quarta-feira, 13 de julho de 2016

Por que andamos a ser ameaçados com sanções

É o que procuro explicar neste vídeo em menos de cinco minutos (numa parceria com o Nuno Fonseca).



“Portugal está sob a ameaça de sanções por parte das lideranças europeias. O motivo apresentado foi o incumprimento das metas orçamentais no período de 2013 a 2015. Na verdade, estas ameaças são acima de tudo uma forma de chantagem, cujo objectivo não podemos ignorar: trata-se de fazer regressar a Portugal a estratégia da austeridade.

Depois de cinco anos de degradação social, as lideranças europeias entendem que Portugal precisa de prosseguir com a redução dos direitos sociais e laborais, ameaçando com a possibilidade de sanções financeiras caso isso não se verifique.

Qual o sentido disto tudo?

Os que defendem a aplicação de sanções dizem que para o euro funcionar têm de existir regras, e que essas regras têm de ser cumpridas.

Mas há duas perguntas que temos de fazer:

• quais são os impactos da aplicação dessas regras?
• e quem beneficia com elas?

Segundo as regras em vigor, quando um país é atingido por um choque económico significativo, sejam quais forem as razões desse choque, não lhe resta outra alternativa senão agravar a recessão, aumentando o desemprego, a emigração e a destruição das capacidades produtivas – como sabemos por experiência própria.

As regras em vigor também obrigam as economias a ser mais flexíveis, ou seja, a facilitar os despedimentos e a reduzir os direitos sociais. Dizem os defensores desta lógica que o euro só é viável se as economias forem flexíveis. Dizem também que se essa flexibilidade existir, todos os países beneficiarão com a integração económica e monetária.

Esta lógica, porém, ignora um facto básico: os países da União Europeia têm estruturas produtivas profundamente distintas e níveis de desenvolvimento muito desiguais. Não é por se tornarem ainda mais flexíveis, ou por adoptarem políticas orçamentais rigorosas, que as economias mais frágeis vão conseguir lidar com aquelas diferenças, sem terem de sujeitar as suas populações a um sofrimento prolongado.

Dou um exemplo: a percentagem de pessoas que trabalha em sectores de actividade intensivos em conhecimento é de cerca de 1/3 na Alemanha e na Holanda, mas de apenas 1/5 em Portugal ou na Grécia.

Outro exemplo: enquanto a Holanda e a Alemanha são sede de várias empresas-líder nos mercados globais, este tipo de empresas não existe em países como a Grécia e Portugal, onde predominam as empresas de muito pequena dimensão.

Estas diferenças implicam que as políticas económicas da União Europeia que interessam a uns países não interessam necessariamente aos outros. E as políticas que têm vindo a ser seguidas raramente são as que mais interessam a países como Portugal.

Pensemos em algumas opções decisivas que foram tomadas pela União Europeia desde a viragem do século:

• o alargamento a Leste
• os acordos de comércio e investimento com as economias emergentes da Ásia
• ou a política de Euro forte

Estas opções foram muito favoráveis para países com estruturas económicas mais robustas. Porém, tiveram efeitos devastadores em países como Portugal.

O mesmo se verifica com as principais medidas que foram tomadas nos tempos mais recentes – o Tratado Orçamental, a União Bancária, a imposição das chamadas “reformas estruturais”. Todas elas têm tornado a União Europeia anda mais desigual.

Na verdade, para muitos interesses económicos a divergência entre países da União Europeia não constitui um problema, pelo contrário. É do interesse das empresas multinacionais dos países mais ricos da União Europeia manter os salários baixos nos países da periferia: isso permite-lhes produzir a custos baixos dentro do continente europeu; além disso, como bem sabemos, leva muitos trabalhadores qualificados a fugir das periferias (onde não encontram emprego) para as economias centrais, que beneficiam assim de mão-de-obra qualificada que não tiveram de formar.

Também para os grupos financeiros dos países mais ricos da União Europeia interessa manter as periferias num estado permanente de crise. Como se sabe, quando há incerteza os investidores internacionais fogem das economias mais frágeis em direcção às mais fortes. Isto é hoje bem visível, com o valor dos bancos do sul da Europa a cair a pique, enquanto os países mais ricos atraem cada vez mais capitais, conseguindo até financiar-se a taxas de juro negativas.

