E afirmou que Portugal tem estado a crescer a um nível medíocre e que ninguém explica porquê.
Disse ele:
JCF: O mundo mudou nestes 45 anos não tem qualquer tipo de paralelo porque os partidos não mudaram nestes 45 anos. Portanto estão a deixar passar ao lado...
Fátima Campos Ferreira: E o que é que os novos partidos vão trazer de novo?
JCF: Desde logo este desassombro de dizer "não há com certeza grandes sancionamentos e grandes vitórias da Geringonça nestas eleições". Depois, dentro da nossa dimensão (...) pôr as ideias liberais na agenda política e fazer com que, à nossa pequena escala, os portugueses tenham menos medo da mudança e vontade de segurar aquilo que têm hoje. Porque aquilo que têm hoje - podem não ter noção disso - mas é medíocre. Nos últimos 20 anos, Portugal cresceu menos de 1% em termos reais, foi ultrapassado por 8 ou 9 países no PIB per capita da zona euro, somos o antepenúltimo país mais pobre. Eu não percebo por que não se faz mais a pergunta e por que é que não é respondida: os outros são melhores em quê? (...) os portugueses são tão bons como os melhores, mas têm um sistema que os abafa e que os impede de ser tão bons como deviam e mereciam ser.E ele nem percebe - ou não sabe - que desde a década de 80 se estão a aplicar as ideias que ele diz defender. E que foram essas ideias que, precisamente, nos fizeram estar onde estamos, a crescer de forma medíocre e sendo um dos países mais pobres. Em que país é que João Cotrim de Figueiredo viveu?
Foi por causa precisamente dessas ideias, por esse consenso ideológico neoliberal - que até contaminou um Partido Socialista - que Portugal liberalizou a sua economia, privatizou aqueles que eram instrumentos públicos poderosos para mudar um país, tudo supostamente para pagar a dívida externa e reconstruir os velhos grupos económicos nacionais que, supostamente, iriam tornar o país mais moderno e competitivo e acabou quase tudo nas mãos do capital estrangeiro; libertou-se um sector financeiro deixando-o espraiar-se sem regulação e controlo, acabando por ter de ser - veja-se lá! - o Estado a pegar nos despojos da depradação libertária do capital; venderam-se empresas poderosas a nível internacional à pala da ideia de que libertadas do Estado iriam conceder melhores serviços e a preços mais baixos preços para os consumidores, tendo acontecido precisamente o contrário (como era expectável e já existia essa experiência); amachucou-se os trabalhadores com políticas vendidas como eficazes por organizações multilaterais (como o FMI) que visam um mais liberto mercado de Trabalho e que, na realidade, aumentaram a precariedade desses trabalhadores, diminuindo a parte dos salários no rendimento; essas medidas pretenderam igualmente esvaziar os sindicatos tidos como formas de organização de interesses corporativos; bombardearam a contratação colectiva como forma de esmifrar os salários dos trabalhadores, indo à boleia da ideia de que criavam rigidezes no funcionamento do mercado do Trabalho, de que era preciso libertá-lo; atou-se a economia à mais dura e inflexível das soluções económicas que é uma moeda única forte, que na prática favorece os interesses das economias desenvolvidas e aumenta os défices das menos desenvolvidas, à pala da ideia de que o contacto com os melhores competidores - liberto do controlo público da desvalorização cambial - aumentava o espírito empreendedor dos nossos empresários, embora no final isso tivesse torpedeado os sectores nacionais e promovido a transferência do investimento sobretudo para ramos de serviços não competitivos internacionalmente, contribuindo para o agravamento do défice externo do país que o torna mais volátil a qualquer pressão de quem detém a nossa dívida, os tais mercados internacionais. Algo que alimenta sempre uma nova vaga de medidas libertadoras, para aprofundar ainda mais essa decadência e proteger os interesses não nacionais.
Foi a liberdade promovida que favoreceu os mais fortes e deprimiu os mais fracos. E estes novos partidos apenas parecem defender velhas ideias dominantes em Portugal, que geraram este estado medíocre.
Na realidade, João Cotrim de Figueiredo ou está iludido, cego pela sua ideologia, ou visa apenas reformatar uma velha direita, ferida por ter aplicado essas mesmas ideias, como forma de as poder voltar a aplicar, como sendo novas.
Mas o resultado vai ser o mesmo: a pobreza geral que, anos mais tarde, ele vai negar existir. Como agora nega que essas velhas ideias tivessem sido realmente aplicadas.
