Ler uma entrevista televisionada – como a de Passos Coelho à SIC na passada 2ª feira - é todo um outro exercício.
A palavra escrita tem um peso que a palavra dita perde rapidamente. E amplia-se a distância entre a realidade e o discurso político. Entre a verdade e a mentira.
Comece-se naquela parte em que o primeiro-ministro fala do modelo económico.
Play.
Pedro Passos Coelho: O PS tem defendido que a recuperação económica do país possa ser liderada pelo consumo interno...
Clara de Sousa: Mas o PSD também...
Pedro Passos Coelho: Há uma pequena diferença é que já estamos a crescer. É uma pequeníssima diferença entre o que o PS diz e o que...
Clara de Sousa: Cresce de forma ténue...
Pedro Passos Coelho: Vamos crescer 1,5% este ano, crescemos 0,9% no ano passado, os dados do emprego têm sido favoráveis, ao contrário do que aconteceu há alguns anos atrás com o PS. Há resultados para mostrar que são positivos.
Aquilo que o PS tem proposto em matéria económica é que o consumo deve liderar o crescimento, enquanto que, do nosso ponto de vista, isso é a estratégia que conduziu o país – erradamente - a uma situação de dependência externa e a uma situação de desequilíbrio macroeconómico muito grande que nos custou muito a corrigir. (...) Não nos parece uma escolha correcta e parece-nos uma escolha arriscada. Arriscada porquê? Porque dizer aos trabalhadores que vão descontar menos para a Segurança Social por contrapartida de pensões mais baixas que vão ter no futuro, para poder ter mais dinheiro para gastar hoje, porque o que é importante para criar emprego e gerar crescimento é pôr as pessoas a gastar mais dinheiro, essa é uma estratégia que nos parece arriscada porque já provou no passado ser uma estratégia que conduz o país a desequilíbrio externo e à não criação de condições para uma riqueza que possa aparecer, um crescimento que possa aparecer sustentadamente. Isso aconteceu em 2009 embora com fins eleitoralistas: aumentaram-se os funcionários públicos, baixaram-se os impostos, portanto deu-se mais dinheiro às pessoas para gastar. E isso foi – com se recorda – sol de pouca dura. Porque o que teve de se fazer a seguir foi fazer tudo ao contrário, cortar tudo, contrair a economia, porque se tinha sido improdudente. Nós não podemos ser imprudentes nesta altura.
[Stop. Pare-se a gravação para ver o gráfico dos últimos anos.
INE, Contas Nacionais
Nada de muito original. Quando a recessão bate, a procura interna encolhe, as importações descem e as exportações desabrocham. Veja-se o ano de 2009. Claro que políticos menos escrupulosos tendem a lembrar que se está perante um novo modelo económico, original, que, uns trimestres depois, renasce das cinzas sob a forma de consumo e investimento... Mas, ups! Eis que de novo acontece o mesmo em 2011. A população leva um susto de morte. A bancarrota. E milagre: a procura interna cai e a procura externa parece puxar a economia. O novo modelo de novo! Mas depois tudo volta ao normal. O consumo desabrocha, o investimento vai atrás e, ohhhh: a procura externa encolhe... até o consumo voltar a cair... Será que vai cair mais? Parece, não parece... Olhe-se para o 1ºT 2015.
É como uma respiração de uma velha economia. Nada de original. E, por acaso, neste último caso - como dos outros - foi essa subida do Consumo Privado em 2013 que puxou o Investimento (FBCF).
Play]
Passos Coelho: Sabem que nós queremos uma recuperação da economia que seja liderada pelas exportações, isto é, por toda a economia que se pode gerar com o resto do mundo e não à custa do nosso mercado interno que é muito pequenino; temos também uma economia que será também liderada pela criação de emprego e de geração de rendimento através de novo investimento que possa acontecer em Portugal, ou do aumento do investimento como já temos vindo a observar. Ou seja, não através de mais consumo – que também aumentará – mas de mais investimento...
[Pois é... somos um mercado "pequenino"...
Passos Coelho: Temos sobretudo um problema estrutural, que é demográfico. Quer dizer, nós temos cada vez mais pensionistas e cada vez menos pessoas activas no emprego que fazem descontos para suportar o pagamento dessas pensões...
