1. Na sequência das declarações racistas e xenófobas de André Ventura, candidato da direita a Loures (aqui e aqui) - a que se somou a defesa da «prisão perpétua dos delinquentes [associados] a certos tipos de crimes» - assistiu-se: ao repúdio dessas declarações por alguns dirigentes de partidos que suportam a candidatura (como Teresa Leal Coelho e Francisco Mendes da Silva); ao apoio explícito do candidato pela extrema-direita (com o líder do PNR a considerá-lo «um dos seus»); à confirmação do apoio do PSD a André Ventura (que não recuou nas suas declarações); e à demarcação do CDS-PP, que rompeu com a coligação, decidindo avançar com candidato próprio. Em suma, o candidato a Loures conta hoje com o apoio reiterado da extrema-direita, do PPM e do PSD.
2. A circunstância de as afirmações de André Ventura terem tanto de eleitoralismo populista como de simplismo, falsidade e demagogia (a ideia, por exemplo, de que os ciganos ocupam «ilegalmente fogos imobiliários que não lhes pertencem» ou de que «vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado»), apenas reforça a gravidade da decisão do PSD em manter o apoio ao candidato. Isto é, a opção por surfar a onda do populismo eleitoralista e de desinformação deliberada, recuperando para o efeito algumas ideias de senso comum sobre a comunidade cigana e que costumam florescer bem em conversas de café.
3. Na verdade, Passos Coelho conhece, e a direção do PSD também, alguns factos: a comunidade cigana é uma das comunidades mais pobres, marginalizadas e vítimas de preconceito em Portugal; uma grande percentagem de ciganos trabalha, pelo que o RSI representa apenas cerca de 33,5% das fontes de rendimento destas famílias (com o risco de pobreza a rondar, nesta comunidade, os 95%); existe uma elevada incidência de situações de sobrelotação no realojamento de famílias ciganas (29%, entre as que residem nos bairros sociais de Lisboa); o RSI tem permitido uma melhoria muito significativa dos níveis de escolarização da comunidade cigana, decisivos para uma maior inclusão social e inserção no mercado de trabalho. Eles sabem bem tudo isto e o candidato a Loures, Professor André Ventura, também.
4. Não sobra portanto margem para encontrar uma razão decente que explique a manutenção do apoio do PSD a André Ventura. Trata-se de um partido que não revela, de facto (até hoje), uma «tradição xenófoba», o que é válido tanto ao nível das suas sucessivas direções políticas, como ao nível da sua militância e eleitorado. Sabendo isso muito bem, Passos Coelho há-de ter portanto uma motivação muito forte para não arrepiar caminho, sobretudo depois da colagem do PNR à candidatura e do recuo do CDS-PP. A situação é de tal modo bizarra que apenas se vislumbra uma hipótese: embalar no espírito do tempo e fazer o teste do eleitoralismo populista de direita em Portugal, o «teste Trump», a ver no que dá.
A extrema direita não convencional neoliberal une-se à extrema direita convencional...
ResponderEliminarÉ no que dá o Passos Parasita Coelho já não conseguir convencer o centro direita, o Parasita tem que apelar ao radicalismo para se manter à tona, ou julga ele que se mantém à tona...
Não vou entrar na discussão do assunto em si. E explico porquê: o assunto é extremamente complexo e o risco de ver mal interpretadas as minhas palavras é mais do que certo. As "causas fraturantes" dão-se muitíssimo mal com as incontornáveis e complexas subtilezas que devem enformar e informar as análises responsáveis e ponderadas. Faço, contudo, um pequeno reparo ao autor do post: era, em meu entender, e se me permite a liberdade de o afirmar, de evitar a fácil analogia com o Mr. Donald. Por isto: "populistas" são, para o atual ocidental status quo neoliberal, todas as propostas políticas que lhe ponham em causa o exercício do absoluto poder político-económico, venham elas da direita ( mais tradicionalista e moderada ou medularmente reacionária) ou da esquerda que não embarca em modismos umbiguistas. Umas e outras são metidas, por questão de oportunista conveniência, no generoso e nada rigoroso saco dos "populismos", onde cabem, vejam só, Mr. Trump e o Sr. Maduro, a Sra. Dilma Rousseff e o Sr. Erdogan, e ainda - como poderia deixar de ser? - o Sr. Vladimir Putin.