Eu até tinha alguma consideração por este Blog. E que tal acompanhar o raciocinio com factos em vez de meios factos? Vivemos num país com uma flat tax de impostos no passado? Vivemos num país liberal onde as empresas podem realmente prosperar? Ou vivemos num país que após ter privatizado essas "maquinas de fazer dinheiro" como o autor indica, aplicamos principios socialistas e taxamos ao maximo os rendimentos das mesmas? Por amor de Deus, um pouco de noção João...
ResponderEliminarEngraçado que no seu comentário (Anónimo) não é usada nunca a palavra "pessoas". o Problema é que, empresas prosperarem não significa obrigatoriamente que "pessoas" prosperem. Eu também acho que há muito para mudar na política mas não é com a selvajaria do vale tudo. Isso só cabe na cabeça de quem não valoriza as enormes assimetrias que existem entre as oportunidades e os oportunistas. Entre os bem nascidos e os indigentes, enfim um ideal que cresce sobre uma utopia idêntica à dos comunistas, somos todos iguais à nascença e isso não é verdade.
EliminarEssa das enormes assimetrias entre as oportunidades e os oportunistas parece um daqueles desconchavos mentais
EliminarTal como essa de sermos todos iguais à nascença. Como ê possível alguém dizer isso? Os comunista da sua utopia não o dizem, já que afirmam que há explorados e exploradores.
Parece que há aí uma utopia a crescer debaixo da eira à procura de um espaço para se assumir na sua selvajaria?
Género fake new a ver se passa?
É engraçado ver alguém dizer que os outros estão parados no tempo na altura em que os bancos centrais e investidores dizem a bom som que aquilo para o qual se trocou durante esse tempo, e que os primeiros querem em versão extremada, não funciona. Mas na surdez estão bem acompanhados por gente muito responsável que ganha eleições e tudo.
ResponderEliminar«Ou vivemos num país que após ter privatizado essas "maquinas de fazer dinheiro" como o autor indica, aplicamos principios socialistas e taxamos ao maximo os rendimentos das mesmas?»
ResponderEliminarAinda não viste nada, caro anónimo. A começar pelos alegados impostos desses rendimentos que ninguém vê.
Sem ofensa mas o que diz é errado.
ResponderEliminarPortugal aplicou essa ideias e a questão dos impostos para mim tem pouca relevância.
Os países não se tornam ricos por baixar impostos.
Aliás, o problema de Portugal nunca foram os impostos. Concordo que há situações como a burocracia que devem ser resolvidas mas até agora não vi nenhuma proposta dessa gente.
Vamos crescer mais mas para isso não temos de baixar salários.
Flexibilidade laboral não é algo interessante para as empresas que queremos atrair para Portugal.
Temos é de criar instrumentos para acabar com as leis estúpidas que retiram investimento de Portugal ao dar emprega a pessoas que apenas querem dificultar a vida a quem investe.
Mas esse é um programa que nada tem a ver com baixar impostos.
O programa que defendo é um estado forte mas sem obstáculos ao investimento excepto claro na questão ambiental. Agora restringir o investimento apenas por se demorar a dar licenças é uma vergonha.
"eu até tinha consideração por este blog"
ResponderEliminarEstá identificada aquela pequena coisa que começa sistematicamente com uma coisa mais ou menos semelhante e depois diz o contrário do que inicialmente dissera
Falha completamente o mister multinicK anónimo. Para alguém que "tinha alguma consideração por este blog", deve ter confundido os blogs ou saiu-lhe furado o esquema
Neste blog ouvir alguém dizer que "taxamos ao máximo rendimentos" e "aplicamos princípios socialistas" é obra.
Isto só mesmo saído dum aldrabão de feira...neoliberal e ...
Já agora...