Aqueles que defendem as regras em vigor afirmam que elas permitirão à União Monetária funcionar sem grandes sobressaltos no futuro. Mas o que temos de perceber é que a ausência de sobressaltos na zona euro não garante a melhoria do bem-estar para todas as populações europeias.

Pelo contrário: a imposição das regras em vigor na União Europeia tem como resultado a redução da coesão económica e social – exactamente o contrário do que nos disseram que a União Europeia pretendia ser.

E é precisamente em nome dos valores da solidariedade e da coesão na Europa, que devemos rejeitar a ameaça de sanções a Portugal, bem como as regras em que elas se baseiam.”

31 comentários:

  1. Os factos desmentem as crenças: nos países que seguem um arremedo de direitos dos trabalhadores, vive-se muito pior, com menos segurança e comer que na UE, o tal terrível sitio onde os "direitos" dos hipotéticos trabalhadores são espezinhados todos os dias. Aqui até quem não tem crenças líricas como as defendidas aqui pelo autor, defende com unhas e dentes o seu direito á liberdade de ser lírico. Esperemos que a sua voz se levante bem alto para defender os muitos que nos tais países de amplas liberdades, não podem defender os seus pontos de vista contrários ao "sucialismo".
    Força na educação das massas "ignorantes e não crentes".

    ResponderEliminar
  2. Caríssimo cientista,
    Se está determinado a seguir o culto da treta politiqueira duvido que tenha talento bastante para ter sucesso.
    «quando um país é atingido por um choque económico significativo, sejam quais forem as razões desse choque...»
    Onde ouviu falar em 'sejam quais forem as razões'?
    Um político mente mas evita ser afirmativo em excesso, sobretudo evita associar terceiros de quem pode vir a depender a uma tal estupidez que não dá qualquer saída decente.
    Em conclusão receio que parta da ciência para a mais pura charlatanice.

    Os factos que na acção da CEE prejudicaram o nosso desenvolvimento, foram consentidos pelo nosso governo e todos envolveram compensações.
    Nada do que aconteceu nesse processo foi de molde a fazer-nos regredir, quando muito a progredir com mais dificuldade e a requerer mais transformação.número de charlatões e a sua Agenda dos Coitadinhos!
    Fomos e somos mal governados pelo

    ResponderEliminar
  3. Mesmo que Portugal não estivesse no Euro e na UE, tal não impossibilitaria os seguintes acontecimentos:
    a)o alargamento a Leste;
    b)os acordos de comércio e investimento com as economias emergentes da Ásia;
    c)o terceiro choque petrolífero (de uma média de menos de 20 USD barril nos anos noventa para mais de 100USD até recentemente);
    d) a liberdade de circulação internacional de capitais;
    e) o excesso de liquidez no mercado global de capitais desde o final dos anos 90, e a seca repentina de liquidez com o despoletar da crise em 2007.

    Por isso, coloca-se a seguinte questão: será que se tivéssemos mantido a soberania monetária (não aderindo ao euro) a nossa situação económica e financeira actual seria CERTAMENTE muito melhor? Não seriam precisas nenhumas (ou poucas) medidas de austeridade?

    ResponderEliminar
  4. Veja-se a tristeza argumentativa de quem tem ao seu lado o ódio pelo conhecimento e pela ciência.

    "cientista e falta de talento".A que se associa a "pura charlatanice"

    Assim se começa e se desenvolve uma contra-argumentação que denuncia quem a faz. O retrato é feio.

    ResponderEliminar
  5. Tenho a impressão que esta coisa da divida soberana caiu do céu por não ter asas…
    A delapidação do erário público tem “barbas“ e ate´ agora não se encontrou um culpado. Vai morrer solteira já se vê…
    Em tempos que já la vão culpava-se o fascismo e com razão, hoje condena-se o neoliberalismo, com razão ou não. Ao certo nenhum governo ou governante (Todos eles amantes da dita CEE) passou pelos tribunais por isso, sendo que a divida ai esta toda altaneira e cada vez mais inchada.
    A ma´ gestão desses governos e governantes amantes da CEE não tem nada de “lirismo” nem ”sucialismo”. Tem mais a ver com genuflexões perante o altar do “Bezerro de Ouro”. Faz bem o R. P. Mamede em alertar com informação certa e escorreita. De Adelino Silva


    ResponderEliminar
  6. Posto este reparo inicial sobre a criação do sujeito das 18 e 40, testemunho lamentável da educação dos filhos-família de uma classe empresarial medíocre,néscia e enfeudada ao anterior regime, o que sobra?

