Corre um espectro pelo país.
Será sobre a necessária reforma fiscal que ponha cobro à desigualdade na distribuição do rendimento, em que uns pagam tanto mais quanto mais ganharem e outros pagam sempre o mesmo, se não conseguirem exportar rendimento para o offshore fiscal? É sobre os baixíssimos salários de quem trabalha? É sobre como deve o país organizar-se para se desenvolver? É sobre como reequilibrar a balança de transações correntes sem as receitas do turismo? É sobre os perigos de um condicionalismo orçamental em tempo de gastar os recursos comunitários? É sobre o volume de recursos necessários para pôr o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a dar saúde a todos os portugueses ? É sobre os assaltos aos recursos públicos de cada vez que se abre uma gaveta do Novo Banco? É sobre...
Não. A direita - que até agora não tem qualquer ideia sobre o que fazer ao país - encontrou a sua bandeira aglutinadora. Marques Mendes - no espaço que o grupo Balsemão lhe dá na SIC - clama contra "a decisão inacreditável" de se autorizar a festa do Avante. A juventude popular, que nem é muito juventude nem é popular e nem realiza festas que se vejam, quer proibir a festa do Avante. Chovem as petições públicas - já há dezenas de petições, umas com centenas, outras com dezenas de assinaturas...! Ao todo, vão numas 30 mil assinaturas. Uma pede que "a Carvalhesa seja substituída por essa mesma música dos dançarinos do caixão a cada tempo morto entre espetáculos". Outra em que se diz que "fazerem a festa desta dimensão é assinar a nossa sentençao de morte". Outra que clama pela "saúde pública, mas também pelo respeito por todos nós, pela igualdade". Outra, ao jeito da escola primária: "Quem é contra a festa do Avante que assine a petição". Outra sustenta que "mesmo que não seja considerado festival, a festa do Avante junta demasiadas pessoas".
Claro que a saúde pública é um assunto sério e terá de ser tomado em conta. Mas na verdade, esse não é um assunto de interesse à direita. Provam-no décadas de subfinanciamento do SNS, desarticulação dos seus serviços, ausência de uma estratégia para o sector que não passe pelo fomento do sector privado. Por outro lado, dado o que se passou no 1º de Maio ou nos comícios do PCP, ninguém pode acusar os comunistas de leviandade. Aliás, para quem viveu o 1º de Maio de 1974, até é uma dor de alma!
Portanto, a questão só pode ser outra.
Torna-se evidente que as diversas matizes da direita portuguesa acharam por bem cravar esta cunha porque é uma forma de desarticular um entendimento entre uma certa direita e o PS; porque é uma forma de encostar o PS às cordas e forçá-lo a tomar uma decisão contra um dos partidos à esquerda; porque é uma forma de obrigar Marcelo Rebelo de Sousa a clarificar-se; porque é uma forma de as diversas direitas tentarem ganhar terreno agora que se sentem ameaçadas pela ascensão de um partido que diz não ser de extrema-direita mas que imita muito bem - de forma actualizada - os discursos de Adolf Hitler feitos nos anos 30 contra as ditas minorias, sem que o Tribunal Constitucional ou algum dos partidos tome a iniciativa de iniciar um processo de ilegalização por causa dessas declarações não programáticas.
As diversas direitas têm, na verdade, um pequeno problema: fraca visão e poucas ideias que se vejam sobre o futuro. E no meio desta gritaria, talvez houvesse que perdoar-lhes: estiveram dezenas de anos caladas, a fingir serem civilizadas, e agora, que condescendem com a extrema-direita inconstitucional, desopilam... e não sabem o que dizer, senão - repetindo os vícios do passado - concorrer entre si a ver quem é mais anticomunista.
Até pode ser que a coisa corra mal... mas alguém sabe, ou sequer perguntou, como está a ser planeada? Se as medidas são adequadas?
ResponderEliminarNão, limitam-se a ser contra, citando exemplos de organização exemplar, e a seguir, como se não houvesse contradição, os nativos a serem bons consumidores e a invadirem as praias, restaurantes, e até o retalho.
