quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A gradual recomposição do mercado de trabalho

As mais recentes estatísticas do mercado de trabalho, relativas ao passado mês de setembro, evidenciam a consolidação de uma tendência verificada desde o início do ano para a recuperação do emprego (mais 86 mil postos de trabalho que em setembro de 2015), a diminuição do desemprego (menos 70 mil desempregados em termos homólogos) e o aumento da população ativa (mais 0,3% face a setembro do ano passado).

Estes dados deverão ser suficientes para reduzir a pó a ideia, tão insistentemente propalada pela direita, de que a solução governativa das esquerdas representava uma ameaça nefasta para o mercado de trabalho, ao comportar medidas como o aumento do salário mínimo que, segundo Passos, constituiria uma «barreira à criação de emprego» e conduziria a um «aumento do desemprego». Ora, não só isso não se verificou, como a recuperação do mercado de trabalho tem ocorrido com uma diminuição gradual das formas ocultas de desemprego, que serviram à direita para mascarar o seu aumento nos anos de «ajustamento».


Com efeito, a par da criação de emprego e da redução do desemprego, tem vindo também a diminuir, de forma gradual, o número de desempregados ocupados (que contam estatisticamente como emprego), o número de inativos desencorajados (que não são contabilizados no desemprego) e o fenómeno do subemprego (que pode ser encarado como uma expressão oculta de desemprego). Se somarmos este conjunto de situações ao número de desempregados do INE, constatamos que não é só o «desemprego oficial» que tem vindo a cair, mas também - e de modo um pouco mais acentuado - o «desemprego real». O que significa que as estatísticas do mercado de trabalho estão novamente, e ainda que de modo gradual, a aproximar-se da realidade e a ser capazes de melhor a traduzir.

4 comentários:

  1. O sucesso económico da geringonça é uma evidência.
    A medidas inovadoras do governo têm resultados evidentes.
    Os ajustamentos ao plano inicial contêm as mais criativas medidas e os resultados são o espanto das nações.

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  2. O sucesso económico do actual governo não é nenhuma evidência

    Mas quando comparado com a governança criminosa de Passos/Portas e companhia é um sítio melhor frequentado.Decente.

    Como qualquer observador imparcial pode confirmar.

    Pelo que não interessa muito o paleio dum saudosista ressabiado ultramontano e em serviço cívico

    Interessa sim ver o silêncio com que este mesmo sujeito se empanturra,perante o tema do post e os seus dados concretos.

    Deve haver uma escola para tal tipo de coisas

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  3. Análise do gráfico: Uma tendência que vem de ....

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  4. Analise do tráfico e doutras coisas mais...

    É ler este post sem ser preguiçoso e sem tentar fazer demagogia barata...
    e seguir directamente para o outro do mesmo autor e mais recente em que se colocam os pontos nos is para pessoas com problemas de compreensão.

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