    Nada. Um zero. Uma nulidade.

    Repare-se. Ao texto bem estruturado e bem elaborado de Ricardo Paes Mamede, assente em dados e em factos, escrito educadamente, desmontando um a um os argumentos dos Cavacos alemães e dos alemães-Cavaco, temos como contra-argumentação (e por favor não se riam) esta coisa estranha e ridícula: "sejam quais forem as razões desse choque..."

    Impotência. Impotência argumentativa pura e falta do sentido do ridículo. E ainda por cima de forma assaz pesporrenta como o faz, porque parte de tal frase para o insulto gratuito e demencial...

    ResponderEliminar
  7. O penúltimo parágrafo do sujeito das 18 e 40 é testemunho de mais uma outra coisa: a tentativa torpe de tornar coniventes todos os demais, pelas patifarias confessadas pela governança neoliberal.
    Como se as "compensações" enfiadas directamente no bucho de quem mais tinha (e tem), servissem de pretexto ao que quer que seja, e justificassem o saque de uns tantos e a penúria dos demais.

    Um conceito de classe aqui involuntariamente expresso.Quer o sujeito das 18 e 40 dizer que recebeu, ele e os da sua classe "compensações". E que ele e os da sua classe "progrediram". Tanto que tiveram que colocar o remanescente em offshores, como forma de fugir à tributação devida.

    "Consentidos pelo governo". Como se isto desculpabilizasse quer os crimes quer os criminosos

    ResponderEliminar
  8. "Nos países que vivem um arremedo de direitos dos trabalhadores".

    Que tristeza sr Cristóvao , que tristeza.
    Ora vejamos como foi conseguido o direito a férias, a férias pagas, ao fim-de-semana de descanso, à segurança social , às regalias sociais?
    A ferro e fogo.pela acção sindical e pela força dos trabalhadores. Pelo medo a leste que já legislara sobre tal matéria.

    Agora o Sr Cristóvão surge com arremedos deste tipo. Nem repara que o que se discute é esta UE disfuncional e completamente desigual. E foge. Foge para os braços da sua visão estreita, ideológica e de burguês confortado nas suas certezas de burguês em processo de catequizador ideológico
    Defende desta forma assaz caricata aquilo que já poucos defendem desta forma tão primária. Talvez Cavaco e Durão?

    Sente todavia o fim de um ciclo. O cheiro a decomposição de um cadáver.
    E avança para missas ridículas e tolas a demonstrar a pobreza conceptual e ideológica que suporta esta mediocridade neoliberal.

    Passa também aqui outra coisa. Mas como é feia, não se traduz em linguagem escrita

    ResponderEliminar
  9. "Os factos desmentem as crenças: nos países que seguem um arremedo de direitos dos trabalhadores, vive-se muito pior," Antonio Cristovao



    Estão a ver isto, estão a ver a mentalidade dos fasci.. PAFistas defensores de Passos Coelho, Relvas, Portas, Albuquerque, Barroso e outra vil escumalha?

    Estão ver como eles se socorrem de todas as mentiras?

    Para eles direitos dos trabalhadores são para serem abolidos! O Patrão tem sempre razão, sempre! Tal como era no tempo do fascista Salazar.

    Para eles onde exista direitos dos trabalhadores é um lugar condenado ao fracasso e miséria, embora haja vários exemplos do contrário!

    Vamos ver o exemplo dos EUA, hoje certamente um antro neoliberal mas antes, no tempo do New Deal, os trabalhados gozavam de direitos que hoje só em sonhos, mas o Cristóvão aldrabão quer-nos fazer acreditar que direitos dos trabalhadores = Coreia do Norte.

    Miserável Cristóvão, tu bem tentas mas as tuas mentiras só são para consumo dos fasc.. PAFistas como tu e o Jose. Vocês já se resumem a trollice.