Não é a precupação pela saúde que os move, por isso entre por um ouvido e sai pelo outro. Como é cada vez mais habitual acontecer ao vazio que dali sai.
Sinais de pânico de quem João Ramos de Almeida? Da Direita, ou do PCP?
ResponderEliminarÉ que podemos claro concordar que a Direita vai à boleia da emergência sanitária, sem que fique respondida a pergunta, mas é ou não imprudente querer reunir 100.000 pessoas num espaço onde terá lugar não apenas uma actividade política legítima, mas também um festival cultural, onde se inclui música e convívio, precisamente o meio pelo qual o vírus desgraçadamente se prepara?
Acha mesmo que consegue garantir que não haverá nenhum surto derivado da Festa do Avante? É que se houver prepare-se, que a reacção subsequente fará as petições actuais parecerem um piquenique...
Chama-se a isto, evidentemente, desviar a atenção da questão principal. Mas querem mesmo os dirigentes do PCP, por conveniência política e teimosia, colocar em risco a saúde da comunidade, a começar pelos seus próprios militantes e simpatizantes?
O João Ramos de Almeida deve pensar, naturalmente, que um anticomunista é um cão, como pensava Sartre. Eu cá acho que o anticomunismo é uma posição perfeitamente legítima quando aquilo que os comunistas defendem é o regime de Partido Único, coisa que é exactamente o que existe em Países (supostamente) Comunistas como Cuba, a China ou o Vietname (regimes que o PCP apoia).
É igualmente uma posição perfeitamente legítima quando o que se defende, a realização imprudente de um festival que envolve dezenas de milhares de pessoas, poderia ter saído da boca de Trump ou de Daniel Ortega. Ou de Trofim Lysenko...
O vírus está-se nas tintas para os vossos preconceitos ideológicos, ou para os meus... Mata simplesmente... E mata de forma exponencial, ainda por cima, que é coisa que a maioria das pessoas parece que não compreende...
Uma coisa é certa: o karma do avante nada tem a ver com pandemia.
ResponderEliminarTem a ver com ideologias em saldo, de um lado e do outro.
É isso!
ResponderEliminarTudo questoes que qualquer social democrata devia subscrever, ou já nem isso?
ResponderEliminarEu, que sou de esquerda, bem mais à esquerda que o PCP ( que para mim faz parte do sistema integrando todas as valencias desse mesmo sistema, desde a AR ás autarquias) tambem sou contra, este ano a festa do Avante (aonde eu tenho ido com muito gosto e tido umas muito boas discussões com amigos meus comunistas). Acontece que muita coisa ainda está parada, que os aumtamentos são proibidos na maior parte dos casos. A desculpa que são ordeiros e respeitadores (e são veja-se os zeros surtos resultantes do 1-5) tambem se devia aplicar aos outros. Veja-s o caso do futebl, porque não permitir publico com, digamos 1 terço da lotação? A cho que neste caso há dois pesos e duas medidas e acho que não devia haver.
ResponderEliminarSó agora reparei no 'processo de ilegalização' do Chega.
ResponderEliminarPois é tanto o desconforto em relação a quem não se conforma ao corretês abrilesco?
Neste regime capitalista, que gosta de se dar ares de ir a caminho do socialismo, em que um léxico anti-capitalista mais não faz que reclamar que se tribute o capitalismo, onde não há empresa pública não deficitária que ponham um único produto no mercado livre não financeiro, sem que haja quem se mobilize para uma cooperativa de produção de porra alguma, um jornal que fosse, tudo se concentra num partidozeco que nem um discurso radical articula?
Eu vejo “sinais de pânico” na falta de solidariedade com quem luta e se resguarda deste vírus, por parte de quem insiste na realização da Festa nos seus moldes tradicionais.
ResponderEliminarO 1º de Maio de que fala (penso que nem todos os seus participantes eram comunistas, ou será que eram?) teria tido o mesmo impacto com menos figurantes.
