Esta vitória foi importante para Portugal? Foi totalmente indiferente para o nosso futuro colectivo. Assim sendo, faz sentido este ter sido, como Nação, um dos dias mais felizes dos últimos anos? Faz todo o sentido. Se a felicidade fosse pragmática era bem infeliz, a coitada. Não há felicidade, a de cada um de nós e a de nós juntos, sem prazeres imediatos. Todas as Nações precisam destes momentos de reencontro. Não porque isto mude o que elas são ou contribua para serem melhores. Apenas porque é neles que descobrem que as une uma identidade, mesmo que imaginária, e um conjunto de afectos, mesmo que aparentes. Ao que esta descoberta mobiliza chamamos patriotismo. É estúpido cantar emocionado o hino nacional, no início de cada jogo, e depois negar a importância dessa emoção na política. Quando deixarmos de sentir vergonha em falar da nossa “Pátria amada”, porque ainda a associamos ao pior da nossa história, talvez consigamos mobilizá-la para o melhor que ainda podemos fazer: um lugar onde as pessoas vivam com dignidade, liberdade e, seja qual for a sua origem, cidadania plena. O patriotismo é um valor que se pode encher com muitos outros, bons ou maus. Mas o sentimento de pertença que convoca, aquele que nos enche de felicidade por estes dias, nem pode ser ignorado nem deve ser desperdiçado.
Daniel Oliveira, Nossa Pátria amada
Donde se prova que ser de esquerda não implica ser esquerdalho, mas...
ResponderEliminarGostava de saber o que tem a dizer da paçavra de ordem da selecção: Just do it!
Quanto é que pagam aos patriotas que dão uns pontapés na bola e atiram-se para o chão? Parece que são milhões…
ResponderEliminarÉ sempre salutar a esquerda reafirmar as suas convicções capitalistas!
Durante o Fascismo era comum dizer-se que a oposição democrática não era patriota. O recurso ao patriotismo na política é um jogo muito perigoso. O Dr. Johnson dizia que o patriotismo era o último recurso de um patife e Ambrose Bierce discordava, dizendo que era o primeiro. O futebol é uma má metáfora, porque é difícil discordarmos do mérito e do sacrifício de uma equipa desportiva e porque a luta desportiva não é mais do que um simulacro que exorciza outras rivalidades bem mais perigosas. Convinha não perdermos o Norte e olharmos para o conflito existente na UE como aquilo que realmente é, um conflito entre Direita e Esquerda e não entre Portugal e a Europa. Porque quem discordar de 'Portugal' arrisca-se bem a ser classificado como traidor e a ser prontamente defenestrado...
ResponderEliminarO Jaime Santos por um momento fez-me sentir à janela.
ResponderEliminarMas se bem entendo, sendo a luta Direita/Esquerda a defenestração não é instrumento a usar.
Fica-se a Esquerda sem Vasconcelos a quem açular as massas. Séria limitação.
Em DEMOCRACIA (!),
ResponderEliminarse a maioria do POVO fôr patriota, porque raio, os não patriotas terão direito a impôr a sua opinião?!
Nos "poderes instalados" - CÁ OU LÁ ! -
a discussão da "coisa", é só para entreter o pagode, enquanto se vai mantendo e defendendo,
a PRERROGATIVA da DECISÃO.
EM DEMOCRACIA, QUEM DECIDE?
AFINAL... QUEM MANDA?
SIM!
É O COMBATE DESTA GERAÇÃO.
Alguém aí em cima lacrimeja por Vasconcelos. O Miguel de Vasconcelos.
ResponderEliminarCompreende-se porquê. Por várias vezes esse alguém foi identificado com tal figura.Por várias vezes secretamente o justificou.
Um, esse Vasconcelos, que também gostava e amava os credores. No tempo da outra senhora também gritaria provavelmente por "Angola é Nossa", tal como o egrégio progenitor de quem assim se justifica.Agora também açularia a UE, o Capital e o querido Shauble contra os portugueses e contra Portugal.
Sobra também um cheirinho de pieguice em relação ao Vasconcelos. Compreende-se porquê. Mais outro a enfileirar na agenda dos coitadinhos do dito açulador de agiotas
Aproveito este post do João Rodrigues, em que o assunto é a defesa dos interesses da pátria, para saudar a excelente intervenção acabada de fazer pelo Ricardo Paes Mamede na RTP 3 em que desmontou, ponto por ponto a Helena vendida Garrido mais, as sugestões mal enjorcadas da jornalista, em ambas que teriam percebido ou deduzido daquilo que ouviram de herr Schauble e Dijsselbloem, querendo adivinhar para lá das palavras, perdidas na tradução. Uma assertividade de RPM sem margem para a manobra do costume.
ResponderEliminar"Esquerdalho" é a salivação apressada. "Esquerda", no caso em concreto, é o termo politicamente correcto que assiste o trabalho de uns tantos.
ResponderEliminarO primeiro é o reflexo pavloviano. O segundo o esconderijo pelo receio de ser confrontado com a acusação certeira de reles-vende pátrias.
No fundo, no fundo é apenas o respeito pelo "Just do it" a que obedece o tipo das 23 e 07.
Embora ele prefira e expressão como a recebeu, em primeira-mão, e obviamente em alemão:
"Mach es einfach"