ResponderEliminarO que nunca veremos - porquê? porquê? - é meter nesse vastíssimo saco personagens políticas como Marcelo Rebelo de Sousa ou o novel e fotogénico Napoleão (para citar só dois recentes exemplos de peso muito diverso).
A pergunta que fica é esta: ele há coisa mais populista do que não ter programa político (mas ter uma não declarada agenda na manga...), dizer umas generalidades que agradam a Gregos aqui e a Troianos acolá, e ser inteiramente o produto de uma bem construída e mais ou menos longa campanha de "marketing"?
Um populista o Sr. André Ventura? Não... Esse triste pertence a uma peninsular espécie multissecular que teima em persistir: a do ignorante desbocado cuja propensão para a loquacidade ultrapassa em muito a vontade de pensar antes de falar. Se é que pensar consegue...
Três gráficos ilustrativos das opções de uma minoria, que na sua liberdade cultural não quer: estudar, trabalhar num qualquer horário regular ou em negócio regularmente tributado, e vive em agregados em que se auto-excluem da restante população.
ResponderEliminarE esse risco de pobreza de 95% seguramente não pôde ser medido; só me parece possível de estimar uma tal medida para quem vive na marginalidade.
Donald Trump não é um populista, é um demagogo!
ResponderEliminarOs cortes grotescos nos serviços sociais, a aberração do Trumpcare e a continuidade de cortes dos impostos aos ricos são inequivocamente políticas neoliberais.
Trump prometeu o paraíso à pessoa que sofre com a deslocalização do trabalho para outras paragens onde o trabalho é (muito) mais barato, mas o que ele está a oferecer é um país ainda mais injusto e deplorável.
Tirando a retórica nacionalista de Trump, que serviu apenas para ele chegar ao poder, o que se seguiu depois das eleições é business as usual.
Mas estavam à espera que um multimilionário desde o berço estivesse interessado em melhorar a vida da pessoa comum? Sinceramente...
(Por acaso herr jose defendeu por várias vezes a não tributação de vários grandes negócios.
ResponderEliminarMostrou-se muito compreensivo com o não pagamento de impostos de António Borges.
Defendeu os offshores como meio de protecção da carga fiscal para os homens de negócios
Incentivou a fuga fiscal para a Holanda de tipos como o Soares dos Santos.
Isto faz de herr jose concretamente o quê? Um demagogo barato a tentar impingir-nos o que é costume.
"Os últimos dias foram bastante profícuos em casos de imbecilidade extrema. Médicos que acham a homossexualidade uma doença, psicólogos que acham que a erva deixa as pessoas homossexuais e uma advogado que é só o espelho dos partidos que representa, PSD e CDS, despejando ódio e preconceito sobre ciganos e negros. O direito de gente como esta encher páginas nos media dominantes não pode ser encarado como uma coisa normal, apenas sujeita a critérios editoriais. A democracia burguesa abre caminho a estas posturas, ao palco para medíocres, ao afunilar opiniões, procurando uma aceitação fácil que possa render alguma exposição a um título chamativo nas redes sociais.
ResponderEliminarA batalha da desinformação a que fomos sendo sujeitos ao longo dos anos levou ao ponto em que estamos hoje: é aceitável, em nome da democracia e da liberdade de expressão, colocar sob os holofotes um médico que acha que a homossexualidade é uma doença. Há uma gravidade enorme em tudo isto; primeiro, porque a classe médica é das mais cotadas entre a confiança dos portugueses, depois, porque é inconcebível que um jornal publique isto.
Um médico afirmar que a homossexualidade é uma doença, não está no campo da liberdade de expressão. Está no campo da mentira. É como se um tradutor resolver dizer que “yes” se traduz por “não”. Ele pode dizê-lo, mas está a mentir.
