O filme tem ...73 anos! É um filme de propaganda que mostra uma América idealizada, longe da realidade de 1947. Mas com uma preocupação que, apesar de terem passado 73 anos, está a tornar-se, de novo, actual.
O verdadeiro debate começa a partir do minuto 2m15. Com um americano médio a pregar contra os empregos roubados pelos negros. E esse discurso não se distingue muito de outros praticados uns anos antes.
"Chegou a altura de a Alemanha pertencer-vos, pertencer-vos apenas a vocês. (...) O Partido nazi dará terra aos agricultores, trabalho aos trabalhadores e lucros aos pequenos empresários. Quem é que está agora a ficar com estas coisas? Os judeus! Os judeus que roubaram a nossa nação. Quem fica com o nosso dinheiro e os nossos empregos?"
[versão actual: Quem é que hoje vive apenas dos subsídios do Estado, dos nossos impostos?]
"Eles devem ser ostracizados"
[versão actual: Há minorias que têm problemas com a lei]
"Eles devem ser eliminados"
[versão actual: vão para a vossa terra e deixem-nos a nossa terra]
"Uma por uma, atacaram cada minoria e separaram-nas umas das outras. No início, eram alemães. Mas agora separaram-na em grupos diferentes. Suspeitosos entre si. Rivais uns dos outros. (...) Havia muito trabalho para fazer. Havia sindicatos para serem esmagados, porque os sindicatos eram organizados e poderiam oferecer resistência. Havia muitos partidos políticos na Alemanha. Os nazis destruíram-nos. Estavam determinados a destruir todo o tipo de organização em que as pessoas poderiam resistir. Havia judeus para bater e matar. [versão actual: ciganos]. Os judeus não eram poderosos, mas eram a desculpa conveniente para todas as doenças da Nação. (...) Centenas de católicos foram postos na prisão. Porque os católicos tinham treino e poderiam resistir ao Partido Nazi [versão actual: por que não aliar-se às igrejas evangélicas?] Dividiram a nação em uma centena de pedaços. E então, um a um, foram destruindo cada um dos pedaços. Depois de quebrar esses pedaços, os nazis tomaram o poder."
E onde foi que isto começou? Foi no minuto 12. "Juntos poderiam ser fortes. Mas a partir do momento em que foram divididos, perderam-se. Quando uma minoria perdeu, todos perdemos. (...) Esqueçamos os "nós" e "eles".
Mas não nos esqueçamos da História. Porque a defesa destas ideias - inconstitucionais e, por isso, ilegais - tem por trás um projecto político - que, na versão actual, não se distingue muito da agenda neoliberal (contra o que a Constituição prevê quanto ao papel do Estado, contra o Estado Social, contra a escola e saúde públicas e, por isso, pugnando por menos impostos). E esse projecto está a ser financiado para que se concretize, já que esta agenda foi derrotada nas urnas.
E se o CDS e o PSD já não servem, venha o próximo.
[versão actual: vão para a vossa terra e deixem-nos a nossa terra]
"Uma por uma, atacaram cada minoria e separaram-nas umas das outras. No início, eram alemães. Mas agora separaram-na em grupos diferentes. Suspeitosos entre si. Rivais uns dos outros. (...) Havia muito trabalho para fazer. Havia sindicatos para serem esmagados, porque os sindicatos eram organizados e poderiam oferecer resistência. Havia muitos partidos políticos na Alemanha. Os nazis destruíram-nos. Estavam determinados a destruir todo o tipo de organização em que as pessoas poderiam resistir. Havia judeus para bater e matar. [versão actual: ciganos]. Os judeus não eram poderosos, mas eram a desculpa conveniente para todas as doenças da Nação. (...) Centenas de católicos foram postos na prisão. Porque os católicos tinham treino e poderiam resistir ao Partido Nazi [versão actual: por que não aliar-se às igrejas evangélicas?] Dividiram a nação em uma centena de pedaços. E então, um a um, foram destruindo cada um dos pedaços. Depois de quebrar esses pedaços, os nazis tomaram o poder."
E onde foi que isto começou? Foi no minuto 12. "Juntos poderiam ser fortes. Mas a partir do momento em que foram divididos, perderam-se. Quando uma minoria perdeu, todos perdemos. (...) Esqueçamos os "nós" e "eles".
Mas não nos esqueçamos da História. Porque a defesa destas ideias - inconstitucionais e, por isso, ilegais - tem por trás um projecto político - que, na versão actual, não se distingue muito da agenda neoliberal (contra o que a Constituição prevê quanto ao papel do Estado, contra o Estado Social, contra a escola e saúde públicas e, por isso, pugnando por menos impostos). E esse projecto está a ser financiado para que se concretize, já que esta agenda foi derrotada nas urnas.
E se o CDS e o PSD já não servem, venha o próximo.
Não há nada mais anti-nacionalista que a extrema-direita dita nacionalista.
ResponderEliminarSer contra o SNS e Escola Pública, serviços cruciais para o bem-estar e progresso da população, é anti-nacionalista.
Os Nazis não sacrificaram apenas os judeus e ouras minorias, sacrificaram a própria nação que eles chamavam ariana. Crianças e velhos "arianos" foram carne para canhão.
O culto da morte Nazi se não fosse travado consumiria toda a humanidade.