ResponderEliminarUm excelente levantar do véu a este viúvo criminoso, fanado e decrépido a tentar passar-se por donzela virginal e inocente
Vivemos num país onde as grandes empresas podem prosperar
ResponderEliminarE onde os portugueses podem empobrecer
(Segundo os mandamentos do ídolo da direita neoliberal, primeiro-ministro dos anos de chumbo ainda recentes, devem mesmo empobrecer)
Por amor de Deus um pouco de noção aos princípios requentados e bolorentos desta tralha vampiresca
Factos:
ResponderEliminarEDP- Privatizada. Lucro EBITDA 2018: 1.500 MILHÕES. Impostos efetivos: 10 MILHÕES. Dividendos para o Estado CHINÊS:400 mil por dia
SONAE e JERONIMO MARTINS
RIQUEZA PRODUZIDA POR TRABALHADOR 2018: 134 mil euros. PARA O TRABALHADOR: 13224€/ ANO (Salario, comissões, subsídios, prémios incluídos). Para a Empresa: 120 mil por trabalhador (dos que eles çroduziram)
PSI20 (ONDE INCLUI EDP, SONAE, JM, BANCOS)
IMPOSTOS EFETIVOS: 10%
Yup... Uma asfixia só!
Pobres empresas e milionários!
Essa do salário do trabalhador médio da somar e do pingo doce ser de 13 224 € tem cheiro a esturro.
EliminarEste “ povo português “ se que nunca trabalhou nesses supermercados
E os subsídios, prémios, comissões? Assim como entre a administração e os gestores?
Nã, aqui anda demagogia barata.
Anónimo Pimentel 8 de outubro de 2019 às 00:22,
ResponderEliminarNão será caso a sua falta de empreendimentos produtivos que geram prosperidade estar relacionada com o facto do Sr. Pimentel ter enveredado pela carreira de propagandista, criação alter egos e não com o Estado repressor da iniciativa privada?
O Sr. Anónimo Pimental devia meditar sobre o que tem sido a sua vida, talvez encontre algo de produtivo para fazer, e talvez descubra que o Estado não o impede de ser empreendedor...
Eu venho protestar. Eu até tinha alguma consideração por este blog. Acompanhava o raciocínio com factos. Que era pelo país liberal. E contra os impostos do presente. E contra os princípios socialistas. E agora isto? E que tal acompanhar o raciocínio com os factos à nossa moda, como era costume?
ResponderEliminarPor amor de Deus, um pouco de noção. Está a ouvir-me João?
João, ó João, nós tratamo-nos assim porque é mais bem. Está a ouvir ó rico?
( quem é este Joao, ó Cotrim de Figueiredo? Alguém que perdeu a noção? Por amor de Deus, sirvam mais noção ao João)
Como se vê no comentário do anónimo em cima, o liberalismo só mostra os seus frutos em estado puro. Enquanto houver uma grana de "socialismo" na sociedade, há sempre aquele grão numa engrenagem de outro modo perfeita. Ou a desculpa para a m.... feita.
ResponderEliminar"que desde a década de 80 se estão a aplicar as ideias que ele diz defender. E que foram essas ideias que, precisamente, nos fizeram estar onde estamos, a crescer de forma medíocre e sendo um dos países mais pobres"
ResponderEliminarE os 8 ou 9 países que nos ultrapassaram no PIB per capita da zona euro, tornando-nos o antepenúltimo país mais pobre?
Que ideias aplicaram?
Ideiais liberais ou ideias socialistas?
Reduziram o Estado, entregando os centros de decisão directamente às pessoas, escolhendo as escolas que querem, o trabalho que querem, o serviço de saúde que querem, OU antes criaram Estados mais presentes, mais centralizadores, regulamentando todos os aspectos da sociedade?
É pá adeptos desta cambada neoliberal como o Ferreira a fazer já propaganda desta cambada que nos tramou
EliminarE sem vergonha nenhuma a vender o país e o estado social como uma prostituía barata
"com a arrogância dos novos partidos."
ResponderEliminarOu contra a sobranceria e o paternalismo dos velhos partidos: considere-se, por exemplo, o facto de ter sido o líder do PS a anunciar em direto na televisão a eleição da deputada do Livre, para aplauso geral da plateia.
Sobranceria é anunciar a eleição de um deputado?
EliminarEsta gente bebe. Para recuperar do choque
"com a arrogância dos novos partidos"
ResponderEliminarUm exemplo claro dessa arrogância é esta afirmação de João Cotrim de Figueiredo: "dentro da nossa dimensão (...) pôr as ideias liberais na agenda política e fazer com que, à nossa pequena escala, os portugueses tenham menos medo da mudança e vontade de segurar aquilo que têm hoje."
Tudo devia ficar como está no espectro partidário, portanto. Nada de novas ideias, novos protagonistas, ... Para isso já bastou o BE e o PAN. Já chega, não é?
Tudo devia ficar ?
EliminarÓ anónimo das 11 e 56. Não percebeu ou faz-se de Lucas?