Também o candidato do PSD a Loures nos brindou com uma entrevista em que adopta aquela que sempre foi a postura do CDS, com e sem PSD, em relação talvez não a minorias mas em relação a minorias pobres. Porque há naquele campo muito quem critique as lojas dos chineses, mas esticam os braços para fazer chegar mais um visto gold a um qualquer empresário que esteja disponível para gastar meio milhão de euros numa casa.
Em 2009, Portas afirmava que o “RSI é um incentivo à preguiça” e que os subsidiários são “gente que, pura e simplesmente, não quer trabalhar e quer viver a custado contribuinte". O partido deles é um dos grandes promotores de uma criminalização da pobreza e da sua censura pública. Foi com PSD e CDS que os desempregados passaram a ter apresentações periódicas na Junta de Freguesia, como qualquer condenado.
A aceitação deste tipo de discursos, a cobro da democracia e da liberdade de expressão é, na verdade, a sua negação. É abrir caminho a discursos fáceis, falsos, que são tomados como verdadeiros. É o vingar da opinião da classe dominante que, enquanto puder dividir os explorados entre explorados-brancos, explorados-ciganos, explorados-negros e por aí fora, vai levando a água ao seu moinho. É o vingar da ideologia dominante no que respeita à não-existência de ideologias e na comparação entre esquerda e direita, que são a mesma coisa. Como se ideologias que defendem extinções em massa, genocídios, a superioridade racial e religiosa fossem comparáveis a uma cuja principal matriz é haver um mundo sem exploradores nem explorados.
E os discursos de André Ventura, Quintino Aires e Gentil Martins são, ao mesmo tempo, alicerce e telhado do edifício que foi sendo construído pela ideologia dominante. E vivem bem uns com os outros".
(Ricardo M.Santos)
Ser esquerdalho é, antes demais, dedicar-se a contrariar o senso-comum.
ResponderEliminarFazem pesquisas aturadíssimas, análises em todos os recantos da biologia e da psicologia, para acrescerem a um portfólio que, impantes, garantem diferenciá-los com vantagem sobre as ignaras massas (através do ataque às suas elites, óbviamente de direita).
Se precisarem de retorcer alguma coisa, não hesitam: bradar a sua diferença é uma permanente ambição, e colecionam triggers que guardam carinhosamente e invocam per secula secolorum. Gentil Martins ganhou o seu lugar nessa colecção de lugares comuns da esquerdalhada.
Modestamente, penso que o caso André Ventura traduz simplisticamente isto:
ResponderEliminarPassos veio legitimar (em termos aval político) o discurso radical de direita saudosista, sob capa de neoliberalismo.
Como se não chegasse, veio agora dar mecha ao discurso populista racista, legitimando o sempre latente radicalismo xenófobo dos que, por exposição directa aos problemas sociais e por falta de cultura (num sentido geral), estavam apenas à espera de quem os despertasse.
É mais um notável contributo deste político para o resvalar deste país para a "guerra civil" [até aqui piegas v. empreendedores-"bate punho", jovens v. "peste grisalha", público v.privado].
Talvez acabe por ganhar a guerra, já que apoio mediático incondicional e bastante militante não lhe tem faltado, nem pelos vistos lhe vai faltar.
@José,
ResponderEliminar"Três gráficos ilustrativos das opções de uma minoria, que na sua liberdade cultural não quer: estudar, trabalhar num qualquer horário regular ou em negócio regularmente tributado, e vive em agregados em que se auto-excluem da restante população."
Afinal, quantos ciganos conhece? Com tanto conhecimento em primeira mão, só pode ter sido criado por ciganos, antes de se «arrepender».
Anónimo das 22h16,
ResponderEliminarA definição de populismo é feita mais ou menos à vontade do freguês.
Como tal adoptei a minha própria definição, que me tem servido bem: o populismo, é na sua essência, um apelo ao ódio, à construção de um «eles» que é antagónico a um «nós».
Daí, que o grande satã tanto pode ser as «elites», os ciganos, os árabes ou os judeus. O populismo de Esquerda prefere apontar para os ricos como os únicos causadores dos nossos males (a Esquerda decente aponta o dedo às desigualdades); o populismo de Direita tem preferência por coisas bem mais comezinhas, como culpar os tipos que são ainda mais desgraçados que o público-alvo -- mas que! -- têm um nariz esquisito, logo suspeito, logo culpado.
