terça-feira, 25 de julho de 2017

Precariedade e socialismo

Augusto Santos Silva no 360 graus, da RTP3, 6ªfeira à noite.
"Sou das pessoas que compreende muito bem a luta que está a ocorrer na PT. Porque se eu fosse trabalhador da PT, estivesse na PT aos 20 ou 30 anos e fosse agora colocado numa empresa subsidiária, mantendo os meus direitos apenas por um ano... eu se calhar também estava a fazer greve e a manifestar-me...

- E estaria a pedir ao Governo legislação para impedir a empresa de fazer esse tipo manobra?

- Não. Como sou socialista, estaria a pedir ao Governo que aplicasse a legislação existente. Que aliás é o que o Governo está a fazer. A ACT está justamente a verificar se as práticas de gestão da mão-de-obra da actual gestão da PT são inconformes com a legislação portuguesa e europeia aplicável".
Sinceramente, não entendo qual a relação entre ser socialista e defender o primado da legislação que estiver em vigor. Aliás, o próprio Santos Silva tão-pouco o deve entender porque o Partido Socialista foi o partido que mais concordou em mudar a legislação laboral desde o 25 de Abril de 1974.

"Um governo que não é capaz de criar condições de vida dignas para cerca de oito milhões de trabalhadores - dois milhões obrigados, por esse facto, a desertar do país - é um governo de traição nacional" (entrevista de Mário Soares ao jornal Diálogo do Emigrante, publicado em 1973 na RFA, "Escritos no Exílio"). "O que interessa ao povo português é a resolução dos seus problemas em concreto (...) vencer o desemprego, arranjar cama e pão".

Quatro anos depois, Mário Soares afirma algo diferente: "Quem não gosta de viver melhor, de ver os seus problemas imediatamente resolvidos, de ver o seu nível de vida subir? Simplesmente resta saber se nas actuais condições da vida portuguesa isso pode ser feito! Ora não pode!" (Expresso, 10/3/1979).

Em 1976, a 28/10/1976, seguindo as orientações do Fundo Monetário Internacional, o governo socialista aprova legislação legalizando o contrato a prazo, "desde que seja certo", e até mesmo inferiores a seis meses, "quando se verifique a natureza transitória do trabalho a prestar" (DL 78/77).

Mais: "A caducidade do contrato (...) não confere direito a qualquer indemnização". No mesmo ano é aprovado lei que permite o não cumprimentos dos contratos colectivos em caso de empresa "em situação de crise económica" (DL 846/76), permitindo-se uma redução de salários dos que trabalhadores que ficarem. Em 1976, o DL 841-C/76 alarga os critérios de justa causa de despedimento e, em 1977, nova lei (Lei 48/77). A austeridade à la FMI é defendida como um "interesse nacional”. A desvalorização salarial foi a terapia usada, via importação de inflação.

Em Março de 1983 - em plena segunda intervenção do FMI, após os desmandos do governo de Sá Carneiro com Cavaco Silva nas Finanças (ler livro de José Silva Lopes "A economia portuguesa desde 1960"), o Governo Soares aceitou, introduzir na legislação laboral de "disposições que, sem pôr em causa os padrões democráticos europeus no campo dos direitos laborais e sindicais, assegurem condições de operacionalidade ao funcionamento das empresas e permitam o relançamento da sua actividade" (carta enviada por Mário Soares aos II Encontro dos Industriais Portugueses). Mais tarde, em campanha eleitoral, Mário Soares nega que o seu governo "venha a tomar determinadas iniciativas económicas que os partidos de direita não tiveram a coragem de tomar", nomeadamente na legislação laboral. Em entrevista à Antena 1 sobre a lei dos despedimentos: "Temos que discutir essa e outras leis, em conjunto com os sindicatos e os empresários e julgamos que há possibilidade de encontrar sínteses que sejam mutuamente vantajosas para todos" (Acção Socialista, 10/3/1983).

Seis meses mais tarde, o governo lança diversas iniciativas como um projecto de decreto-lei sobre a suspensão e redução do contrato de trabalho e outro sobre a redução e moralização do trabalho extraordinário.

Em Março de 1984, durante um jantar em honra do chanceler alemão Helmut Kohl, Mário Soares afirma que Portugal está "a caminho de tornar mais flexível a legislação laboral com vista a uma maior competitividade das empresas" (citado do Diário de Lisboa, 29/3/1984).

