Lavro só uma nota crítica: não será seguramente com Lula ou com qualquer outro social-democrata que se encontrará o socorro para os tempos que se avizinham (e a passos largos, por sinal: problemas fundos exigem soluções robustas e não meras maquilhagens. Um primeiro passo para combater a extrema-direita é convidar os sociais-democratas bem intencionados (que os há) a virem para as barricadas. Os outros (que também os há, ó se há!), seguirão o seu caminho natural sem crises de orfandade. Depois disso, feito o velório da social-democracia, sepultados os seus restos mortais e limpas as últimas flores das capelas, será então tempo de escrever a História.
Sejamos claros. Lula, e sobretudo Dilma, fizeram muitas asneiras. Uma certa esquerda fez a política económica da direita, sobretudo visível durante a presidência desta última. "A crise foi (também) fabricada pela política económica da própria Dilma, assessorada pela sua equipa económica e financeira, gente formatada pela teoria económica neoliberal. Dilma traiu o seu programa eleitoral logo após a reeleição quando decidiu agradar ao poder financeiro através de um "ajustamento" orçamental que encomendou ao economista neoliberal Joaquim Levy."
Mas também sejamos claros. O que se passou e passa no Brasil é agora muito mais do que isto.É o perigo real do regresso do fascismo. Ao não saber definir quem era o inimigo principal, alguns pseudo-revolucionários sentados no sofá contribuíram objectivamente para a vitória de bolsonaro. Aceitando a legitimidade dos tribunais da era fascista, curvando-se a polícias e a um parlamento oligárquico, todos eles inimigos dos trabalhadores e do seu partido, o PT contribuiu para a sua derrota.Mas uns tantos também estavam mais interessados em apontar o dedo para outras coisas que para o juiz Sérgio Moro. Só agora acordaram e viram que este, treinado em procedimentos de law fare pelo Departamento de Estado dos EUA, no âmbito do International Visitor Leadership Program , está no centro da trama do golpe e que quer poderes para continuar a perseguição selectiva às forças progressistas. A transformação do aparelho judicial numa força política ao serviço da reacção é um facto indesmentível. Mas não só da "reacção". De coisas bem mais sinistras que esta coisa assim tão eufemisticamente denunciada
Ora sem menosprezar a responsabilidade enorme duma social-democracia que de facto se comportou como comportou, abrindo as portas a tudo aquilo que assistimos, também é um facto que estamos num território novo e perante perspectivas outras que não os jogos de sofá de pseudo-radicais de pacotilha.
"O resultado obtido pela candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais no Brasil representa – na sequência do golpe de Estado institucional que destituiu a legítima Presidente Dilma Rousseff em 2016 e da prisão arbitrária e do impedimento da candidatura de Lula da Silva – um gravíssimo desenvolvimento da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro, corporizado num programa de intensificação da exploração e ataque aos direitos sociais, de agressão às liberdades e à democracia, de abdicação da soberania nacional e subordinação ao imperialismo, de promoção de valores profundamente reaccionários e de imposição de um poder de cariz ditatorial no Brasil.
Este resultado é inseparável da sistemática acção de branqueamento dos reais objectivos e de apoio à candidatura de Bolsonaro promovida pelos grandes meios de comunicação social – incluindo em Portugal – e através das redes sociais."
Os tempos que se avizinham, exigem de facto respostas robustas, muito mais robustas do que as imaginadas por alguns. Exigem a concentração de esforços das mais amplas massas populares que não se revêem nos planos que se preparam para o Brasil. A perseguição à esquerda, ao MST, aos índios já começou. Nas escolas já se vê a bota cardada. A situação é ainda mais perigosa quando se olha para a situação internacional. Acorre Bolsonaro a proclamar a transferência da embaixada em Israel e o seu amor por Trump
E devem ser os brasileiros a estabelecer as barricadas. Sabendo que só a eles cabe uma política de alianças que seja vitoriosa e que faça frente à besta que se adivinha. Todos os que se lhe quiserem juntar serão bem vindos.