Ora aí temos de volta a doutrina do senso-comum.
ResponderEliminarUma espécie de latrina usada desde ha séculos, tanto para confirmar que o Sol gira à volta da terra como para indicar que a responsabilidade das violações só mesmo das gajas que não se comportam de forma decente.
A mediocridade boçal da ignorância a tentar afirmar-se contra o conhecimento científico e s mostrar os motivos porque o odeia.
Mas nao é uma ternura essa devoção para com o Gentil?
ResponderEliminarImpotente perante o facto da insuspeita ordem dos médicos resolver questionar as barbaridades do Gentil exigindo que este comprove o que diz, o que resta a herr jose?
Lançar anátemas contra o conhecimento e investir contra os factos.
Apelando ao senso comum e à virgem da ladeira. E ao Botas ou ao Borges seus santos de devoção.
Esta é a imagem dos " homens de negócios" cá do burgo.
Eça descreveu-os muito bem em alguns dos seus romances.
A insuspeita Ordem dos Médicos?
ResponderEliminarInsuspeita de quê? De ser uma corporação de interesses?
Mas entretanto aguardemos que a OM defina 'a homossexualidade como uma não anomalia, sem impacto significativo na personalidade do portador'.
Nada menos que isso, nem mais,...treteiro esquerdalho das 18:10.
O portador? Mas qual portador qual carapuça? O portador da estupidez e da sabujice pelas 19:00 endossada ao portador da mesma hora? Portadas a todas as horas?
ResponderEliminarInsuspeita Ordem dos Médicos porque não é reconhecidamente uma sucursal dos "esquerdalhos" na linguagem patibular dum coitado, nem nenhuma associação em prol do "senso-comum"
ResponderEliminarSenso-comum utilizado pelo tal coitado como antagonista do senso-crítico ou seja, contrário à capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente.
Começamos a ver um dos motivos para o destrambrelhamento perturbado e inquieto do tal devoto do Gentil
Não.
ResponderEliminarA definição de populismo não é feita mais ou menos à vontade do freguês.
Pelo que não adianta o Filipe Martins, pese a diversidade das várias conotações da palavra, vir avançar com uma "sua"definição"
Estávamos bem tramados se todos resolvessem dar livre curso às suas fantasias pessoais e aos seus fantasmas particulares.
E mostrar desse jeito que afinal nem sequer sabe do que está a falar
A prova vem mais adiante com aquela espécie de demagogia (não confundir como populismo) que norteia os "virtuosos" da vida política ..Esta frase de F. Martins é um espanto:
ResponderEliminar" O populismo de Esquerda prefere apontar para os ricos como os únicos causadores dos nossos males (a Esquerda decente aponta o dedo às desigualdades)"
Se a cabotinice pagasse imposto, o Martins estava lixado. É que o populismo de esquerda não prefere apontar os ricos como os únicos causadores dos nossos males. Tal maniqueísmo custa a acreditar. A esquerda consequente prefere apontar o dedo à exploração de tantos por uns poucos, à exploração do Homem pelo homem
E a questão dos ricos é lateral.
Numa passagem das suas “Viagens na minha terra”, Garrett fez uma pergunta que ficou famosa:
«Quantos pobres são necessários para fazer um rico?»
Não consta que Garrett fosse populista e ainda menos fosse da esquerda "decente"
E a tal propósito , essa da esquerda "decente".
Estaremos no reino das modas e bordados? Decente porque está bem vestida? Decente por andar em boas companhias, como escrever num pasquim de nome Público?
Decência. Um conceito a explorar, com toda a certeza. Aguarda-se uma comissão nomeada pela comissão de decência política para definir o que é decente.
Sobre o populismo eis aqui algumas fontes (para ver se se eleva o nível do debate):
ResponderEliminarhttp://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/10/viva-o-populismo.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/precisamos-de-explosoes.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/04/normal-0-21-false-false-false-pt-x-none.html?m=1
Quanto à irritação tida como "destrambelhada" dum tal Jose, ela parece ser filha dilecta duma afirmação que lhe buliu com a sua natureza intrínseca. E com o seu afecto, pelo menos ideológico, pelo tal Gentil:
ResponderEliminar"Um médico afirmar que a homossexualidade é uma doença, não está no campo da liberdade de expressão. Está no campo da mentira. É como se um tradutor resolver dizer que “yes” se traduz por “não”. Ele pode dizê-lo, mas está a mentir".