Idem para com a Festa em causa. O seu impacto não está dependente da presença de milhares de manifestantes. Um pouco de criatividade e a opção da solidariedade em detrimento do lucro das sandes bastam.
Mal comparado, os partidos políticos são como as empresas. Constituem-se para porém à disposição do eleitorado (os clientes) produtos de que eles clientes necessitam, sob a forma de programa político (descrição das caracteristicas do produto, publicidade).
ResponderEliminarSe ganham as eleições e governam é porque os clientes acreditaram no produto e compraram.
Ai dos partidos políticos (e das empresas) que publicitam um produto e vendem outro pior...
Foi o que aconteceu à Direita Portuguesa, que disse que não ia cortar nos salários dos FP, nem no 13º mês da generalidade dos portugueses. Disse, e não cumpriu! Ficou sem clientes!
A maior parte das pessoas que andam a carpir mágoas nas redes sociais pedindo que o país vire à direita, também pedem que seja de forma a que não fiquem sem os privilégios que já têm hoje, dados pelo Costa!... Querem a quadratura do círculo. São sabem que isso não é possível sem o aparecimento em cena de um número irracional... Que deus nos livre!
Um post excelente de João Ramos de Almeida.
ResponderEliminarQue começa com uma frase que é um achado:
"Corre um espectro pelo país"
Jaime Santos tem um achaque. João pimentel ferreira fica histérico. O primeiro tenta dar, como é habitual, ares de "kulto", para não parecer o que de facto é. Cita Sartre. E depois mente, com todos os dentes. O segundo faz jogo sujo.E é desonesto como é habitual.Convoca dois dos seus nicks ( manuel galvão e unknown) e dois "anónimos"- 10 de Agosto de 2020 às 20:54 e 11 de Agosto de 2020 às 14:02.
Já lá vamos
"Unknown" é um velhíssimo nickname de joão pimentel ferreira. Usa-o aqui ( e não só) desde 2007.
ResponderEliminarRepare-se desde quando este tipo tenta boicotar este blog.
O historial dele é o historial de um aldrabão e não vale a pena confrontá-lo com as suas múltiplas tiradas ao sabor dos ventos álgidos da cumplicidade com o nazi-fascismo. entremeadas de tiradas pseudo-rebolucionárias como é o caso
Abra-se uma excepção
É uma citação longa mas é necessária para se cotejar com a tirada de hoje, deste mesmo unknown. Com um pedido de desculpas ao João e aos demais,aqui está uma recente do mesmo unknonw, em que ele se revelava como "mais à esquerda que o PC. E não hesitava em comparar o socialismo com o nazismo:
"Ai os "historiadores", com Curso do Avante que por aqui há. O camarada das 22:09 é simplesmente confrangedor, para não lhe chamar outra coisa. Vão lá estudar, vá. E não esquecer. que nazi é diminutivo de Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, partido dos trabalhadores nacionais socialistas alemães, que tinha política patrióticas e de esquerda.Onde já ouvimos isto? Enfim, vão lá ver o apoio dos ucranianos( Holodomor como exemplo perfeito do que o comunismo e socialismo em geral é capaz) aos alemães,a borra do estalinezinho assassino no início, a completa impreparação do aparelho militar comuna( purgas não fizeram nada bem), que se não fosse o "general inverno", da obstinação com estalinegrado, contra a opinião dos generais da wermacht a dar uma ajuda...não sei não!O tratamento dado aos próprios soldados e o valor da vida deles para os generais e comissários políticos fofinhos do nkvd e nem uma palavra. Não fose o apoio aliado, e a abertura doutra frente no norte de África...
Ainda há quem pense que aquilo (comunismo, socialismo, nacional socialismo ou qualquer outro crime contra a humanidade) tem ponta por onde se pegue e querem-no cá. E quando penso que comem e vestem-se e vivem gordos e anafados á conta da "Óropa" e do capitalismo,dão-me vómitos.Grandes "democratas
Eis a verdadeira face, odienta e hedionda de joão pimentel ferreira
Não vale assim a pena desmontar as restantes idiotices de joão pimentel ferreira. Perante as imbecilidades desonestas e de má fé deve-se apenas referir o seu autor e verificar que corresponde à sua ideologia e à sua postura ética
ResponderEliminarUm espectro corre pelo país.