Clara de Sousa: Mas isso é resultado das medidas de austeridade nos últimos 4 anos. E falámos há pouco do desemprego...[Pimba!]
Passos Coelho: Deixe-me dar um esclarecimento que pode ser útil. Nós sabemos que o desemprego aumentou durante os primeiros anos do período da assistência económica e financeira...
Clara de Sousa: Mais do que aquilo que previam...
Passos Coelho: Mais do que aquilo que estava previsto. Tal como o défice orçamental de 2011 foi bastante maior do que aquilo que estava previsto no Memorando de Entendimento. Logo o esforço que tivemos de fazer para ir ao encontro dos objectivos que estavam estabelecidos foram muito maiores. Até falei – não sei se se recorda – de um "esforço colossal" para atingir...
Clara de Sousa: Mas admitiu que era uma frustração. Mas em política uma frustração não é um fracasso, um fracasso pessoal seu, também? [Ah pois é...]
Passos Coelho: [Titubeia] Hmmm... repare que eu sou sempre responsável último e primeiro responsável pela política do Governo. Nunca me furtei às minhas responsabilidades. (...) Nós nos primeiros anos, sobretudo em 2011 e 2012, tivemos um agravamento do desemprego, um problema com o emprego, mas tivemos a partir de 2013 uma melhoria. Entre Janeiro de 2013 e até Abril de 2015, vimos a economia criar mais cerca de 175 mil postos de trabalho.
[Stop.
Depois de muito cofiar e com a ajuda do INE, lá se conseguiu obter a fonte destes valores. Trata-se dos valores mensais da série do INE (diferente da do Banco de Portugal), corrigidos de sazonalidade, que vão de Fevereiro de 2013 a Abril de 2015. Não se sabe por que razão o PSD usa esta série e não os trimestrais (mais seguros e dos quais derivam os mensais). Nos dados trimestrais, do 2ºT 2013 aos 4ºT 2014 criaram-se 137 mil postos de trabalho, a que talvez se possa acrescentar mais uns 60 mil (dados mensais até Abril 2015).Caso se junte Maio, já disponível, perde-se 23 mil postos de trabalho. O PSD justificou a sua não utilização por não serem valores estabilizados.
Mas - e é um imenso "mas" - convém lembrar que, desde 2011, que os desempregados em acções de política activa de emprego são considerados empregados...
Play].
Passos Coelho: Mas deixe-me fazer uma comparação para dar uma ilustração clara de como este problema demográfico e económico é estrutural. Entre 2005 e 2011, foi rigorosamente o período em que o PS esteve no Governo, a economia perdeu 236 mil empregos. Perdeu-os. Quer dizer, entre Janeiro de 2013 e Abril de 2015 - 175 mil novos emprego. E o PS entre 2005 e junho de 2011 destruiu 236 mil postos de trabalho. O que significa que o problema para a Segurança Social...
[Stop.
Que raio de exercício é este? Primeiro, Passos Coelho fala de fenómenos estruturais, mas afinal é um expediente para atacar o PS. Segundo, mesmo falando de aspectos estruturais, omite a imensa destruição de postos de trabalho verificada entre 2011 e 2013, como se tivesse sido obra exclusiva da Troika. Ou nem isso. Desapareceu da História.
A recuperação verificada desde 2013 está muito longe da sangria verificada desde 2008. Com a agravante: é que a destruição de postos de trabalho a partir de 2011 foi feita a seguir à crise de 2009, acumulou com ela, e - pior ainda - foi premeditada, porque era a forma assumida pela Troika, por Vítor Gaspar, de levar a cabo a desvalorização interna, de forçar à descida permanente de salários.Caso se use os dados trimestrais, houve uma destruição de 444,8 mil postos de trabalho. Mas mesmo usando os dados mensais que o PSD prefere, chegar-se-ia a menos 402 mil postos de trabalho de Junho de 2011 a Janeiro de 2013.
Play]
Clara de Sousa: Sim, mas convém dizer que nos últimos 4 anos foram destruídos muitos mais...
[E agora?]
Passos Coelho: [Hesita] Bhh...Hhhh... Mas agora repare...
Clara de Sousa: Aos olhos do cidadão português...
Passos Coelho: Não, não...
Clara de Sousa: ... que sentiu na pele, que caiu no tal abismo...