Nada mais simples e concreto.
E o motivo da particular irritação e perturbação é que quanto a isto não há nada a dizer. Talvez seja por tal que assistimos com verdadeira comiseração pelo referido jose à sua tentativa de virar o bico ao prego. A sua afirmação "aguardemos que a OM defina 'a homossexualidade como uma não anomalia" é duma espantosa patetice.
É que não é a OM que tem que definir a homossexualidade como uma não anomalia". É o Gentil que tem que provar que aquela é uma doença.
A "personalidade do portador" já foi aqui aflorada e bem pelo anónimo das 20 e 48. Mas é também a prova do descuido de linguagem desse tal jose, que ainda está ao nível do senso-comum dos beatos fundamentalistas.
ResponderEliminarO senso-comum dos legionários portugueses,espécie de tropa fandanga que brincava com os seus uniformes e com as suas pilinhas, permitiria encaixar provavelmente tal tipo de linguagem.
Mas vamos esperar pela comprovação científica da novel doença parida pelo Gentil. E vamos aguardar o impacto que tal virá trazer à personalidade do Jose
Porque uma coisa é certa e pode ser documentada
ResponderEliminarQuando este jose começa a ficar enervado e inquieto, "destrambelhado" como alguém já disse, fica de tal forma perturbado que começa a ter dificuldades na distinção dos géneros.
Será o passo seguinte? Já se adivinha pela sua invocação em seco do "treteito e do esuqerdalho"
Aguardemos então, sabendo nós que tal característica faz adivinhar um impacto significativo na personalidade deste Jose.
O motivo pelo qual tal sucede é que é do reino da especulação
O ponto 3 traz os dados mas esquece-se de ilustrar a comunidade cigana como sendo nómada e que vive à margem da restante sociedade porque assim o entende. O Estado e o povo não os pode negligenciar e deve sempre procurar a sua integração, mas isso nunca será sucedido se não houver uma cedência da outra parte.
ResponderEliminarOs treteiros vêm com 'a homossexualidade como uma doença' quando o Gentil martins não disse nada disso.
ResponderEliminarMas esquerdalho é aldrabão por inerência do cargo.
Inerência do cargo mais o aldrabão e o treteiro.
ResponderEliminarA habitual marca do destrambelhamento fisico, ético e social de alguém que andou ccm a prova de " não anomalia" na boca e que precisa de ocultar esta tremenda idiotice
Por acaso Gentil disse ainda pior. E de tal forma, que foi já obrigado a retratar-se em parte.
Para quando este Jose arranja coragem e honestidade para fazer o mesmo?
Vamos aos factos
ResponderEliminarO que disse Gentil Martins?
"Não vou tratar mal uma pessoa porque é homossexual, mas não aceito promovê-la. Se me perguntam se é correto? Acho que não. É uma anomalia, é um desvio da personalidade. Como os sadomasoquistas ou as pessoas que se mutilam."
Anomalia é uma particularidade ou condição do que é anómalo, fora do comum. Mas é mais do que isso
Gentil Martins é médico. E sabe (ou devia saber) que o termo anomalia tem uma conotação precisa. As doenças caracterizadas por deformações estruturais são denominadas usualmente por anomalias.
A gravidade das afirmações de Gentil Martins extrapolam o mundo medíocre dos comentadores que o defendem da forma como um idiotamente o faz.
De tal forma que foi aberto um inquérito a tais declarações. E da parte da entidade responsável pela ética médica. Porque afirmações deste teor não podem passar impunes.
Porque há um dever dos médicos que "têm de ter um comportamento público adequado à dignidade da profissão”.
Porque" um médico afirmar que a homossexualidade é uma doença, não está no campo da liberdade de expressão. Está no campo da mentira. É como se um tradutor resolver dizer que “yes” se traduz por “não”. Ele pode dizê-lo, mas está a mentir".