Ao anónimo das 12h32: e isso será antes ou depois de se fazer o enterro do marxismo-leninismo? É que o cadáver já fede desde 1991... Ao menos o meu caro não anda, como o João Rodrigues em tempos, a chorar lágrimas de crocodilo pela social-democracia. Não sabemos bem ao que vem, mas sabemos que não gosta dela...
Jaime Santos aposta em se tornar cangalheiro oficioso da corte
Tocando apenas no ponto da morte anunciada e do cadáver que fede, e no momento apenas nesse ponto, suspeita-se que já muitos disseram o mesmo ou coisa parecida, com aquela presunção que confunde realidades com desejos. Ou vice- versa
Essa de pensar que uma ideia, qualquer ideia, tem morte matada por um qualquer acontecimento, é pura e simplesmente algo idiota.
E com o devido respeito, algo que lhe fará falta, esta conversa de missa de mortos já fede
Indo a outro lado da questão, não me parece que João Rodrigues ande a chorar lágrimas de crocodilo. Isso é apenas retórica do próprio Jaime Santos. Melhor dizendo, esconjuros adequados a alguma mediocridade no debate, mas que não passam disso mesmo. Disparates idiotas
Não acho que a narrativa do tal anónimo sobre a social-democracia seja um disparate, embora não subscreva na íntegra o que este diz
Não será altura de tentar elevar o debate, caro JS ?
É um seu velho sonho. A sua atitude pusilânime em Abril de 74 deixou-lhe marcas profundas e a humilhação sofrida assim, daquela forma que conhecemos, exige um qualquer lavar da honra.
O pior é que não se conhece tal coisa neste sujeito.
Que definitivamente está do outro lado da barricada
O país da América Latina mais próspero, com maior qualidade de serviços públicos, melhores salários e maior PIB per capita, é o Chile. O mais miserável é a Venezuela. Alguém encontra um padrão com referência à teoria económica e à escola de Chicago?
"A esquerda revolucionária gritará na rua: "Não nos tirem o dia de Todos os Santos"! E os socialistas devolveram. Amén!"?
Eis o retrato dum neoliberal, profundamente empenhado na propaganda sebenta de Myses. Com a agravante de ser intrinsecamente desonesto e aldrabão
O ódio destas coisas ao mundo do trabalho mostra-se assim desta forma boçal. Feriados é para abater, porque limita o lucro do patrão. E põe menos carga horária para os trabalhadores.
-"Não nos roubem o tempo de descanso, incluindo os feriados. E os salários. E as pensões". Foram gritos que se ouviram contra aquele traste do Passos e de seus amigos.
Pressuroso, apressado, joão pimentel ferreira, vem desta forma canhestra tentar dar a mão ao austeritarismo, invocando motivos da velha ordem para justificar a deterioração laboral.
Depois dirá que os vencidos em Abril não querem feriado a 25 desse mês.
Austeridade uberalles? Isso e tudo o mais que evite a denúncia da fraude que ocorreu no Brasil
Confirmada toda a isenção e imparcialidade na investigação, acusação e sentença de Lula
ResponderEliminarhttps://otempodascerejas2.blogspot.com/2018/11/branco-e-galinha-o-poe.html
(Hoje, dia 1 de Novembro, é feriado
ResponderEliminarUm feriado que a tralha neoliberal caceteira quis roubar, para maior proveito e glória dos que vivem do trabalho alheio
É bom lembrar os factos. Passos anda por aí e sonha voltar, agora montado em bolsonaro)
A esquerda revolucionária gritara na rua: "Não nos tirem o dia de Todos os Santos"! E os socialistas devolveram. Amén!
EliminarNão temer o ridículo...
ResponderEliminarJose e o ridículo
ResponderEliminarJose e o ridículo?
Jose ridículo.