    ResponderEliminar
  10. Para o reles mentiroso Antonio Cristovao

    http://www.history.com/topics/new-deal

    Pode ser que ele aprenda alguma coisa mas creio que o problema dos fasc.. PAFistas como ele é mesmo a incurável desonestidade...

    ResponderEliminar
  11. Eu acho que existem dois pontos na sua argumentação que não fazem muito sentido. Em primeiro lugar, a manutenção de 'estados de exceção' nos países periféricos (que pode chegar à substituição de governos como aconteceu com o governo de Monti), pode levar a respostas por parte dos eleitorados desses países que destroem o próprio arranjo institucional. Em caso da saída de uma economia como a italiana do Euro (algo que sobre o qual o M5E já prometeu um referendo), as consequências para o setor bancário dos países mais ricos podem simplesmente anular as vantagens do processo de dominação de que fala. Em segundo lugar, como vimos com o Brexit, a importação de mão-de-obra pelos países mais ricos pode igualmente levar a uma rejeição da União nesses mesmos países. A insistência na austeridade é auto-destrutiva, mesmo para aqueles que beneficiam dela no curto prazo. Será que temos que concluir que o problema é mais do domínio do zelo ideológico e da receio da perda de face pelos políticos dos países ricos perante os seus eleitorados (e logo algo do domínio da irracionalidade)? Mas, se assim for, então teríamos que concordar que aqueles que defendem realmente os valores da solidariedade estão de facto a agir no interesse geral, incluindo daqueles que tiram vantagens da situação presente, e logo mais urgente se torna fazer aquilo que sugere...

    ResponderEliminar
  12. Este Cristóvão, se não fosse analfabeto funcional, até poderia ser cómico no que diz.
    O autor do post fala de alhos, ele responde com bugalhos.
    E o mais triste é que nem tem consciência da sua ignorância e da falta de compreensão mínima dos assuntos.
    É a arrogância e o auto-convencimento dos ignorantes.
    Limita-se, por isso, a botar banalidades da boca para fora.


    Quanto ao troll do José, continua firme e hirto no seu posto de controleiro do LdB a mando do Passos e do Portas.
    Percebe-se o que o obrigam a dizer.
    Nem um qualquer PIDE no Estado Novo faria melhor.
    Força camarada, que não desfaleças por, às tantas, achares que estás a fazer figuras tristes há demasiado tempo.

    Entretanto, e agora o conselho é para os dois: para o ignorante Cristóvão e para o troll José - soletrem um clássico qualquer de história geral - ou de história económica - sobre os dois comportamentos na sequência da crise de 1929: o dos países que seguiram a cartilha austeritária e o dos que seguiram a política expansionista.
    E vejam os resultados.
    Duvido é que percebam algo do que soletram, mas isso já é outra coisa.

    ResponderEliminar
  13. Unabomber infelizmente desconversa.
    Não é que não tenha direito a fazer-se de não entendido É que ao fazê-lo esquece-se de abordar o que é denunciado. A questão das sanções e o motivo pelo qual se assiste a este processo de chantagem,a duplicidade da UE e a submissão às ditas regras em vigor

    Pelo que a sistematização feita sobre o alargamento a Leste e os acordos de comércio e o terceiro choque e a liberdade de circulaçao são apenas uma coisa-tretas- no que à discussão vertente diz respeito

    Assim a questão colocada pelo unabomber é uma questão que pode ser debatida mas não aqui, neste post. Pode-se dizer desde já que se assiste a uma tentativa de compensar o criminoso da forma como o faz e daquele jeito das inevitabilidades que pensávamos já ultrapassadas, desde que o reino de Cavaco/Passos/Portas caiu por terra. Mas francamente vir com um tema que só por si merece outro fôlego e que por acaso já foi aqui debatido, não é
    minimamente sério. Parece uma laterização da bola e uma desculpabilização dos chantagistas

    ResponderEliminar
  14. Para o anónimo das 02:40

    Obviamente que eu não desconversei, apenas coloquei uma questão que pelos vistos não merece resposta para o anónimo das 02:40

    ResponderEliminar
  15. As sanções a Portugal são uma chantagem contra actual maioria parlamentar existente. A potencia dominante na Europa e as suas Guardas Pretorianas são os seus autores.