E esse espectro assusta mesmo a tralha neoliberal de serviço
Jaime Santos é todavia um caso.
ResponderEliminarEnfiou a carapuça até às orelhas e está também perturbado. Com o espectro? Isso e não só
Paulo Marques põe o dedo na ferida,com os seus comentários em que se cinge ao essencial:
"Até pode ser que a coisa corra mal... mas alguém sabe, ou sequer perguntou, como está a ser planeada? Se as medidas são adequadas?"
A isto responde JS com aquele papaguear que o acompanha, agora com uma inovação, que é o da "preocupação sanitária"
Poder-se-ia levar a sério tal desiderato? Poder até podíamos. Se JS a seguir não mostrasse ao que vem e o que procura. Se ele não vomitasse ( é o termo ) o seu ódio aos comunistas da forma como o faz. Repescando um cão ( ele lá sabe a consciência que tem) e assumindo a sua condição de adepto do neoliberalismo triunfante, escondido atrás de uma pulhice mentirosa. Esta que se repete:
"Aquilo que os comunistas defendem é o regime de Partido Único"
Eu esperarei que JS comprove esta sua afirmação com alguma declaração, presente ou passado, de alguém responsável desse partido em Portugal, que defenda tal coisa para este país
Porque esperarei sob pena de considerar que este JS é também um outro aldrabão , que não hesita em ser desonesto. Fará lembrar aqueles poltrões a tentar arranjar justificações para o que de facto se tornaram?
E é nesta base que cai todo o "choradinho" de JS perante os seus receios sanitários. E vem ao de cima o texto de João Ramos de Almeida e o comentário síntese de Paulo Marques. A eles devemos retornar, para arejar este debate
Quanto a Jose
ResponderEliminarJá percebemos. O Chega é-lhe útil. Já o confessou aqui.
Queria todavia assim uma "porra" mais radical
Paulo Baldaia
ResponderEliminarAvante com a Festa
(em formato revisto e reduzido)
Se há regras para o funcionamento dos restaurantes e eles podem estar abertos; se há regras para a realização de espetáculos com lugares marcados e eles acontecem; se não é necessária autorização para fazer manifestações antirracistas e manifestações de racistas a dizer que Portugal não é um país racista, só defendendo a dualidade de critérios como uma coisa boa, se pode defender igualmente a proibição da Festa do Avante!. É que a festa anual dos comunistas portugueses é um encontro político de militantes e simpatizantes, mas não só, em que também entra a música e a restauração. É evidente que não se trata de um mero festival de verão, proibidos até ao final de setembro a pedido dos próprios promotores. Recapitulemos. Se até num estádio de futebol, onde não pode haver adeptos para assistir a um jogo, se podem realizar concertos, porque não se poderia ouvir música ao ar livre no Seixal, cumprindo-se todas as regras determinadas pela DGS? Se até em espaços fechados como os centros comerciais, dezenas de restaurantes servem milhares de pessoas diariamente, porque não poderiam as habituais "tasquinhas" da Quinta da Atalaia fazer o mesmo ao ar livre, cumprindo-se todas as regras determinadas pela DGS? Só por preconceito político-partidário e algum populismo se pode querer que a Festa do Avante! seja, pura e simplesmente, proibida. Fazer a festa como sempre se fez e com a mesma lotação, argumentando com mais espaço disponível, seria, por outro lado, uma teimosia inaceitável. A pandemia não suspendeu a Democracia, mas os nossos direitos também nunca puderam ser exercidos independentemente dos nossos deveres e dos direitos dos outros. Não andaria mal a DGS, agora que a polémica regressou e faltam menos de três semanas para o evento, se comunicasse ao PCP, em particular, e ao país, de uma forma geral, as condições em que vai permitir a realização da Festa do Avante!. Tudo aconselha que a festa se faça com bastante menos pessoas que nos anos anteriores, aumentando o espaço disponível para cumprir as distâncias e, assim, reduzir os riscos ao mínimo possível. Seja por determinação da DGS, seja por receio de muitos que não costumam falhar, parece-me certo que este ano haverá menos gente. Usar máscara e higienizar com frequência as mãos são regras que já entraram na nossa vida e devem ser rigorosamente respeitadas por todos os que forem ao Seixal.