A IL é um velho partido, com ideias velhas e vetustas que contribuíram para o afundar deste país.
Deste e de muitos outros
Não são ideias novas. São ideias travestidas como novas. E semi- novas
Não só ele, o deputado eleito, é o próprio presidente do partido que afirmou ao RAP - talvez por ser um programa de humor - que o facto de termos sido governados nos últimos anos por um sistema socialista conduziu-nos à pobreza e à irrelevância.
ResponderEliminarDizem estas coisas sem se rirem, o que é obra.
Vão ter um papel, no entanto, vão obrigar o CDS a virar ainda mais à direita e dão espaço aos Montenegros do PSD.
"... dessas ideias, por esse consenso ideológico neoliberal - que até contaminou um Partido Socialista ..."
ResponderEliminarQue arrogância! Que desplante! (diria um apoiante do PS, o partido que mais tempo governou desde 74)
Constituição da República Portuguesa
ResponderEliminarVII REVISÃO CONSTITUCIONAL [2005]
PREÂMBULO
... abrir caminho para uma sociedade socialista ...
O desplante e a arrogância desta IL!!!!
O discurso do il é o mesmo discurso do cambiemos de macri na Argentina em 2015.
ResponderEliminarPassados 4 anos, a Argentina está na bancarrota, por obra da INICIATIVA LIBERAL local.
Pergunto: é isso que os Portugueses pretendem?
Não é com certeza!
A única coisa que não se percebe é como um partido que afixou uns cartazes por aí conseguiu eleger um deputado.
Há aqui qualquer coisa que não encaixa...
"Pergunto: é isso que os Portugueses pretendem?"
ResponderEliminarOs portugueses querem é a consultoria que o Podemos espanhol deu à Venezuela.
Daniel Ferreira esmera-se. O antepenultimo mais pobre?
ResponderEliminarPorque motivo estes tipos têm que aldrabar assim desta forma?
São as ideias neoliberais aplicadas à estatística
""... dessas ideias, por esse consenso ideológico neoliberal - que até contaminou um Partido Socialista ..."
ResponderEliminarSim, com efeito, o bloco central , PS , PSD e o acólito CDS têm governado o país. O Chega estava metido no PSD. A IL no CDS
Com os resultados que se conhecem
Um "anónimo" em resposta a um comentário certeiro fala duma consultadoria do Podemos à Venezuela
ResponderEliminarA tralha neoliberal continua a sua tralha pela Iniciativa liberal´
O que se terá dito para assim provocar a ira dum "anónimo", que motiva este folclore típico de quem se sente desmascarado?
"O discurso do il é o mesmo discurso do cambiemos de macri na Argentina em 2015.
Passados 4 anos, a Argentina está na bancarrota, por obra da INICIATIVA LIBERAL local.
Pergunto: é isso que os Portugueses pretendem?
Não é com certeza!"
A validade deste comentário é irrefutável
Deve deixar qualquer publicitário da IL em pânico.E profundamente ressabiado
Por outro lado a pergunta seguinte tem bastante interesse:
"A única coisa que não se percebe é como um partido que afixou uns cartazes por aí conseguiu eleger um deputado.
Há aqui qualquer coisa que não encaixa..."
Alguma destas afirmações obrigou a uma corridinha em direcção ao Podemos e à Venezuela.
Mas não apagam a gravidade das consequências das ideias da IL lá do sítio, para milhões de argentinos
Caro Anónimo que se pronunciou sobre a arrogância da IL
ResponderEliminarAs palavras de modéstia sobre a dimensão do IL não são suficientes para ofuscar a ideia de absoluta certeza sobre a eficácia - nunca provada na realidade portuguesa e até internacionais (veja-se a revolta no Equador) - de que as soluções preconizadas irão resultar.
Aliás, em muitos casos as suas ideias ideologicamente assumidas são contrárias às suas ideias e objectivos. Reduzir o IRS para "flat rate" de 15% é reduzir sobretudo as receitas fiscais, dado que o IRS nem atinge os verdadeiros rendimentos mais elevados, dado que o IRS é pago sobretudo por assalariados e pensionistas.
E reduzir receitas fiscais é reduzir recursos orçamentais que - de acordo com o ideário da IL - até poderiam ser usados para financiar a provisão privada de serviços hoje públicos. Sem receitas fiscais, o sector privado ficará desprovido dos "clientes" vindos de todos os sectores sociais e dependente dos mais ricos que já são clientes através de fundos e seguros. É simplesmente um preconceito burro.
