segunda-feira, 11 de julho de 2016

Vende-pátrias ou vampiros?

Se o criminoso de guerra Blair acumulou um património imobiliário avaliado em 27 milhões de libras, porque não poderá Durão Barroso tentar fazer algo de mérito equivalente?

Se o político mais poderoso nesta ordem europeia pós-democrática, Mario Draghi, foi vice-presidente da Goldman Sachs antes de ir para o BCE, porque não poderá o antigo Presidente da Comissão Europeia ser agora presidente não-executivo nesta multinacional financeira?

Se há toda uma tradição de venalidade em instituições europeias, criadas para obstaculizar a democracia e servir os grandes negócios, com predomínio da finança nas últimas décadas, porque não poderá Barroso, no fundo um conservador, continuar uma já vetusta prática que diz tudo sobre a disposição inscrita na integração realmente existente?

Se os resgates à periferia não passaram de socializações das perdas dos grandes bancos internacionais, baseados no centro, porque não poderão alguns dos seus responsáveis políticos continuar a fazer política por outros, e mais lucrativos, meios?

Porque não? Afinal de contas, estamos no século XXI e este é o capitalismo realmente existente, feito de vencedores e de vencidos. E a estes últimos, quando reagem em modo de contramovimento, só lhes resta serem apodados de racistas, de ignorantes, pelos primeiros e pelo seu cortejo de intelectuais de serviço.

De Maria Luís Albuquerque a Durão Barroso, querem que nos habituemos a uma ordem que não acontece apenas neste país, mas que destrói este país.

Vende-pátrias é um termo que incomoda? Habituem-se: vende-pátrias é o termo mais rigoroso para os protagonistas de uma econonomia política ainda dominante, mas tenho de reconhecer que vampiros é uma boa alternativa metafórica.


26 comentários:

  1. Parece-me bem vampiros.
    Só se distinguem das melgas pelo tamanho e correspondente apetite.
    O número é o factor relevante e transforma as melgas numa ameaça bem mais grave para a economia geral da manada.

    As melgas sempre se esforçam por dar o maior destaque à acção dos vampiros e ciclicamente se veem os maus resultados do sucesso desse seu mantra.

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  2. Pena que nas nações onde não há, ou não estão no poder os vende pátrias, não há comer e as pessoas logo que podem fogem de lá. Seria interessante mandar para lá uns liricos , durante uns pezinhos.

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  3. O antigo maoista e agora banqueiro alcançou o topo empresarial, tal como disse o catavento!
    O João Rodrigues tem é inveja do Cherne!

    ….

    Goldman Sachs é uma associação terrorista, onde está a NATO para os bombardear?

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  4. Por que é que não usa o termo que gostaria de usar, João Rodrigues, e chama traidores àqueles de quem discorda? É isso que se chama a alguém que vende a sua pátria e é no círculo mais fundo dos infernos que Dante colocou os traidores. Ao menos os autores das cartas da Jacobin aqui antes citadas não se ficam pelas meias-palavras, pese embora a elegância com que escrevem. Barroso é uma figura pífia que vai ser pago a peso de ouro para fazer um trabalho pífio e a quem falta vergonha na cara, mas separar os bodes dos cordeiros é uma estratégia muito perigosa. E depois, do ponto de vista tático, isso não me parece boa ideia. Dizer que quem não está consigo está contra si pode mesmo tornar-se uma 'self-fullfiling profecy'. E, no final, como aquilo que conta numa batalha são as relações de força, é capaz de dar por si surpreendentemente sozinho...

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  5. Até o criminoso de guerra Durão o Jaime Santos defende!!!

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  6. Xor Jaime Santos: vá falar para a Líbia, o Iraque ,a Síria.....

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  7. O Europeísta prefere atacar João Rodrigues a um criminoso de guerra e criminoso de outras patifarias Durão Barroso.

    Aqui estão os "democratas" europeístas!!

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  8. Parece-lhe bem os vampiros?

    Pois parece. Então não parece?

    Veja-se o panegírico aos ditos vampiros, escondido da forma cobarde atrás das "melgas".

    O panegírico aos vampiros assim travestido em contas de aritmética.
    No fundo gosta deles. Gsota do Barroso. Gosta daquele ser acanalhado de nome António Borges.

    As melgas são apenas um pequeno problema que o atormentam. A ele e à sua manada.

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  9. Caro António,

    Por favor, diga-me quais são essas nações "onde não há, ou não estão no poder os vende pátrias". Gostaria de me mudar para lá.

    Abraço,
    Manuel

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  10. Ó Cuco as melgas são um grande problema.

    Não só são legião como ainda por cima têm os doutrinários da Agenda dos Coitadinhos a fundamentar-lhe o estatuto de melgas, como se fosse coisa pouca, tal e qual como é sugerido pelo das 13:51.

    E quem apoia melgas, que moral têm para se oporem aos vampiros?
    Tudo são parasitas da manada!