Os argumentos avançados por um, por outro e por outros lados deixam-me ainda assim um mar de dúvidas. Por exemplo: terá o PCP desenvolvido alguma estratégia, envolvendo respostas novas, para lidar com a situação com que a sociedade se defronta? E que queira de algum modo testar na Festa do Avante? - É que, o imobilismo e a resignação constituem sempre o caminho mais curto para a derrota.
ResponderEliminarnelson anjos
O caminho mais curto para a desonestidade qual é?
EliminarPerguntem ao Nelson ou ao unknown
Caro Jaime,
ResponderEliminarVejo que está a um segundo de perder a serenidade e não serei eu a provocá-lo. Apenas para lhe lembrar várias coisas.
O anticomunismo não é uma posição salutar contra o ataque a violações a Direitos Humanos. O anticomunismo é uma posição cega, quase religiosa, fanática de, a cobro de um combate aos regimes comunistas - que nunca existiram na História moderna - atacar precisamente os direitos humanos. Basta ler os documentos do Estado Novo para perceber do que se trata. A própria PIDE tinha esse discurso que o Jaime poderia subscrever e, a seguir, lá ia colocar pessoas - sobretudo comunistas - na tortura da estátua…
Mas esse mesmo vírus ataca pessoas elevadas ao pedestal da democracia. Por acaso estou a ler um livro sobre a Resistência grega às tropas nazis e italianas. E torna-se claro que os dirigentes britânicos chefiado por Churchill preferiram uma guerra civil - após a vitória sobre o fascismo - do que reconhecer o papel das brigadas organizadas eficazmente pelos militantes comunistas, nunca querendo que se realizassem eleições a seguir à vitória sobre os fascistas, preferindo a manutenção do rei. Porquê? Esse mesmo anticomunismo fez as democracias ocidentais sustentarem o regime de Salazar que sabiam ser “eficaz” no combate ao comunismo, mesmo que isso representasse a morte de comunistas e outros democratas, o cerceamento das liberdades democráticas.
O anticomunismo é um veículo de imposição de uma ideia anti-democrático.
Dirá que a análise das práticas internacionais anti-democráticas de comunistas deve ser feita. E concordo consigo. Mas não se baralhe as coisas.
E sobretudo não se perca a lucidez. Porque a direita nacional não está preocupada com a saúde pública. Está - egoistamente - preocupada com a sua ausência no poder. E todos os argumentos são úteis. Tal como no passado o anticomunismo (e o antisovietismo) serviu para Salazar se manter no governo.
Caro Unknown,
Não tem havido dois pesos e duas medidas: as regras sanitárias é que são tão pesadas que rapidamente são afastadas por organizadores. E o PCP aceitou o desafio e fê-lo. E assim não perdeu a iniciativa política.
Recorde-se que, por causa do anticomunismo abordado na resposta anterior, os comunistas - e as organizações dos trabalhadores antes de serem comunistas - têm sido perseguidos desde que se levantaram para falar. Tem de ter isto em vista e não perder a linha histórica de fundo. Os comunistas nunca deixarão de aproveitar todas as oportunidades de falar porque foi coisa que sempre foram perseguidos por isso.
Caro José
Leia a Constituição e depois pense no que há a fazer para a fazer respeitar. Ou achas que é - e deve ser - um papel morto?
Caro João
ResponderEliminarA Constituição estabelece o direito à propriedade privada de meios de produção e não faltam partidos a apregoar o fim desse direito, e não vejo que estejam a caminho de serem ilegalizados.
Quanto ao Chega, entre o que ele diz ser e o que dele dizem ser vai a distância de um qualquer pânico.