É desta arrogância de que falo.
E mais não houvesse, que tal os cartazes postos depois das eleições (devem ser caros...) a dizer: "175 deputados do PS e PSD não fazem a diferente; um deputado do IL faz toda a diferença"? Veremos o seu trabalho no novo Parlamento. Cá estaremos para ver.
A Grande Mentira:
ResponderEliminar"(...) os outros são melhores em quê? (...) os portugueses são tão bons como os melhores, mas têm um sistema que os abafa e que os impede de ser tão bons como deviam e mereciam ser (...)".
...
Não, os portugueses não são tão bons como os melhores: pois, há largas gerações que os portugueses têm um nível qualificação e formação muito mais fraco que os povos da Europa.
E, é sobretudo por isso que a economia portuguesa é desde há muito a mais pobre da Europa Ocidental, e que nas ultimas décadas tem sido ultrapassada por quase todos os países da Europa de Leste.
......
Mas, culpar os Portugueses pelo atraso de Portugal não dá votos.
É, mais popular, culpar o Estado e os impostos (no caso dos fanáticos da direita), ou o Euro e a UE (no caso dos esquerdistas).
.....
Unamombem mas os fanáticos e os esquerdistas
ResponderEliminarOs portugueses são assim uma espécie de uma mista entre o ocidente civilizado e os árabes do norte da Europa
Haja pachorra para este racismo de trazer por casa,mais o chicote aguilhoador que o acompanha
"Não, os portugueses não são tão bons como os melhores"
ResponderEliminarUnabomber é português.
É? Não é?
Não é costume classificar deste jeitinho as pessoas. Mas isso é uma questão de princípios
"Mas, culpar os Portugueses pelo atraso de Portugal não dá votos.
ResponderEliminarÉ, mais popular, culpar o Estado e os impostos (no caso dos fanáticos da direita), ou o Euro e a UE (no caso dos esquerdistas)." - Unabomber
A taxa de analfabetismo em 1970 em Portugal era 25,7%
https://www.pordata.pt/DB/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela
A taxa de analfabetismo em 1970 na União Soviética estava perto dos 0%
https://en.wikipedia.org/wiki/Education_in_the_Soviet_Union#cite_note-15
Pode duvidar fonte, gostava fornecer outra, talvez das Nações Unidas, contudo, acho que não estou a dizer nenhuma mentira ao dizer que a educação que o Estado Soviético forneceu à sua respectiva população foi de longe superior à educação que o Estado Novo forneceu à população portuguesa durante mais de 4 décadas...
Sim, a população portuguesa tem muitas e boas razões de queixa do Estado!
Sim, os portugueses quando lhes é permitido fazem tão bem ou melhor que os outros, a prova disso é o Serviço Nacional Saúde, com todos os problemas que tem, Portugal continua a estar no topo mundial nesta área, e sem gastar tanto quanto outros...
Sim, a zona Euro é uma zona monetária disfuncional e Portugal é um dos países que mais perdeu pela sua integração na mesma!
O Euro foi logo criticado nos anos 1970, logo nessa altura houve quem denunciasse os problemas do Euro, esses problemas tornaram-se realidade!
Qual é a responsabilidade da população portuguesa pela disfuncionalidade da zona Euro?
Unabomber é um europeísta em negação, e prefere malhar nas vítimas em vez de reconhecer o mal.
ò amigo Geringonço:
ResponderEliminarO problema da educação vem muito antes de 1970 e do Estado Novo - conforme consta nas seguintes palavras de Ricardo Paes Mamede:
" Entre os factores mais antigos que estão na origem do perfil de especialização da economia portuguesa há que destacar a industrialização tardia e o atraso histórico da educação em Portugal" (...)
(...)" No inicio do século xx, o analfabetismo quase tinha desaparecido no Reino Unido, mas ainda afectava perto de 80% da populaçao portuguesa; em meados do século ainda existiam em Portugal cerca de 30% de analfabetos, uma situação sem paralelo na Europa; no final do século xx cerca de 80% da população portuguesa não tinha mais do que o 9º ano de escolaridade, o que correspomdia a cerca do dobro da média da UE.
Este é um lastro histórico dificil de apagar: Portugal é ainda hoje um dos países da UE com mais baixos níveis de abilitações" (...)