Lavro só uma nota crítica: não será seguramente com Lula ou com qualquer outro social-democrata que se encontrará o socorro para os tempos que se avizinham (e a passos largos, por sinal: problemas fundos exigem soluções robustas e não meras maquilhagens. Um primeiro passo para combater a extrema-direita é convidar os sociais-democratas bem intencionados (que os há) a virem para as barricadas. Os outros (que também os há, ó se há!), seguirão o seu caminho natural sem crises de orfandade. Depois disso, feito o velório da social-democracia, sepultados os seus restos mortais e limpas as últimas flores das capelas, será então tempo de escrever a História.
ResponderEliminarPerfeitamente de acordo.
ResponderEliminarMas sem esquecer os pseudo-revolucionarios que andaram a dizer o mesmo que a extrema-direita e a usar o mesmo palavreado que o Joäo Miguel Tavares
É assim mesmo!
ResponderEliminarCom barricadas é que coisa vai lá.
Sejamos claros. Lula, e sobretudo Dilma, fizeram muitas asneiras. Uma certa esquerda fez a política económica da direita, sobretudo visível durante a presidência desta última. "A crise foi (também) fabricada pela política económica da própria Dilma, assessorada pela sua equipa económica e financeira, gente formatada pela teoria económica neoliberal. Dilma traiu o seu programa eleitoral logo após a reeleição quando decidiu agradar ao poder financeiro através de um "ajustamento" orçamental que encomendou ao economista neoliberal Joaquim Levy."
ResponderEliminarMas também sejamos claros. O que se passou e passa no Brasil é agora muito mais do que isto.É o perigo real do regresso do fascismo. Ao não saber definir quem era o inimigo principal, alguns pseudo-revolucionários sentados no sofá contribuíram objectivamente para a vitória de bolsonaro. Aceitando a legitimidade dos tribunais da era fascista, curvando-se a polícias e a um parlamento oligárquico, todos eles inimigos dos trabalhadores e do seu partido, o PT contribuiu para a sua derrota.Mas uns tantos também estavam mais interessados em apontar o dedo para outras coisas que para o juiz Sérgio Moro. Só agora acordaram e viram que este, treinado em procedimentos de law fare pelo Departamento de Estado dos EUA, no âmbito do International Visitor Leadership Program , está no centro da trama do golpe e que quer poderes para continuar a perseguição selectiva às forças progressistas. A transformação do aparelho judicial numa força política ao serviço da reacção é um facto indesmentível. Mas não só da "reacção". De coisas bem mais sinistras que esta coisa assim tão eufemisticamente denunciada
Ora sem menosprezar a responsabilidade enorme duma social-democracia que de facto se comportou como comportou, abrindo as portas a tudo aquilo que assistimos, também é um facto que estamos num território novo e perante perspectivas outras que não os jogos de sofá de pseudo-radicais de pacotilha.
"O resultado obtido pela candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais no Brasil representa – na sequência do golpe de Estado institucional que destituiu a legítima Presidente Dilma Rousseff em 2016 e da prisão arbitrária e do impedimento da candidatura de Lula da Silva – um gravíssimo desenvolvimento da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro, corporizado num programa de intensificação da exploração e ataque aos direitos sociais, de agressão às liberdades e à democracia, de abdicação da soberania nacional e subordinação ao imperialismo, de promoção de valores profundamente reaccionários e de imposição de um poder de cariz ditatorial no Brasil.
Este resultado é inseparável da sistemática acção de branqueamento dos reais objectivos e de apoio à candidatura de Bolsonaro promovida pelos grandes meios de comunicação social – incluindo em Portugal – e através das redes sociais."
Os tempos que se avizinham, exigem de facto respostas robustas, muito mais robustas do que as imaginadas por alguns. Exigem a concentração de esforços das mais amplas massas populares que não se revêem nos planos que se preparam para o Brasil. A perseguição à esquerda, ao MST, aos índios já começou. Nas escolas já se vê a bota cardada. A situação é ainda mais perigosa quando se olha para a situação internacional. Acorre Bolsonaro a proclamar a transferência da embaixada em Israel e o seu amor por Trump
E devem ser os brasileiros a estabelecer as barricadas. Sabendo que só a eles cabe uma política de alianças que seja vitoriosa e que faça frente à besta que se adivinha. Todos os que se lhe quiserem juntar serão bem vindos.
