segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Friedrich Engels (1820-1895)


Enviado para Inglaterra em finais de 1842 para, na empresa têxtil de que o seu pai era sócio em Manchester, continuar a sua formação comercial, Engels, que já estudara as obras dos economistas burgueses, dos socialistas e comunistas utópicos e adquirira sólidos conhecimentos filosóficos, pôde contactar de perto com as classes trabalhadoras da Grã-Bretanha a quem dirige uma mensagem colocada à cabeça do livro A Situação da Classe Laboriosa na Inglaterra. Nela se pode ler: «quis ver-vos em vossas casas, observar-vos na vossa vida quotidiana, conversar convosco sobre as vossas condições de vida e as vossas queixas, ser testemunha das vossas lutas contra o poder político e social dos vossos opressores.» 

Esta experiência foi de uma grande importância na elaboração posterior de uma concepção materialista da história, como quarenta anos depois reconheceu ao escrever: «Em Manchester dera-me conta, da maneira mais nítida, de que os factos económicos […] são, pelo menos no mundo moderno, um poder histórico decisivo; em que eles formam a base para o surgimento das oposições de classes de hoje; em que estas oposições de classes […] são, por sua vez, a base da formação de partidos, da luta de partidos e, com isso, da história política toda.»

Jerónimo de Sousa, Engels e a luta na actualidade pelo socialismo, Voz do Operário, Lisboa, 27 de Setembro de 2020.

13 comentários:

  1. Engels não teve o privilégio de conhecer a classe dos 'protegidos' do Estado alimentada pelos da classe dos 'desenrascados' da economia capitalista.

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  2. Será que o Jerónimo, tem alguma coisa contra a classe operária, que para mim está acima de tudo! E como diria Karl Marx; "O caminho para a ciência não é uma estrada real, e só conseguem chegar ao seu cimo os que não temam cansar-se a escalar os obstáculos"!

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  3. A melhor forma de analisar o legado político de Marx e Engels é olhar para os resultados da aplicação da sua doutrina: despotismo, raiando nos exemplos soviético, chinês e cambojano o paroxismo do assassínio em massa, falência económica (ninguém me diga que existe um modelo socialista bem sucedido, porque a China ou o Vietname são exemplos de Capitalismo de Estado, não de Socialismo) e absoluta destruição ambiental.

    A análise marxista do Capitalismo ainda tem lições para nos dar, a ponto do 'The Economist' ter recomendado a líderes económicos e políticos o estudo da obra dos dois autores fundadores, mas os sucessivos falhanços já deveriam há muito ter convencido qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso a mandar tudo o resto (leia-se o modelo alternativo) para o caixote do lixo da História.

    Mas isso seria não cair na falácia dos custos irrecuperáveis. O investimento emocional é de tal ordem que, quais crentes milenaristas que esperam uma parúsia que não vem, os comunistas aguardam ainda a crise final do Capitalismo que instaure a sociedade socialista. Crise final poderá até haver, o que virá daí é que não será socialista de modo algum...

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  4. Deixemos o Aires, perdão o Ayres, que ficou bastante combalido quando foi apanhado a citar estudos burqueses e malteses

    (De como deste pequeno texto se pode deduzir que Jerónimo de Sousa tem alguma coisa contra a classe operária é um verdadeiro mistério. O adicionar a tal disparate, juras de amor idiotas e frases a martelo, faz confirmar o que já alguém dissera. O quadro cognitivo aponta irremediavelmente para esse tal joão pimentel ferreira)

    Será mais interessante desmontar o discurso de jaime Santos?

    Não me parece. Porque o que assistimos é a uma cassete. Com alguns pontos cómicos todavia

    (É o que acontece aos pastores evangélicos quando fazem prédicas revestidas desta patine emocional. Tão ao gosto de JS)

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  5. JS atira-se. De cabeça. Descabelado. Contra Engels ou contra Jerónimo ou contra o marxismo não se sabe bem. Ou talvez sim

    Qual a melhor forma de analisar esta atitude pavloviana de JS?

    De repente lembramo-nos. Engels era pela libertação das grilhetas. JS pugna por elas.

    Tudo fica mais claro. Só um aficionado desta monta consegue verter tanto rancor. Afinal JS está nos antípodas de quem se quer libertar. E inspira-se em modelos idiotas, feitos para ver se há idiotas que os comprem.