Em Maio de 1984, Mário Soares afirma na RTP: "O Governo deseja discutir (...) a questão sensível da flexibilização das leis laborais" (Citado no Diário de Notícias, 1/6/1984). Dias mais tarde, no debate da moção de confiança ao IX governo (de bloco central), Mário Soares afirma que "o problema da flexibilização das leis laborais" não é uma "bandeira ideológica". "Existindo agora o Conselho de Concertação Social, será aí que uma dicussão serena deverá ter lugar, tendo em conta os interesses e as susceptibilidades de trabalhadores e empresários". "Creio que é necessário um governo que tenha a confiança da maioria dos trabalhadores (...) É preciso poder falar aos trabalhadores e fazer-lhes aceitar certos sacrifícios" (Washington Post, citado pelo Diário de Lisboa, 25/2/1983. Algo que anos mais tarde, em 2008, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa viria a concordar, desde vez sobre o papel dos socialistas na revisão da legislação laboral: "Vieira da Silva fez melhor do que um governo de direita".

Este espírito tem impregnado a actuação do Partido Socialista na área laboral. Foi pela sua mão que se sucessivas "disposições" têm contribuído para uma progressiva diminuição do poder dos trabalhadores na relação laboral. Veja-se o caso do Trabalho Temporário. E recorro a apontamentos que fiz enquanto jornalista do jornal Público.

Quando o PS chegou ao Governo em 1995, após 11 anos de Governo PSD, estava em causa o progressivo uso pervertido da figura dos contratos a prazo e do trabalho temporário. A deputada Elisa Ferreira defendeu, em 1996, a proposta de lei socialista, frisando que era objectivo “evitar o recurso abusivo a estas formas ilegais e precárias de contratação, sancionando as empresas utilizadoras ao tornar nulo o contrato de trabalho temporário, vulgo, aluguer de mão-de-obra, convalidando-o em contrato de trabalho sem termo para a empresa utilizadora”.

Três anos volvidos, o Governo PS reconhecia que o trabalho temporário era “um sector importante para uma correcta flexibilização do mercado de trabalho, desde que adequadamente utilizado”.

A lei então aprovada passou a estabelecer, nas palavras do então secretário de Estado da Segurança Social e Relações Laborais, Fernando Ribeiro Mendes, “um alargamento cauteloso, prudente e vigiado dos casos em que os utilizadores podem recorrer a trabalho temporário”.

Foi autorizado “em situações de acréscimo temporário ou excepcional de actividade” e o “período autorizado de trabalho temporário passa a ser de 12 meses, prorrogável até 24 meses, sendo, no entanto, esta prorrogação sujeita a autorização prévia da Inspecção- Geral do Trabalho (IGT)”. Esta precaução caiu com a lei 19/2007.

A oposição à esquerda acusou o Governo de estar as abrir as portas à desregulamentação contratual. Já a oposição à direita sustentou que o projecto do PS seguia a linha dos apresentados antes pelo PSD e pelo PP e recusados então pelo PS. Mas que, ainda assim, era demasiado restritivo.

Entre outros aspectos, a lei criou a figura do “contrato de trabalho por tempo indeterminado para cedência temporária”. Alargou-se o âmbito do trabalho temporário. Surgiu a figura do provedor do trabalho temporário, ocupado pelo ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e então porta-voz do PS, Vitalino Canas...

Vitalino Canas admitiu depois que, face ao “círculo vicioso em que se arrastam os contratos curtos e interpolados”, havia aí “um equilíbrio a estabelecer porque a própria lei não pretende que os trabalhadores se eternizem como trabalhadores temporários”. Mas como se garantia isso? “Caso a caso. Garante-se com os tribunais, com a Inspecção-Geral do Trabalho, garante-se, espero eu, também com a mediação do provedor”.
Que análise faz da situação dos trabalhadores temporários, ao nível dos seus direitos?

Este sector é enquadrado por uma legislação bastante recente, do primeiro semestre de 2007, pelo que os direitos dos trabalhadores estão basicamente bem garantidos. E quando há problemas a esse nível, não é por não estar previsto na lei, mas pela sua aplicação não ser respeitada pelas empresas, ou pelo facto de os trabalhadores não estarem cientes dos seus direitos. (DN, 13/3/2008)
Na verdade, as medidas que foram sendo sucessivamente adoptadas permitiram, sim, uma desresponsabilização por parte das autoridades no controlo das más práticas. E as dificuldades reflectiram-se no entendimentos que os próprios tribunais laborais foram tendo. Vitalino ainda é provedor das empresas de trabalho temporário e deputado do Partido Socialista.

O Partido Socialista, se não concordou com as alterações à legislação de 2003, com a criação do Código do Trabalho pelo governo de Durão Barroso, acabou por ampliar fortemente as suas repercussões com as alterações de 2008, nomeadamente da contratação colectiva. Lá estava a norma que agora se aplica aos trabalhadores da PT. Foi o Partido Socialista que viabilizou em 2010/11, até em acordo de concertação social, um conjunto profundo de medidas de austeridade que permitiram à direita tomar como “base de trabalho” que redundariam no pacote laboral de 2012, que ainda está em vigor porque o Partido Socialista se recusa a mexer nele, argumentando que a estabilidade legal deve ser um valor a preservar... tudo adiando para 2018!