    ResponderEliminar
  16. Para o Unabomber:
    Mas porquê merecer resposta se aqui este post não é o local apropriado para tal resposta?
    Tanto mais que, se ninguém agora se deu ao trabalho de o fazer, esta tem sido dada por aí e também por aqui, no LdB. De forma directa ou indirecta

    Basta sair um pouco da zona de conforto.
    Basta também de se tentar beneficiar o infractor

    ResponderEliminar
  17. e que dizeis disto, Paes Mamede? Faz sentido?

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/commerzbank_portugal_a_beira_da_crise.html

    ResponderEliminar
  18. Como vinha hoje escrito no WSJ,os tecnocratas europeus têm é "défice de bom senso".

    ResponderEliminar
  19. Cuco, porque não te calas quando não percebes o que se diz ou não tens mantras que te assistam, em vez de exibires o teu despudorado falsear do que é dito?

    ResponderEliminar
  20. O Manelzinho todo se baba quando fala em políticas expansionistas!

    Sabes por acaso, ignorante, que o expansionismo dos USA comportava a limitação dos juros pagos por depósitos a prazo, que a expansão do crédito ao consumo pela banca só começa pelos anos 60 e que a precaridade dos empregos acompanhou todo o processo?
    Da expansão liberal só recolhes as máquinas a produzir notas e um Estado dador a escorrer notas para os babados.
    Nem sabes do que estás a falar!

    ResponderEliminar
  21. É um sintoma de menoriade moral e politica, argumentar contra as regras e solidariedade, quando é para cumprir, e nas linhas seguintes exigir solidariedade para que lhes mandem dinheiro "solidário" para continjuarem a gastar mais do que produzem.
    Alias todos nós conhecemos a dignidade de argumentar que regimes "democraticos", como o venezuelano ou angolano, que levam os países ao desastre, por culpa do ..soc. perdão capitalismo!!!

    ResponderEliminar
  22. -"porque não te calas" terá dito um prototipo duma aristocracia falida, impotente e corrupta.
    -porque não calam o cuco, dirá por aí alguém, enquanto vasculha o ninho à procura de cucos.

    É o que dá esta aristocracia fanada. Sistematicamente ao lado dos inimigos. Tal como na crise de 1383-85. Tal como na crise de 1580-1640.

    Ao lado das sanções, marche!

    ResponderEliminar
  23. "As regras são para cunprir"

    Isso diziam os germânicos sempre, com especial incidência no tempo dos nazis.

    Pois é. parece que eles não as cumprem frequentemente.
    E parece que as tais regras de que agora falam, já foram incumpridas mais de 100 vezes.

    Que chatice o borrão idelógico ficar furado

    ResponderEliminar
  24. Just Do It!
    O ignorado moto da última glória reconhecida.

    Ignorado porque a treta dos coitadinhos é que lidera as emoções dos mais recentes, improváveis e exaltados patriotas!

    ResponderEliminar
  25. Mais recente e improvável não o é, o das 14 e 27 que assume o trilho da traição e o amor pelos coitadinhos dos agiotas .

    Exaltado patriota era-o de facto. Nos tempos do fascismo, quando importava o saque às colónias e os gritos de Angola é nossa.

    Agora é um exaltado patriota alemão. E sempre, sempre um exaltado patriota do lucro e da rapina

    ResponderEliminar
  26. Quando o das 14 e 27 do dia 15 de Julho fala em "just do it" e em emoções e em exaltados patriotas (!) está concretamente a tentar fazer o quê?
    Em cuspir para outrém as suas características nos idos tempos pré-25 de Abril? Traduzidas nestas frases escritas pelo próprio:
    "A PIDE era a polícia de defesa do Estado Português; era polícia de fronteiras, agência de informações e de contenção ou ataque a quem o poder político definia como inimigos do Estado.
    Os inimigos do Exército Português eram inimigos do Estado e a PIDE era uma aliada essencial à acção do exército na luta em África".