    Os ensinamentos dos marxistas são hoje ainda válidos.E de que maneira. De resto é um dos motivos pelo qual JS passa aqui, nesta cantilena repetitiva e bocejante. E não vale a pena JS invocar o Independent para nos fazer engolir o que é essa coisa inenarrável de trastes a passarem-se por deuses, que foi há dias tão bem desmontada aqui por Vicente Ferreira.

    JS mostra o seu perfil rancoroso. Já sabemos que tem ódios de estimação mas podia não ser desonesto ( cansa ter que lhe estar a atirar isto sempre à cara)

    Qual será a melhor forma de analisar o legado do Capitalismo? Olhar para Trump e Biden nos EUA? Olhar para a pós democracia de Ursula a imitar os bosses do outro lado? Ver o fascismo da Arábia Saudita ser aparicado pelos eurocratas de Bruxelas, de mãos dadas com Trump? Ver a imensa mole de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza? Recordar o nazismo, filho dilecto do Capital e que provocou a hecatombe que provocou? Assistirmos impávidos e serenos à trampa que se nos oferece quotidianamente?
    Despotismo, paroxismo do assassínio em massa, falência económica, miséria, fome, crimes, horrores.

    (Até tivemos um mordomo por cá que aceitou fazer aquele papel para Blair, Aznar e Bush. Um big-boss das grilhetas de Bruxelas. Aquelas que JS gosta.
    Será que também andou hoje a bater palminhas pelo novo cargo com que as elites se mimoseiam entre si?)

    E porquê chamar assim frontalmente de desonesto JS? Porque em vez de um debate de ideias e de princípios, sistematicamente foge para os "seus exemplos" com que tenta esconder o esgoto em que se vive. Sobre as tais grilhetas que oscilam entre as de Bruxelas e a dos campos de concentração dos states.


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  6. JS atira-se. Mas de Marx e de Engels nem um pio. (Olha se nós fossemos olhar para Churchill como o responsável pela morte de três milhões de indianos? De forma directa?)

    Não consta que nenhum daqueles tenha praticado nenhum crime. Pelo contrário o que demonstra este texto é o profundo empenho de Engels de compreender o mundo e a partir destas observações dar um passo em frente

    Compreende-se também o incómodo de JS quando se começa a cotejar a realidade dos factos com a realidade mítica construída por ele

    Arruma a China e o Vietnam como "capitalistas de estado". Isto é preguiça intelectual, impotência em elaborar mais do que o lido no reader´s digest ou mais uma vez desonestidade?

    "Esquece-se" que as transformações da China tiveram uma outra origem que não as dos comparsas de escola de Chicago. Que o Vietnam comunista derrotou o Cambodja, aliado dos EUA. Que Cuba aí está de pé, a muito custo e que o seu estadio de desenvolvimento deve ser comparado ao Haiti que o igualava em 1959

    Alguma vez se ouviu falar no Haiti da parte deste senhor? Ou atribuir a mortandade da primeira guerra mundial única e exclusivamente ao capitalismo?

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  7. E eis a frase que mostra ao que vem JS:
    "qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso a mandar tudo o resto (leia-se o modelo alternativo) para o caixote do lixo da História"

    Issso queria JS. Uma afirmação cândida mas hipócrita da defesa do status quo.Da assumpção do modelo neoliberal a que submissamente se rendeu desta forma pusilânime mas contentinha. E à falta de arranjar justificação para se ter transformado naquilo que é,ei-lo a invectivar o"modelo alternativo"

    Parece ou não um daqueles trastes troikistas a invocar o TINA uberalles?

    O investimento emocional neoliberal de JS é tal que esquece-se de duas ou três coisas fundamentais:
    -Que nada se transforma sem a luta empenhada para que as transformações ocorram. Daí o convite permanente de JS à desistência, às grilhetas, à submissão
    -Que o capitalismo durou centenas de anos a impor-se globalmente. O arrumar de vez a história pode trazer graves dissabores
    .Que as certezas de JS estão ao nível das suas certezas. Como no caso do Brexit

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  8. Sempre é ignorado que não basta ter-se por explorado; importa crer-se capaz de conceber uma alternativa, e de lhe associar um plano de realização.
    Tendo toda a alternativa realizada sido um desastre, o melhor que se tem visto é focado no 'ter-se por explorado' apoucando toda a fartura, sem fé em alternativas e não realizando coisa alguma que pareça ser caminho.
    Talvez se possa falar em dialéctica sem material de suporte.