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  11. Não há meio de as sociedades humanas aceitarem que são o resultado do seu próprio desenvolvimento.
    Mas se, se aceitarem o “desenvolvimento” tal qual são capazes de o fazer, verão a queda, peça por peça deste Sistema que se metamorfoseia ate´ ao ciclo final. Só temos de apressar a sua queda!
    Sem espetáculo, sem sensacionalismo, porque se trata do alvorecer de um novo estágio da humanidade.
    O espevitado “maoista” cujo foi 1º ministro deste povoado, não faz nada mais que copiar os seus professores chineses. E´ da praxe!
    A vitória da nossa seleção de futebol em Paris, deixando-me contente, fez com que reparasse melhor no mundo em que vivo. E´ que ao mesmo tempo em Varsóvia alguns alvissareiros discutiam a sorte de mais de metade da humanidade, senão toda humanidade!
    E´ com esta situação de confronte que tenho de agir. Desculpem qualquer coisinha. De Adelino Silva

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  12. Parabéns João Rodrigues, mais uma vez, pela ética com que analisa as situações.
    Humana e razoável, porque ninguém nem nenhum poder são poços de águas límpidas, mas andamos a viver tempos tão egoístas e maldosos, que parece que alguns mandantes têm 24 horas para deixar a vida. Não se lembram de quem vem a seguir nem dos exemplos que precisam para crescer.

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  13. Cuco é uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves.
    Percebe-se ( ou não ) o problema pessoal contra os cucos do sujeito que inscreve os seus amigos vampiros na sua agenda de ídolos. Problemas pessoais que extravasam o que nos interessa.

    O que importa aqui salientar é este enfileirar dos vampiros na agenda dos coitadinhos como que justificando a canalha e como que invectivando as melgas.

    Uma espécie de Darwinista social sob a forma de vampiro salivando apressado e irritado contra as ditas melgas.

    Já lá vamos e ao ódio de morte que tal gente tinha a uma canção...essa mesmo, a do Zeca.

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  14. "No céu cinzento sob o astro mudo
    Batendo as asas Pela noite calada
    Vêm em bandos Com pés de veludo
    Chupar o sangue Fresco da manada"

    Começa assim o fabuloso poema de Zeca Afonso, saído à luz do dia em 1963, servido por uma portentosa canção.
    Uma bofetada nos cornos da ditadura. Mas mais do que isso, a denúncia frontal da opressão do capitalismo.

    Corria o ano de 1963. Os egrégios progenitores de alguns de direita-extrema actuais perdiam as estribeiras quando ouviam a canção. Ficavam fora de si. Espumavam. Batiam e torturavam por via directa ou por interposta Pide. Esta obra-prima de Zeca, pelas reacções que despertava nos serventuários do fascismo, era o desmentido humilhante para quem dizia e diz que "A PIDE não atacava o pensamento, idiota, atacava quem agia!" (palavras textuais do defensor dos vampiros e da Pide)

    Porque este texto denunciava o ventre podre,corrupto, ávido, totalitário, esmagador, sem pruridos nem escrúpulos, da besta negra do Capital. E apontava o dedo â ligação estreita que este tinha com o regime fascista

    E tal não era perdoado pelos egrégios donos de Portugal. E tal não é perdoado pelos descendentes ou servidores dos donos de Portugal.



    Porque o salivar e o ódio desbragado ditado pela audição desta canção persiste ainda hoje. Como se pode ver pela pavloviana defesa dos vampiros empreendida aí em cima por um tipo que tem o desplante de defender a canalha desta forma:
    "que moral têm para se oporem aos vampiros"?

    Diz-me com que vampiros andas, dir-te-ei o vampiro que és

    sabes o que não havia em 1960?
    Era a puta da pieguice em que chafurdas tu e todos os outros coitadinhos!


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  15. "sabes o que não havia em 1960?
    Era a puta da pieguice em que chafurdas tu e todos os outros coitadinhos!"

    Foi com esta frase irritada e esbaforida que o defensor dos vampiros reagiu à denúncia dos idos tempos dos anos sessenta. O fascismo no seu esplendor. A guerra colonial a começar. "Para Angola e em força" dizia um depravado na sua voz de cana rachada. A memoria de ver matar e morrer. Tempos negros e sombrios, denunciados pela força e com a força de Zeca Afonso

    E é com a frase postada acima que é feita a defesa de tais tempos, os anos 60, pelo amante da vampiragem.

    Percebe-se este perfilar ao lado dos que comem tudo. Pavloviano como já dito. Cumprindo um antigo ódio à denúncia frontal dos seus negócios de vampiros. Sustentados pela ditadura do grande capital, o fascismo.

    "Se alguém se engana com seu ar sisudo
    E lhes franqueia As portas à chegada
    Eles comem tudo Eles comem tudo
    Eles comem tudo E não deixam nada "

    Uma bofetada nos cornos da ditadura. Que ainda hoje faz ranger os dentes de.

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  16. "nas nações onde não há, ou não estão no poder os vende pátrias"

    Ou a confissão apressada, com os pés e os pezinhos, que quem domina esta UE e este mundo ocidental são mesmo os vende-pátrias miseráveis e canalhas.