Para os cobardes aldrabões ignorantes pode-se substituir o termo "doença" por anomalia.
Este é todavia um excelente exemplo do uso manhoso, desonesto, aldrabão e idiota de "palavras", procurando utilizar "conceitos" do "senso-comum" em detrimento da sua adequação científica.
ResponderEliminarUm exemplo da perversidade ideológica de aldrabões de feira que, confrontados com as suas próprias palavras, usam estes expedientes, não só para fugirem ao que disseram, como também para não renegarem as idiotices que afirmaram. Isto é por si só a prova duma cobardia repelente. Mas é mais do que isso. É pura desonestidade. Igualmente repelente diga-se de passagem.
Para que afinal de contas não haja lugar a qualquer tipo de desculpas e de fugas (embora sabendo nós que isso pode perigar todo o argumentário em defesa das declarações abjectas de Gentil Martins) reafirme-se o afirmado em cima, com a"correcção" adequada para que até estas "coisas" percebam
"É que não é a OM que tem que definir a homossexualidade como uma não anomalia". É o Gentil que tem que provar que aquela é uma anomalia."
"Mas vamos esperar pela comprovação científica da novel anomalia parida pelo Gentil."
O impacto que tal virá trazer à personalidade do Jose é o que estamos já a observar
Já se disse que as palavras de Gentil Martins foram mais graves do que o aqui em discussão.
ResponderEliminarPara desgraça de quem tomou as dores por este médico, para infelicidade de quem assim mostra por quem as suas cordas sensíveis vibram, as afirmações de Gentil Martins são ainda mais despropositadas
É grave misturar no mesmo pacote ( médico e social) os 3 conceitos referidos por Gentil Martins.
Já falámos na homossexualidade. Não falaremos aqui do sado-masoquismo. Mas umas breves palavras sobre a auto-mutilação, já que não se pode deixar em claro as baforadas delirantes dos demagogos praticantes
“Cutting”, ou Auto-mutilação é uma perturbação grave que atinge principalmente adolescentes e que envolve um enorme sofrimento. Estes jovens desferem golpes no corpo para atenuar o sofrimento psicológico em que se encontram e requerem tratamento médico e psicológico.
É grave que um médico misture as coisas desta forma. Marca indelével ( para além do seu anterior preconceito rasca), de ignorância surpreendente e de insensibilidade humana e social.
Que haja "coisas" que batam palmas a estas "coisas" é o reflexo da qualidade das "coisas" que estas "coisas" são
O cientista Cuco diz que quem nasce com uma perna mais curta sofre de uma d' «As doenças caracterizadas por deformações estruturais são denominadas usualmente por anomalias.»
ResponderEliminarO coxo é um doente!
Não há pachorra para tanto disparate!
Prolixo Cuco.
"Os treteiros ...treteiro... é aldrabão por inerência do cargo."
ResponderEliminarJosé dixit.
Mais palavras em ricochete a atingirem em cheio de volta o pobre coitado
Com isto tudo só quero elogiar o Dr. Gentil Martins, médico conceituado e comprovado.
ResponderEliminarTudo o resto, incluindo estes mapas que nada dizem, são frutos da estação parva em que vivemos. O que era já não é e o que é vai deixar de ser. Aguardem!
Cuco? Coxo?
ResponderEliminarCuco é uma ave, muito apreciada ao que parece pela família de herr jose.
Coxo :
adjetivo:
1. que coxeia
2. a que falta pé ou perna
3. que tem uma perna mais curta do que a outra
4. (verso) metricamente errado
5. figurado incompleto
nome masculino
1. pessoa que coxeia
2. erupção cutânea produzida por animal peçonhento
Fala-se em anomalia e em doença.
Herr jose confunde as coisas e passa para o "doente". O coxo é um doente
Coitado de herr jose.
O "coxo" , como grosseiramente herr jose o crisma , pode ou não ser ter uma doença, da qual resulte tal manifestação: o coxear.
ResponderEliminar"Coxo" não existe em dicionários médicos.
O que encontramos é isto:
cox(o)-
Elemento de composição que designa coxa ou relação com a coxa.