Ao anónimo das 12h32: e isso será antes ou depois de se fazer o enterro do marxismo-leninismo? É que o cadáver já fede desde 1991... Ao menos o meu caro não anda, como o João Rodrigues em tempos, a chorar lágrimas de crocodilo pela social-democracia. Não sabemos bem ao que vem, mas sabemos que não gosta dela...
ResponderEliminarJaime Santos aposta em se tornar cangalheiro oficioso da corte
ResponderEliminarTocando apenas no ponto da morte anunciada e do cadáver que fede, e no momento apenas nesse ponto, suspeita-se que já muitos disseram o mesmo ou coisa parecida, com aquela presunção que confunde realidades com desejos. Ou vice- versa
Essa de pensar que uma ideia, qualquer ideia, tem morte matada por um qualquer acontecimento, é pura e simplesmente algo idiota.
E com o devido respeito, algo que lhe fará falta, esta conversa de missa de mortos já fede
Indo a outro lado da questão, não me parece que João Rodrigues ande a chorar lágrimas de crocodilo. Isso é apenas retórica do próprio Jaime Santos. Melhor dizendo, esconjuros adequados a alguma mediocridade no debate, mas que não passam disso mesmo. Disparates idiotas
ResponderEliminarNão acho que a narrativa do tal anónimo sobre a social-democracia seja um disparate, embora não subscreva na íntegra o que este diz
Não será altura de tentar elevar o debate, caro JS ?
Quanto ao herr jose mais as suas barricadas
ResponderEliminarÉ um seu velho sonho. A sua atitude pusilânime em Abril de 74 deixou-lhe marcas profundas e a humilhação sofrida assim, daquela forma que conhecemos, exige um qualquer lavar da honra.
O pior é que não se conhece tal coisa neste sujeito.
Que definitivamente está do outro lado da barricada
O país da América Latina mais próspero, com maior qualidade de serviços públicos, melhores salários e maior PIB per capita, é o Chile. O mais miserável é a Venezuela. Alguém encontra um padrão com referência à teoria económica e à escola de Chicago?
ResponderEliminarO desprezível Cuco retoma a sua calúnia favorita.
ResponderEliminarProblemas de azia...
Já foi respondido ao joão Pimentel Ferreira aonio eliphis etc etc etc
ResponderEliminarO tal que anda aqui a espalhar as notícias falsas como se de um bolsonaro se tratasse
Mas como se repete desta forma assaz curiosa e como a nossa querida Nadia já nos avisou, parece que temos que repetir oi respondo
Certo?
A azia e o cuco. Parece que sim, que a perturbação crispada volta
ResponderEliminarMas na mouche essa história das barricadas.
Quererá jose citações do próprio?
"A esquerda revolucionária gritará na rua: "Não nos tirem o dia de Todos os Santos"! E os socialistas devolveram. Amén!"?
ResponderEliminarEis o retrato dum neoliberal, profundamente empenhado na propaganda sebenta de Myses. Com a agravante de ser intrinsecamente desonesto e aldrabão
O ódio destas coisas ao mundo do trabalho mostra-se assim desta forma boçal. Feriados é para abater, porque limita o lucro do patrão. E põe menos carga horária para os trabalhadores.
-"Não nos roubem o tempo de descanso, incluindo os feriados. E os salários. E as pensões". Foram gritos que se ouviram contra aquele traste do Passos e de seus amigos.
Pressuroso, apressado, joão pimentel ferreira, vem desta forma canhestra tentar dar a mão ao austeritarismo, invocando motivos da velha ordem para justificar a deterioração laboral.
Depois dirá que os vencidos em Abril não querem feriado a 25 desse mês.
Austeridade uberalles? Isso e tudo o mais que evite a denúncia da fraude que ocorreu no Brasil