André Ventura é um narcisista, nós sabemos que ele não está na Assembleia da República para servir os interesses da população portuguesa, é um lacaio da classe dominante.
Em tempos de decadência económica e social (mas também de possibilidade de transformação e renascimento) a classe dominante inventa estes personagens.
Há um cinismo total e absoluto na nossa sociedade, o maior factor de separatismo não é a cor nem a origem é mesmo a condição social, são poucos os que acham que esta condição deve deixar de o ser, mesmo quem fala de igualdade e de humanidade não acha que todos devem ter a mesma condição material, o conforto e a aceitação do modelo capitalista são prova disso mesmo, mentir,mesmo que a si próprio não dá dignidade a ninguém, a larga maioria da nossa gente é intelectualmente diminuída.
ResponderEliminarQuem lê alguns comentários de algumas pessoas, algumas delas com responsabilidades governativas até pensa que estava tudo bem no nosso país e de um momento para o outro apareceu a extrema direita.Num país onde a desigualdade é gritante, onde um numero considerável de pessoas trabalha mas não consegue ter uma vida digna, onde o desemprego é estrutural, onde os escândalos de corrupção são mais que muitos, onde os rendimentos do trabalho não têm preponderância relativamente ao rendimento do capital, é um país economicamente e moralmente falido , é esta normalidade que defendem os chocados com a barbaridade declarada.
ResponderEliminarnão são só os ciganos mas também e sobretudo os sindicalistas e os comunistas
ResponderEliminarQuando o "milagre" neoliberal se esgota em crises brutais, que acumulam os efeitos de outras crises brutais, quando os sintomas mórbidos de que falava Antonio Gramsci se multiplicam, as elites que criaram o neoliberalismo, que o fomentaram e financiaram nas escolas, na política, nos media, nos think-tanks, procuram uma saída que lhes garanta a manutenção do poder: essa saída é autoritarismo, nas suas múltiplas faces, incluindo o fascismo.
ResponderEliminarEis aquilo que está a provocar a democracia: os mesmos cabeças rapadas de sempre, os assassinos do Alcindo Monteiro, os mascarados das tochas, os da saudação nazi.
Foram presos, foram soltos, formaram partidos políticos, elegeram deputados e já se julgam o KKK.
A nossa democracia está a ser posta à prova.
Esperemos que a DEMOCRACIA reaja com BRUTALIDADE...
...mas há sinais contraditórios.
Milagre neoliberal com aspas ? Quem considerou o neoliberalismo como algo de milagroso? Só mesmo um aficionado em fase de tentativa de limpeza ideológica
EliminarE quem fala em sintomas mórbidos da forma idiota como fala na criação das elites a chocarem os sinais contraditórios?
Sinais contraditórios a reagirem com brutalidade?
Isto é paleio de holandês travestido do outro
:..e como então e sempre, a 'doutrina dos coitadinhos' da esquerda, NADA tem a ver ao caso!
ResponderEliminarEm tempos li um livro que tem como titulo "Ética e o Futuro da Democracia", o estudo inclui apresentação e discussão no Simpósio Internacional sobre ética e o Futuro da Democracia, realizado no âmbito do programa de Lisboa 94. Resumindo o que foi feito? Nada! Hoje temos a direita e a extrema direita , no parlamento, ou seja temos os partidos que se dizem de esquerda e que se colocam à disposição de um PS que tem mais haver com uma direta, e com tiques a roçar o fascismo... Ou será que estou enganado?! Espero que esteja...
ResponderEliminarUm verdadeiro membro do partido do Camarada Arnaldo Matos não lê literatura enfeudada a princípios da direita sob a capa da ética e da democracia burguesa Isto é uma fraude provocadora
EliminarQuem será este Aires, ou Ayres como os Melos ou Mellos?
Os três primeiros comentários tem uma marca. Inconfundível
ResponderEliminarParece que ganha à peça. Mas há sinais contraditórios. Já não lhe serve o PSD e o PP
Não há nada mais anti nacionalista que nacionalistas. É nada mais nacionalista que os anti-nacionalistas
ResponderEliminarIsto é dum texto do RAP não é? Conversa da treta a lembrar isso mesmo
É só ler o documento elaborado pelos nazis, "Europäische Wirtshaftsgemeinshaft" para perceber o que os nazis queriam...
ResponderEliminarEstes movimentos ditos neo-nazis ou nacionalistas são só resquícios de quem não entendeu nada e defendem um nacionalismo torpe e reducionista.
Leiam o documento e tirem as vossas próprias conclusões.
João pimentel ferreira enxameia as caixas de comentários. Podemos falar sobre os vários motivos que o levam a isso, embora nenhum deles seja meritório e tenham a marca intrínseca da podridão
ResponderEliminarMas deixemos esta questão para mais tarde.Também não interessa agora falar sobre outros dos seus nicks nesta página.Já alguns se encarregaram de o fazer
Abordemos apenas o seu último comentário de 24 de Agosto de 2020 às 17:05.
Começa por solicitar a leitura de um documento: "Europäische Wirtshaftsgemeinshaft".
Só mesmo JPF para pedir que leiam um documento nazi. Ainda por cima em alemão, para todos ficarmos esclarecidos.
A pedantice rasca não perdoa. Mas esta é ultrapassada pela idiotia