica" "Rules Rather than Discretion: The Inconsistency of Optimal Plans in the Journal of Political Economy".
As duas alminhas deram um exemplo concreto, que é elucidativo.
Imaginem aqueles que constroem casas em leitos de cheia (ou em cima das dunas, como aconteceu no OFIR, mais ou menos por essa altura).
Não havendo imposição das autoridades para não construir ali, o Estado vai ter que gastar dinheiro para proteger a casa, na primeira inundação.
E agora, estamos todos a pensar que os gajos estão a sugerir que o Estado imponha REGRAS para não construir ali.
Nada de mais errado. As REGRAS são outras.
As REGRAS são o Estado não interferir. O empreiteiro constrói onde dá mais lucro.
O Estado vai a seguir gastar dinheiro para proteger a casa.
(A partir do artigo de Bill Mitchell de 17/11/2020 "Governments Will Always Let Inflation Accelerate Apparently")
Bom este tipo não leu o artigo de B. Mitchell. Ou se o leu, nada percebeu. Ou coisa pior.
EliminarMais uma vez assistimos às contribuições de jose no plano filosófico e ideológico para tentar vender as suas tretas.
ResponderEliminarDuma originalidade profunda.
E tal como um pai extremoso que zela pela suposta virgindade da filha, gestora de um dos lupanares de um excelso porno-rico, quer cercear qualquer análise crítica à filha, ao lupanar, ao porno-rico e ao mais que lhe perturbe a mitomania filosófico-ideológica.
Um espanto.
Um espanto a que não está ausente aquele pendor de censor mal resolvido
Nem vale a pena falar nas "cooperativas" que jose teima em apresentar como alternativa ao "capitalismo".
ResponderEliminarEsta é uma estória recorrente a que jose de quando em quando volta e que já foi refutada um ror de vezes.
A tentativa de tentar construir ilhotas socialistas numa sociedade capitalista, em que tudo o que gira à sua volta se pauta pelos processos tão caros a jose, como o da acumulação do capital, faz lembrar uma outra frase de jose, dita há uns tempos:
"É isso o que caracteriza um homem de negócios, aproveitar as oportunidades; e não ser honesto ao ponto de não ignorar a desonestidade alheia."
Jose acabava de confessar que um homem de negócios, na concepção lisonjeira de jose, é geralmente um fdp.
Quer agora jose que honestos cidadãos que tentam erguer com o seu esforço um projecto cooperativo, convivam e sobrevivam nesse mundo de fdp confessos
(Ainda por cima quantas vezes sob um Estado Autoritário, que protege esses mesmos fdp, como ocorreu no tempo em que a Pide os protegia de forma directa)
fdp é um insulto, senhor moderador!
ResponderEliminarTem toda a razão anónimo. Passou desta vez inadvertidamente. Por favor, nada de insultos.
ResponderEliminarPode ser a abreviatura de facilitador dos poderes (leia-se da burguesia)
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