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  9. "os comunistas aguardam ainda a crise final do Capitalismo que instaure a sociedade socialista. Crise final poderá até haver, o que virá daí é que não será socialista de modo algum..."

    Ao que chegamos! Não sei se a frase acima será um aviso ou um anseio ...
    Economia Real vs Economia Financeira
    Ora dizia assim respeito um fulano que morreu em 1895:
    "Os que no regime burguês trabalham não lucram e os que lucram não trabalham"
    Qualquer ligação do passado com o presente não tem nada de coincidência ... alguma dúvida que haja por favor entre em contacto com Sr.Jaime Santos, Presidente da associação de cantoneiros do lixo Histórico

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  10. Ahahah

    Jose merecia sair com um livrinho ou uma sebentazinha. Está cada vez mais original no que diz respeito às suas tentativas de filulusofar.

    Dirá:
    "Sempre é ignorado que não basta ter-se por explorado".

    Um mimo. Começa por uma aldrabice. Engels não se tinha por tal. Mas jose continua com uma tretice. Para jose não se trata de ser ou não explorado. É o "ter-se"( ou não ) por explorado.E com esta treta idiota tenta desviar a substância da coisa para a defesa da sua própria substância.

    Continua jose: "importa crer-se capaz de conceber uma alternativa, e de lhe associar um plano de realização".

    Bom. Alternativas há-as.E Engels contribuiu para delinear algumas.

    Mars ( este é o momento pedagógico para Jose ) escreveu: "“Os filósofos apenas interpretaram o mundo de várias maneiras; o objetivo é mudá-lo"

    Jose não gosta das alternativas. Acha mesmo que todas são um desastre. E apouca assim tão apoucadinho quem apouca a sua "fartura"

    A obra de Marx é única na análise das condições de desigualdade social. Marx chamou a atenção, de forma inigualável, para a distribuição desigual das oportunidades e condições de vida.

    Jose, daquele jeito inspirado nos discursos do outro traste,fala em "fartura". Devia antes desta treta gorda e luzidia, ir ler o que Marx e Engels escreveram

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  11. Como disse, jose não gosta das alternativas. Já percebemos. Nunca gostou. Arruma deste jeito grosseiro, bolsonarista mesmo, não só o que já se andou, como também as consequências de não se ter andado mais.

    Salazar também não gostava. Os amigos de Salazar também não. Hitler e Mussolini tudo fizeram para expurgar alternativas. Ainda não perdoa jose a contribuição decisiva para a derrota do nazi-fascismo dos que se dizem alternativa

    Por isso jose falará em desastre?

    Por isso ainda fica nauseado e com suores frios, cheio de pontozinhos de exclamação a pontuar os seus insultos histéricos, quando ouve falar em comunistas, socialistas (os verdadeiros),sindicatos, ou outros que não bebam as águas da sua "fartura"?

    Ainda jose:
    "Talvez se possa falar em dialéctica sem material de suporte."

    Jose lá sabe o que quer falar. A dialéctica é a sua. O material de suporte é que temos dúvidas. Qual será este? Qual será o material de suporte invocado por jose? Ter ficado sem suporte em Portugal após o 25 de Abril de 74? E o mundo ter-se livrado dum monstro-canalha de nome Hitler ou Mussolini?

    E é por jose saber que há alternativas que jose passa aqui o tempo. Alternando o estilo e vendendo a sua ideologia, consoante o momento e de acordo com o timing

    Num mesmo post oscila entre uma borregada: " Engels não teve o privilégio de conhecer a classe dos 'protegidos' do Estado alimentada pelos da classe dos 'desenrascados' da economia capitalista" ( os protegidos do estado serão os DDT protegidos pelas botas da Pide que salazar usava?), até aos suspiros por uma estrutura de suporte. A sua, dele.

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  12. É bom que se continue a debater o tema do post. Para enterranços já basta o Tal joão pimentel qualquer coisa

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