Depois disto, queira pois o ministro Santos Silva querer colar à palavra Socialista aqueles valores de imutabilidade, tranquilidade e estabilidade. Mas na verdade, o Partido Socialista tem tido um estranho papel histórico na vida dos trabalhadores. É pena, mas é reversível, assim queira o Partido Socialista.

13 comentários:

  1. Os grandes partidos são escadas sociais, à mão dos subidores mais resolutos. O PS tem pinta de Esquerda, mas não é carne nem peixe; o PSD, do «Social Democrata» só ficou o caniço. Agora é um modernaço conservador-libera-populista.

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  2. Volto a usar uma frase que hoje escrevi no texto do João Rodrigues sobre a predação na PT.

    "Aqui está mais um exemplo do neoliberalismo praticado por PSD-PS-CDS durante décadas!"



    E agradeço ao João Ramos de Almeida pela vital denúncia da abjecta hipocrisia do PS!

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  3. Alias, é bom que as pessoas se consciencializem que Portugal está no actual pântano, não só, mas também com a ajuda do PS!

    Nós (humanidade) estamos a atravessar uma profunda crise do Capitalismo mas não é a mesma coisa viver a crise na Dinamarca e viver a crise em Portugal. Na Dinamarca as condições de vida são outras e não houve nenhum êxodo de "piegas" habituados à "zona de conforto"...

    O PS se tivesse sido o partido do povo e dos trabalhadores, como afirma ser, tinha governado doutra forma e não nos teria imposto o cavalo de Troia que é o Euro!

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  4. Suponhamos que o Estado português não está falido.
    Suponhamos que o regime político não é o de Estado de Direito.
    Suponhamos que não temos compromissos internacionais, máxime CEE.

    A partir daqui indignemo-nos com a gestão de empresas capitalistas, nacionalizemos o que nos apeteça, façamos umas revoluções e gozemos à grande!

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  5. Continuamente,vemos novidades,diferentes em tudo da esperança...
    Ah,grande Zé Mário...

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  6. Caro José,
    Suponhamos, sim, que haveria várias formas de combater uma dada situação criada, e que não escolhíamos os caminhos traçados pelo FMI... que, como se vê, acabam anos mais tarde por ser revistas por ineficácia e reformatadas para ir dar ao mesmo.

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  7. Caro João,
    Suponhamos que vamos pedir milhares de milhões de euros para manter o país a trabalhar decorridos dois meses.

    Vamos negociar o quê?
    Aquilo em que o potencial credor não acredita?

    Anos mais tarde o mundo mudou? Sempre acontece.

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  8. Um excelente trabalho de João Ramos de Almeida que nos permite revisitar algumas das estórias à volta destes dossiers. Começando mesmo antes de 1974, com os "Escritos no Exílio" de Mário Soares.

    Algumas conclusões são óbvias. E o autor ( bem como alguns dos comentadores) mão se eximem a tirá-las

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  9. Manda a decência separar o que é fundamental ( que é o texto de JRA) do que é acessório. E o acessório mais não é do que propaganda do sujeito das 23 e 50 à propaganda neoliberal levada atá à náusea pelo governo de Passos/Portas.

    Pelo que é, não vale a pena falar na hipocrisia máxima de quem fala em estado de direito quando passou anos a fio a vomitar ( infelizmente é esse o termo) contra a Constituição da República Portuguesa.

    Também não vale a pena falar na "falência do estado português", quando sabemos nós que os "terratenentes" elogiados pelo mesmo sujeito, são responsáveis directos e ajuramentados pela presente situação. Quem fala na falência é o mesmo que não tem pruridos em defender o não pagamento de impostos de Borges ou a ida para banqueiro de Barroso, já conluiado com o seu actual patrão, ainda tendo o cargo que tinha. Ou os proventos privados de Mexia (superiores a um milhão de euros por ano) só porque ( e não riam ) a empresa lidava com muitos milhões. Hoje temos um panorama mais completo quando vemos Mexia ser constituído arguido pelso seus negócios mais do que privados.

    Percebemos assim que quem paga a factura são os trabalhadores e as pequenas empresas.Quem se aboleta com os proventos é quem se apropria do trabalho alheio

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  10. Mas há uma coisa que JRA cita,numa resposta ao sujeito das 23 e 50, que é importante escalpelizar. Quando o dito sujeito fala nos compromissos internacionais ( curiosamente cozinhados pelos mesmos que se têm aboletado com o produto do trabalho dos trabalhadores), JRA relembra que podíamos ter escolhido outros caminhos que não os traçados pelo FMI.