    Sr Cristóvão,obrigado pela confirmação.

    Fica para depois o desmontar da atoarda sobre as migrações e os refugiados, provocadas quantas vezes pelos seus admirados vende-pátrias

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  17. Proclamação aos defensores das melgas.

    Quem defende melgas justifica os vampiros.
    Limitar a denúncia aos vampiros só assanha as melgas na sua competição pelo sangue da manada.
    E nada muda na manada que os alimenta senão a sanha da competição entre melgas e vampiros. São um mesmo instinto e uma mesma perversão, e onde falta o golpe de asa compensa o número na devastação.

    E ao Cuco, que sempre regressa ao ninho da Antiga Senhora para aí reabastecer o fel da sua mesquinhez, sempre lembro que aqueles que o poeta chamava de vampiros não armazenavam o saque em off-shores e o sangue da manada fertilizava o pasto.
    E quanto ao poema, sempre foi e será um bom poema;que às melgas e aos seus defensores não caberá nunca inspirar poetas.

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  18. Pode agora invectivar as melgas da forma e da maneira que o quiser

    Pode até fazer prova de vida e afirmar de forma cúmplice que o princípio da competição ocorre entre os vampiros e as melgas.

    Mas tenho uma péssima notícia. Uma melga não é igual a um vampiro. Um Borges não é o mesmo que um honesto trabalhador. Um Barroso não é o mesmo que um honrado homem.
    Um adepto de vampiros ou um vampiro não é o mesmo do que sofre a investida dos vampiros

    A tentativa de nivelar o explorador e o explorado não pode passar

    Isso queriam os vampiros

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  19. O sangue da manada tem destas coisdas.

    Quem é vampiro não gosta que lhe ensombrem a vampiragem.
    Gosta até de fazer passar a mensagem que um abutre é o mesmo que um pardal. Este último sobrevie. O primeiro faz do saque o seu sustento.

    Depois fala-se em "sanha competitiva".
    Uns cómicos estes vampiros

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  20. Um mesmo instinto , a mesma perversão..
    Nesta linguagem de trampa esconde-se a diferença entre um ladrão de alto coturno e o alvo do ladrão.

    Parece que é tudo uma questão de "golpe de asa"?

    Alguém diga a este tipo que a imagem dos seus egrégios progenitores é a imagem daqueles e mais nada. E que nen todos se comportam como tais egrégios, com o golpe de asa como pretexto para a canalhice

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  21. O pasto fertilizado pela trampa da vampiragem foi direitinho para os bolsos da vampiragem.
    O saque da trampa da vampiragem foi escondido pela trampa da vampiragem. Compraram imobiliário e acções com que aumentaram a trampa da vampiragem.

    É sabido que o dono disoo tudo, pessoa muito elogiada por quem aqui defende a vampiragem, é um destes exemplos. Como ele há mais.

    Pelo que a bofetada nos cornos da ditadura aí está em todo o seu esplendor. Zeca acertou na mouche. Regista-se com imenso gozo o silêncio do pregador dos vampiros sobre os seus elogios à Pide. E ainda com mais gozo a inevitabilidade de ter que confessar que o Zeca foi um grande poeta.

    Pese o vira no túmulo do egrégio progenitor

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  22. Quanto aos offshores...não foi este jose que os defendeu e defende, como meio de salvaguarda do produto do saque?

    No tempo do paizinho ainda não existia este escape pois não?

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  23. O das 13:17 entra em estado de negação, refúgio seguro dos cobardes!

    Um honesto trabalhador ou um honrado homem nada tem a ver com as melgas e todo o cobarde o sabe de sobra.
    Mas o mantra só fala em vampiros e manada, e o crente recita o mantra e reduz-se à sua insignificância! Fica-te por aí que não te sigo.

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  24. Sejamos frontais:

    O refúgio seguro dos cobardes é quem anda a tentar impingir os vampiros como iguais a quem quer que sejam. Ou seja, estamos perante um reles desculpabilizador dos vampiros, em termos quantitativos e em termos qualitativos.

    Daí que os exercícios em torno de melgas não tenham colhido. Pelo que este choradinho hipócrita e um pouco repelente à volta dos mantras, dos cobardes e da manada mais não seja do que mero exercício oco para ver se foge do que se debate. Empurrando com o ventre e com as melgas para um qualquer outro lado que não a denúncia da vampiragem.

    (O mais do resto é este péssimo hábito de pensar que a linguagem coloquial escutada em casa é para ser reproduzida assim desta forma um pouco pífia. Enfim, são estes os exemplos da descendência da brigada do reumático )

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  25. Melga ideológica e vampiro encartado. O das 01 e 10

    Mas parece que mais uma vez na mouche. O " não te sigo" ficou mais uma vez no tinteiro. E o regresso vespertino é a prova do tiro certeiro.

    "No céu cinzento sob o astro mudo
    Batendo as asas Pela noite calada
    Vêm em bandos Com pés de veludo
    Chupar o sangue Fresco da manada"

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