Quando existe uma deformação estrutural, sobretudo se congénita, que determine o coxear diz-se que tem uma anomalia.
Mas a deformação estrutural corresponde a uma doença ou a um sindroma
O que é coxear em termos médicos?
ResponderEliminar"Deficiência ao andar por defeito do aparelho locomotor".
Um defeito do aparelho locomotor regra geral é motivado por uma doença ( ou sindroma, como já dito).
Este é outro magnífico exemplo da forma como se manipulam as palavras e do seu uso segundo o "senso-comum" usado pelos aldrabões e demagogos.
Vejamos:
Falávamos de doenças e de anomalias.
Este tal jose decide misturar o que se discute. Passa para o"coxo". E de seguida para
o "doente".
"O coxo é um doente", proclama impante (acrescentando o duvidoso ponto de exclamação da ordem)
No léxico médico, coxear é um termo pouco usado. Diz-se preferencialmente "claudicar". Precisamente para evitar a associação com a palavra "coxo".
Coxo é um termo depreciativo. Tal como zarolho ou vesgo ou maneta. Uma linguagem de uso popular mas também em uso pelos capatazes e obviamente por muitos homens de negócios ( que como se sabe têm níveis de instrução bem abaixo dos seus trabalhadores). Boçais homens de negócios pois então.
Mas confundir doença com doente é outra manifestação de ignorância crassa. Claro que se percebe que assim resulta melhor o efeito, já que se vai ao encontro dum certo miserabilismo.
Já se tinha explicitado o que era anomalia no seu uso geral. Tal como se tinha escrito que o termo anomalia tem uma conotação médica precisa. As doenças caracterizadas por deformações estruturais são denominadas usualmente por anomalias.
Este jose, armado daquela esperteza característica do seu meio utiliza um "coxo" .
Ora bem. Não se falava de doentes mas sim de doenças. Precisamente por isso jose muda de condição. Da Doença tenta passar para o Doente. Na linguagem corrente tal "coxo" será alguém com uma anomalia. Mas este "coxo" em medicina não é doença. Pode é estar doente ( como qualquer um que não seja coxo). E se um indivíduo coxeia tal pode ser resultante de variadas causas. Se a deficiência ao andar resultar de um defeito do aparelho locomotor...aí estaremos em presença duma causa médica com um palavrão médico acoplado. Terá nesse caso uma anomalia no sentido médico.
Percebe-se que este tal jose se agarre de forma desesperada ao que é secundário nesta discussão toda.
ResponderEliminarPercebe-se que herr jose fale em "treteiros" e em "aldrabões por inerência de cargos". Percebe-se que fale na "pachorra" e nos "disparates". Percebe-se que tente tudo para apagar o essencial.
E o essencial é isto:
Gentil Martins mentiu como técnico. E mostrou preconceitos inadmissíveis no presente século. Mostrou quais as linhas que se rege e quais as posições (também ideológicas) que perfilha.
É contra este pano de fundo que jose tem se que se agitar. Ele, logo ele, que tinha escrito uma frase que vai ficar na sua estória:
"Aguardemos que a OM defina 'a homossexualidade como uma não anomalia, sem impacto significativo na personalidade do portador'."
Infelizmente para este jose "não é a OM que tem que definir a homossexualidade como uma não anomalia". É o Gentil que tem que provar que aquela é uma anomalia."
E é também por causa destas tremendas idiotices que jose se agita ainda mais. Porque ele próprio se descaiu daquela forma ternurenta típica dos elefantes numa loja de porcelanas. Ao falar na personalidade do "portador"
Da anomalia? Da doença?
Pobre jose. Ele pode dizer estas bacoradas porque é o que é e a sua matriz ideológica, a sua ignorância ou o seu claudicar mental assim o impulsionam. Mas pode ficar descansado que não vai ser alvo neste capítulo de qualquer inquérito.
Já com Gentil Martins não se passará o mesmo,porque as suas responsabilidades são de outra monta.