    Ora acontece que o próprio FMI reconhece que queria ir mais longe no ataque à Segurança Social mas que:
    «Protestos massivos» foram obstáculo às intenções da troika

    "O Gabinete de Avaliação Independente do FMI assumiu que a troika sempre quis cortar nos apoios sociais e que o Fundo já o recomendava antes de 2011. Só não se foi mais longe pelos protestos e pela Constituição".

    Este é um dado fundamental nas peças do jogo. Demonstra que a Resistência e a Luta são elementos fundamentais nesta luta de classes com que quotidianamente nos defrontamos. E que sem aquelas, a nossa situação seria incomensuravelmente pior.

    Não é por nada que o sujeito das 23 e 50 ainda ontem e de forma totalmente descontrolada se arrogava ao despautério de se dirigir aqui no LdB nestes termos:

    "Esperneiem quanto vos aprouver, que o exercício só traz benefícios".

    Quereria dar as "coisas" como factos consumados. Por saber que as "coisas" não se passam exactamente assim é que se manifesta desta forma descontrolada.

    Porque no fundo reconhece que a Luta ( esta palavra põe-no à beira dum ataque de nervos) é um obstáculo às troikas criminosas. E reage desta forma incontinente

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  11. Porque é importante saber algo mais do conteúdo do texto deste Gabinete de Avaliação Independente do FMI:

    "O Fundo Monetário Internacional (FMI) desejava, pelo menos desde 2006, que os governos portugueses cortassem em todas as áreas de apoio social, particularmente nas pensões e na Saúde. O programa da troika abriu caminho a muitos desses desejos, mas os «protestos massivos» e a Constituição da República Portuguesa travaram algumas das propostas negociadas com o governo do PSD e do CDS-PP, conclui o Gabinete de Avaliação Independente do FMI.

    As considerações constam de um relatório, divulgado ontem, intitulado «O FMI e a protecção social». Apesar de atribuir a responsabilidade pela subida do desemprego e da pobreza no País à execução das medidas pelo anterior governo – ou as reduzir a um problema de percepção pública ou de falha na política de comunicação –, o organismo acaba por reconhecer que os funcionários do FMI sempre quiseram (e continuam a querer) destruir o que consideram «o sistema de protecção no desemprego mais generoso da Europa».

    O Gabinete de Avaliação Independente enumera as várias medidas negociadas entre a troika e o PSD e o CDS-PP que acabaram por cair por força dos protestos «massivos» nas ruas e em virtude das declarações de inconstitucionalidade pelo Tribunal Constitucional. Foram os casos da descida da Taxa Social Única (TSU) para os patrões, compensada com a subida para os trabalhadores; alguns dos cortes nos salários da Administração Pública, nas pensões e nos subsídios por doença e desemprego; os cortes nos subsídios de férias e de Natal.

    Apesar da derrota das políticas defendidas pelo FMI nas eleições legislativas de 2015 (em que a coligação PSD/CDS-PP propunha um corte de 600 milhões de euros nas pensões em pagamento), o Fundo continua a insistir na mesma receita. De acordo com o relatório, das conclusões da missão de vigilância anual do FMI a Portugal, em 2016, consta a recomendação de uma «reforma profunda do sistema de pensões», que reduza o «impacto fiscal» da despesa decorrente do aumento da esperança média de vida.

    Um ano antes, em 2015, foi a legislação laboral o alvo do FMI na sua avaliação anual. Os economistas atacaram o aumento do salário mínimo, alertando para as consequências na taxa de desemprego. Dois anos depois, o valor está abaixo dos 10%, pela primeira vez em oito anos – depois de ter ultrapassado os 17% em 2013, no auge da aplicação da receita do FMI. Por outro lado, os técnicos recomendavam uma «participação mais alargada» no «diálogo social», de forma a criar condições que «facilitem uma maior flexibilidade laboral». A intenção do Fundo parece ser a introdução de outras organizações em espaços como a Concertação Social ou a negociação colectiva, que sejam mais «flexíveis» na hora de aceitar a retirada de direitos".
    (Abrilabril)

    Isto é apenas um dos vectores em que os senhores de negro vestidos agem, para permitir que os senhores do país continuem a "gozar à grande".

    Por isso é fundamental ter esta percepção reconhecida pelos próprios:
    "«Protestos massivos» foram obstáculo às intenções da troika".

    Por isso é essencial continuar a denunciar esta gente que se enraivece perante a contestação às suas políticas de vampiragem, que se baba com as privatizações criminosas, que defende a governação do país pelas empresas capitalistas e que pretende manter o status quo, podre e bárbaro, para que possam continuar a gozar à grande

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  12. O "potencial credor"

    Talvez seja essa a justificação para, de patrioteiro colonialista de outros tempos, herr jose tenha passado para a globalização universal do reino dos "credores"

    Em alemão ou noutra língua em que se sirvam dos bordéis tributários

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  13. Sempre acontece?

    O "Esperneiem quanto vos aprouver, que o exercício só traz benefícios"?

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