    Este exaltado patriota,liderando as odes roufenhas quer na defesa da Pide quer do colonialismo português "esqueceu-se" de duas coisas. É que quem cospe para o ar, com uma grande probabilidade acaba por ser atingido pelo seu próprio produto orgânico.
    E que os exaltados patriotas do tempo da outra senhora já o eram em função do saque e da pilhagem.Como agora o são.Mas enquanto outrora cantavam ao som do cacarejo monótono e de cana rachada, agora fazem-no em inglês ou em alemão

    ResponderEliminar
  27. O grau de imaginação zero ilustra o trengo discurso do novel e improvável patriota.
    Enquanto portugueses lutavam e morriam em África aplaudiam as justas lutas dos Dos Santos de hoje.
    Agora, que a desbunda e a corrupção trouxe dívidas para pagar, erguem bandeiras pela justa luta do calote ao estrangeiro.
    Patriotismo progressista, com toda a probabilidade!

    ResponderEliminar
  28. Os exaltados patriotas dos tempos da outra senhora levantam-se indignados. Então não é que agora lhes voltam a acenar com as Angolas que não são nossas, mas que o deviam ser?

    Agitam-se um pouco as águas e surge de lá o monstro do colonialista ressabiado e ressequido.

    O para "Angola e em força" surge de novo, iluminado no horizonte dum fascismo responsável por tantas mortes e sofrimentos.
    Salazar, o fascismo , os colonialistas entraram e prolongaram uma guerra que não tinha já qualquer razão de ser.

    A prova provada das mãos sujas de sangue de quem foi responsável por tal absurdo histórico aí está comprovada por esta ode desavergonhada aos portugueses que lutavam e morriam em África (esqueceu-se o coitado do "matavam",um outro motivo de pesadelo de quem por lá andou).
    Porque quem sofria, matava, morria em África eram os desgraçados dos peões dos colonialistas e dos fascistas que entretanto engordavam com o saque e com a pilhagem das riquezas alheias. Aos que ficavam estropiados ou que morriam era-lhes oferecida uma medalha de latão e uma missa dita nas vozes de cana rachada que replicavam a cana rachada do chefe.

    ResponderEliminar
  29. Tem a vantagem de fazer lembrar uma coisa este que saúda a Pide e que agora anda com o alemão na ponta da língua: é que o fascismo está cheio de sangue, tem as mãos sujas de sangue, e que tal sangue foi uma das medidas para o enriquecimento de alguns dos donos de Portugal e de muitos dos seus servidores.

    Mas tem outra vantagem. A de confirmar que os outrora patrioteiros de missas e de medalhas de latão e de brigadas de reumático a tresandar naftalina, são agora os mais vincados vende-pátrias, escondidos atrás do"calote" e da dívida".
    Une-os o mesmo de sempre. O lucro e o desejo de mais lucro. A engorda dos suínos deve continuar.

    ResponderEliminar
  30. Enquanto os portugueses eram despedidos, eram obrigados a emigrar, viam os seus ordenados minguar, as suas reformas desaparecer,as suas pensões diminuir, o seu sofrimento a aumentar,tudo isto justificado por uma dívida cujos responsáveis maiores eram os seus maiores beneficiados, o que dizia aquele que foi apanhado de mão estendida a fazer o elogio da Pide?

    -"Quanto aos empregos que se perdem, provavelmente haverá de perder muitos mais"

    -"Lógicamente não se vendeu nem 'austerizou' o bastante."

    ResponderEliminar
  31. Quanto à dívida publica, resultante em grande medida da dívida privada que se fez pública, o que dizia aquele que agora comovido inscreve os agiotas e os caloteiros na sua agenda dos coitadinhos:

    -"Eu sei de um (erro) e bem grande: atentar no alarido dos esquerdalhos e não ter financiado suficientemente os bancos em crise quando havia dinheiro para isso".

    Sempre este amor e esta pieguice pelos banqueiros e pela banca
    Sempre este desejo que sejam os demais a pagar os desmandos dos banqueiros.
    Sempre este olvidar perpétuo da gigantesca dívida da banca, que os que trabalham estão sempre a pagar
    Sempre este amor ao calote por parte dos que têm mais e esta submissão interesseira e interessada aos donos disto tudo, sejam eles os de cá, sejam eles os de lá.
    Sempre este comovido agitar as gorduras, seja em voz de cana rachada, seja em alemão das casernas ou em inglês dos bordéis.

    ResponderEliminar