Apoio o texto, mas continuo a achar que os comentários do «Jose» são desnecessários à vossa página, como também aos artigos escritos pelo João Ramos de Almeida.
ResponderEliminarHaverá possibilidade de radicar este «Jose» da vossa página, de uma vez por todas?
Obrigado.
"Será sobre a necessária reforma fiscal que ponha cobro à desigualdade na distribuição do rendimento, em que uns pagam tanto mais quanto mais ganharem e outros pagam sempre o mesmo?"
ResponderEliminarRefere-se à metade das famílias portuguesas que não pagam IRS?
Foram os agregados familiares com rendimentos brutos entre os 13.500 euros e os 50.000 euros (que corresponde à classe média) que pagaram a maior percentagem de IRS: 44,2%. Ou seja, 5.094 milhões de euros.
Já a restante receita provém dos agregados com rendimentos acima de 50 mil euros. Em 2017, o imposto pago por famílias com rendimentos anuais brutos entre 100 mil e 250 mil atingiu os 5.166 milhões de euros (45% do imposto liquidado)
in: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/quase-50-das-familias-portuguesas-nao-paga-irs-2-447305
O Jose a fazer de conta que Bruxelas deixa o estado ter produtos no mercado livre, é para rir.
ResponderEliminarJoão Pimentel Ferreira continua
ResponderEliminarA tentar fazer -se passar por mais papista que o papa
Os tiques censórios são habituais. Aí irmana com josé, comprovando que se encontram na intersecção de Pinochet com Friedman
Radicado já estou há anos, Nunes!
ResponderEliminarConsulta o dicionário
https://dicionario.priberam.org/radicar
Caro José,
ResponderEliminarAnda muito reaccionário ou muito distraído. Não me parece que haja muita volta a dar a uma proibição constitucional. Aconselho-o a visitar todos os dias a página no facebook e pensar naquilo que lê: o que se pretende, quem se pretende atingir.
José
ResponderEliminarA semântica de tasca ou melhor de "tweet " de básicas redundâncias entre o que ele diz ser e o que dele dizem ser encontra um paralelismo temporal por altura dos incêndios as sedes de partido do PCP no norte onde utilizavam crianças munidas de jerricans de gasolina para enfrentar Homens que defendiam as ditas sedes que, obviamente, acabaram em chamas, com a imagem degradante de uma criança preta de cartaz ao peito a dizer que foi adoptada por brancos para desmistificar essa cabala de que os portugueses são racistas.
É esse o elo temporal de pormenor que prova de forma inequívoca que o ele diz ser e o que dele dizem é totalmente verdadeiro sendo o modo comportamental na acção do presente uma fiel cópia do passado.
Não passaram, José! Por mim, NUNCA passaram!
Temos então que o unknown não é outro senão um tal Pimentel Ferreira
ResponderEliminarE as palavrinhas do salafrario sobre a ida a festa do avante e o falar com os amigos comunistas?
Terá engolido o vómito?
Fica a confirmação de como esta gente adepta do nazismo , agora se esconde atrás do socialismo. Para o insultar e difamar
Remover o José e o João R. Almeida?
ResponderEliminarPorque os comentários são desnecessários á página? Volta Salazar, estás perdoado.
A ver se desta vez publicam o meu comentário.
A.R.A.
ResponderEliminarEssa da criancinha com jerrican só mesmo na cabeça de comunas negacionistas.
Estava eu de férias em Palma quando as sedes ardiam.
Mas ouvi gente que testemunhou e até um que participou: pequeno empresário disse à família que ia a negócios a Espanha e instalou-se numa pensão em V.N. de Famalicão até ver a sede do PC ardida.
Não passarão! é palavra de ordem para mais de um lado do radicalismo.
João pimentel ferreira ficou perturbado
ResponderEliminarUm dos seus nicks de estimação, "unknown", com que se jactava no antro, cai com estrondo, nenhuma glória e com o cheiro fétido que acompanha estas coisas.