- copiado de Ricardo Paes Mamede, in: "O que fazer com este Paíes", pág.153
.....
Quanto à moda popular seguida pelo amigo Geringonço de culpar o Estado Novo de todos os males da educação, deixo a ligação para este texto fundamentado de Nuno Palma:
"tera-o-estado-novo-deixado-um-pais-de-analfabetos?" em:
https://nunopgpalma.wordpress.com/2018/04/01/tera-o-estado-novo-deixado-um-pais-de-analfabetos/
Unabomber, apresentei-lhe dados concretos, em 1970 Portugal tinha um quarto da população analfabeta enquanto nos países do leste Europeu estava praticamente a zero.
ResponderEliminarSe a iliteracia não explica tudo, pelo menos, explica alguma coisa...
Eu não vou culpar os pobres, e eram tantos em 1970, pela falta de acesso à educação e saúde.
Sim, culpo o Estado! O Estado Novo, podia ter feito muito mais, não fez porque não quis! E já no seu fim destruiu as vidas de milhares com a ilusão da continuação do império.
Unabomber deve ficar extremamente orgulhoso de fazer parte do grupo do Passos Coelho, os tais que exploram ideias preconcebidas do povo português "os piegas", "os preguiçosos", "não querem trabalhar", etc...
Do Unabomber podemos esperar uma posição pouco ou nada exigente para com aqueles que detêm o poder.
Para o Unabomber a culpa recai naqueles que não têm nem o dinheiro, nem o poder e nem acesso aos meios de comunicação para se defenderem...
E em relação à União Europeia e Euro, será também o povo português o responsável pela saída (um dia destes…) do Reino Unido da UE?
Será o povo português o responsável por outros países andarem a culpar o Euro e a União Europeia dos seus problemas?
«governados nos últimos anos por um sistema socialista»
ResponderEliminarFica bem usar termos 'correctos', mas a verdade perde-se.
Temos sido governados por governos esquerdalhos, que é uma espécie de paternalismo salazarento aditivado com gritaria de igualdade e proclamações abrilo-socialistas.
Parece que os fundos sociais europeus andaram a pagar os desmandos dum patronato que se fazia representar por coisas como jose
EliminarOs governos “ esquerdalhos”de passos e Barroso mais a cavacal figura são alguns exemplos da “ qualidade” de tais asnices
Há aqui qualquer coisa que não cola
ResponderEliminarMas esta tentativa de branqueamento do estado novo é bem feia
Sob o nickname de unabomber. Ou daquela espécie de historiador que usa detergente em vez de argumentos.
"Deixemos por ora os factos de lado, porque não interessam à teoria" berrava um tal joão távora, na mesma onda destes tipos.
E está quase tudo dito
A vergonha do fascismo escondida atrás de meia dúzia de tretas a benzer o "ensino " do estado novo
Ou o ressabiamento de alguém que não suporta que lhe desmascarem os preconceitos e os trejeitos
Sai aí mais uma tentativa de branquear aquele que manda matar e morrer em África
Parece que nuno palma, o tal que tem um texto fundamentado para unabomber, também publicou qualquer coisa sobre a história da pide. Para alem de economista tem pretensões a historiador.
ResponderEliminarA mediocridade do sujeito pode-se cotejar com o escrito por outros autores sobre o mesmo tema, ou seja, sobre a pide
E com esta frase,que define um "historiador". Quiçá um economista
"É essencial compreender o que muitos historiadores não querem compreender devido às suas preferências políticas – o Estado Novo não era apenas repressão vinda de cima. Também havia muita repressão “vinda de baixo”.
Até nisto tresanda o cheiro de branqueador do fascismo. Há os de cima.E os de baixo. E os de baixo, com as suas atitudes de ratos de sarjeta são também responsáveis como os de cima, que utilizam os seus serviços e os premeiam por isso
O tipo da Pide que torturava um preso... seria também repressão vinda de baixo., porque o director da Pide comia ostras e perfumava-se com um perfume tipo "a grande mentira"
( repare-se naquele " o que muitos historiadores não querem compreender devido às suas preferências políticas".
Politicamente puro ( e "fundamentado" para o unabomeber) só o nuno, mais a repressão de baixo, com que se tenta alijar a carga para os jagunços ao serviço do fascismo. Para que olhemos para os de cima com alguma comiseração e para o fascismo com a alegre benevolência dos cúmplices de hoje)