O que se aconselha GM a fazer é não procurar um advogado de defesa que utilize um coxo como doente. Que procure alguém menos primário e com mais conhecimentos. Que se retrate mais abertamente do que o fez. E que fuja dos canastrões marialvas e machistas que quando em estado de destrambelhamento ficam tão inquietos que por vezes têm "anomalias" momentâneas.
Ou perenes
Utilizemos um texto de divulgação médica pesquisado na net:
ResponderEliminar"Dismetria no comprimento ou discrepância é uma condição em que o comprimento de uma perna é diferente da outra (mais curto ou mais longo) por causa de um ou ambos serem alterados funcionalmente (músculo/postura) ou estruturalmente (osso/cartilagem).
A alteração do comprimento da perna de forma funcional ocorre quando as pernas são as mesmas. No entanto, devido a uma outra condição, tal como a inclinação da pelve ou piriforme e isquiostibiais encurtados, cria a aparência de uma perna mais comprida ou mais curta do que a outra. A desigualdade do comprimento da perna estrutural mostra que existe uma diferença verdadeira.
Causas:
- Neuromuscular
Desequilíbrio muscular causando tração diferente na pelve gerada pelo encurtamento especialmente do piriforme (que leva a uma rotação externa do fêmur encurtando assim da perna) e isquiotibiais. Exemplo: Algumas doenças como pólio e paralisia cerebral.
- Deformidades ósseas :
Genu recurvatum, valgo, varo, Arcos costais e vértebras assimétricos , escoliose
- Trauma e pós operatório
Fratura dos ossos da perna ou lesão da Placa epifisária, pós operatório de algumas próteses como quadril e joelho
- Idiopática/genética
Transtorno dos quadris (tais como Legg-Perthes-Calve 'ou epifisiólise femoral).
- Alterações degenerativas avançadas como artrose ou doenças que levam ao desgaste articular (Exemplo: artrite)"
Eis aqui doenças várias que condicionam o mesmo claudicar da marcha. As doenças caracterizadas por deformações estruturais são denominadas usual e genericamente por anomalias.
Quando existe uma deformação estrutural, que determine o coxear diz-se que tem uma anomalia.Uma anomalia na marcha. Não só porque as causas desta são múltiplas, podendo ser provocada por várias doenças. Mas também para evitar o carácter pejorativo do termo doença.
Finalmente para evitar os focanhudos termos de "coxo" e similares com que alguns se entretêm em baptizar os seus concidadãos.
Uma tristeza pegada a ignorância de herr jose. Nem sequer sabe ler, nem sequer se sabe informar.
E a esta ignorância funda com raízes ideológicas trauliteiras, associa-se a pedantice característica dos marialvas incultos e abrutalhados.
@Ânónimo das 2h53,
ResponderEliminarQue mundo seria este se todos concordássemos nas definições. O grande Orwell sabia como ninguém a importância da semântica e da linguagem.
Procure a definição de populismo, ou de terrorismo, ou de qualquer «ismo», que vai ver que não há duas iguais.
Mais importante é pensarmos pela própria cabeça, sem deixarmos de ouvir o que produzem as cabeças dos outros.
Quanto à nossa discordância política, hoje concordemos em discordar, e cruzemos espadas outro dia.
Concordemos em discordar. Sem acrimónia
ResponderEliminarEntretanto um excelente texto de João Vasconcelos-Costa saído hoje mesmo
http://no-moleskine.blogspot.pt/2017/07/populismo.html#links
Pois... só cá faltava a ilustrada referência ao "grande Orwell", o único "autor de esquerda" a quem a direita mais reacionariamente agressiva ergue altares.
ResponderEliminarCom tanta louvaminha, confesso que até eu, em dias de alguma desatenção analítica, sou tentado a entrar na procissão dos crentes do Santo Orwell. Dura-me tão pouco a piedosa intenção quanto pouco me dura o apagão da Razão, pois imediatamente me vem à memória e pesa na minha inação processionária a pouco católica bufaria do súbdito de Sua Majestade que respondia pelo nome de família "Blair". Comportamentos grandiosos de um não menos grandioso senhor que continua a ser o grandioso ícone de gente que vai em (acéfalas, mas muitíssimo bem orquestradas e ainda melhor financiadas) modas mais que defuntas que teimam em perdurar.