O tal que era "de esquerda, bem mais à esquerda que o PCP", depois de ser identificado como um simpatizante da extrema-direita, tentando colar o socialismo ao nazismo ( ele que elogiou o "estado social do nazismo), ficou de tramontana perdida após ter sido pura e simplesmente desmascarado
E o "unknown", o tal que era "de esquerda, bem mais à esquerda que o PCP", ei-lo a berrar e a pedir que volte um dos seus ídolos de estimação, Salazar. Assim desta forma aí tão reveladoramente expressa.
O lixo ao lixo.
A jose foge-lhe a denúncia da coisa
ResponderEliminarA "imagem degradante de uma criança preta de cartaz ao peito a dizer que foi adoptada por brancos para desmistificar essa cabala de que os portugueses são racistas"
Daquele partido que certamente partilha a mesma opinião que jose, a respeito das qualidades físicas de salazar (Físicas entenda-se, sem ir mais longe).Partido ao qual Jose qualificou de "bastante útil.
Também a legião e a pide eram classificadas da mesma forma por aquele patronato com que jose convivia
O resto são as memórias de jose sobre as suas férias em Palma.Mais a dum que ouviu ou ouviu a quem viu ou outra treta de alcoviteira para esconder os amigalhaços com que andava.
Um pulha trazido aqui por jose.
Mas há mais. E mais grave
«Não passarão!» (espanhol: «¡No pasarán!», francês: «Ils ne passeront pas», inglês: «They shall not pass») é um lema que expressa determinação de defender uma posição contra o inimigo
ResponderEliminarNa Guerra Civil Espanhola (1936–39) foi usada no Assédio de Madrid em sua famosa versão castelhana «¡No pasarán!» por Dolores Ibárruri Gómez, La Pasionaria, uma das fundadoras do Partido Comunista da Espanha, que o tirou de um cartaz produzido pelo pintor Ramón Puyol para os republicanos.
Na Segunda Guerra Mundial, o famoso cartaz e sua frase seriam também utilizados nas frentes aliadas.
Jose tenta colar esta velha expressão ao "radicalismo".
Quem lutava contra o franquismo pela legalidade democrática era radical.
Quem lutava contra os nazis era radical
Por isso ainda não perdoa a contribuição decisiva da URSS na derrota do nazi-fascismo. Nem de todos os movimentos de resistência na mesma
«a contribuição decisiva da URSS na derrota do nazi-fascismo»
ResponderEliminarSempre me comove esta evocação!
Sempre recordo o pacto germano-soviético que viabilizou o início da 2ª GG!
Sempre me lembra a partilha da Polónia!
Sempre me vem à memória a ajuda americana aos soviéticos.
Sempre me fascina o quanto os heróis soviéticos foram considerados infectados com a visão do Ocidente!
Não temer o ridículo é requisito primeiro de todo o esquerdalho.
Jose está comovido?
ResponderEliminarNão.Está apenas a fazer uma fita, qual treteiro a impingir-nos tretas.
Não vale a pena negar as evidências sobre o papel decisivo da URSS na derrota do nazi-fascismo. Há negacionistas para tudo. Também os há "afirmacionistas", como para as balls de Salazar
A realidade depois tritura-os. E deixa-os sozinhos a fazer aquelas figurinhas que são o horror de jose. Figuras pateticamente ridículas
Jose quer trela. O pacto germano-soviético já foi aqui n vezes debatido.Desmontado.Argumentado. Colado ao lado dos acordos de Munique.
Também se falou na "partilha da Polónia".Ou na "ajuda" dos americanos, sobretudo com bombas atómicas. De tudo isto já se debateu. Se jose quer mais lições de revisão da matéria dada, que peça delicadamente que tenho todo o gosto em desmontar mais coisas semelhantes às suas balls de salazar
Porque razão então temos direito às fitas comovidas de Jose?
Por vários motivos, a começar pelos engulhos que lhe causa a derrota do nazi-fascism,mercê da contribuição decisiva da URSS e dos resistentes de todo o mundo.
Mas também porque embatucou.
O considerar como radical quem lutou contra os fascistas espanhóis e contra os nazis...só mesmo de um radical