Passos Coelho: Não, não...
Clara de Sousa: ... para usar a sua expressão...
Passos Coelho: Não, deixe-me dizer, deixe-me dizer...
Clara de Sousa: ... francamente olha para si e ouve-o a falar, de repente pensa que...
Passos Coelho: Não, deixe-me...
Clara de Sousa: ...que está a viver num país que...
Passos Coelho: Não, não... mas...
Clara de Sousa: ...que não é aquele em que eles vivem...
Passos Coelho: Não, mas... mas... deixe-me aproveitar a sua pergunta mesmo para ilustrar. A taxa de desemprego em 2005, quando o PS chegou ao Governo, era de 7,5%. Sabe quanto é que era quando eu cheguei ao Governo? Era 12,1%. Enquanto o PS foi Governo, a taxa de desemprego passou de 7,5% para 12,1%...
Clara de Sousa: Então vamos olhar para a frente, em relação à criação de emprego.
Passos Coelho: Não, mas deixe-me só dizer qual é a consequência disto. A consequência disto é que, estruturalmente, tivemos menos empregos e menos contribuições para a Segurança Social, mas tivemos também do ponto de vista económico, um modelo de desenvolvimento que produziu resultados errados, com mais destruição de emprego do que aqueles que nós fomos capazes de criar com um novo modelo económico. Do ponto de vista do modelo económico, aquele que nós temos vindo a defender e a executar, e que será prioritário e estratégico para os próximos 4 anos, conduzirá ainda a melhores resultados. Estou bastante confiante quanto a isso.
[Palavras para quê... Uma tristeza.
Stop.]
Uma dúvida:
ResponderEliminara execução do pacto com a troika é da responsabilidade de quem o originou, promoveu e subscreveu, ou de quem o executou?
De ambos.
Eliminarera bom que a direita deixasse de afirmar que se paga e recebe riqueza, é que ao fisco só lhe interessam euros, e até os mais distraídos já perceberam que a origem dos euros não é o cidadão... Entretanto as origens dos euros a que a economia tem acesso estão a ficar cheios de empréstimos de cobrança duvidosa, tal como as 'nossas' cotadas de clientes de cobrança duvidosa... A direita quis entrar para o euro por ser uma moeda forte e nem isso temos. se alguma vez os portugueses ganharem discernimento, e sairem do euro, podem chamar à moeda 'riqueza' em vez de suportarem uma economia de elevada miséria
ResponderEliminarCrescimento de 1,5%.
ResponderEliminarO homem droga-se.
Se calhar nem 0,5% vamos crescer.
E o crescimento que existe é devido à degradação da competitividade da economia.
O homem não sabe mesmo do que fala.
Mesmo uma tristeza :)
ResponderEliminarA dúvida exprimida pelo das 23 e 25 é o quê?
ResponderEliminarUm atestado de menoridade mental de quem o lê ou um exercício kafkiano de má fé e de manipulação a seguir os passos do passos?
A propósito da tentativa grotesca e canalha de passos se tentar afastar do memorando, dizendo que as "contas estavam mal feitas"
Passos Coelho esqueceu-se de dois pormenores : o primeiro é que o Memorando também foi assinado pelo PSD e CDS; o segundo é que o famoso economista Eduardo Catroga que negociou com o PS em nome do PSD também não percebeu que «as contas estavam mal feitas"
Catroga dizendo que o memorando é seu:
https://www.youtube.com/watch?v=V4UaXkJV0IY
http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2015/07/entrevista-de-passos-coelho-sic.html#comment-form
Mais do que uma tristeza, cara Ana Coelho. Simplesmente repugnante
De
Caro Joaé,
ResponderEliminarSó passaram 4 anos e já estamos a refazer a História.
Que eu me lembre, foi Eduardo Catroga, negociador pelo PSD com a troika, que saiu das reuniões com a troika e declarou que o Memorando de Entendimento inicial tinha a marca do PSD. Foi numa altura em que se estranhava como é que um grupo de técnicos tinha sido capaz de elaborar numa semana um programa tão completo. Se for ao youtube e colocar Eduardo Catroga apanhará imensas declarações suas que o farão recordar.
E como há-de concordar, as revisões do Memorando têm tudo a ver com a sua execução ou com a falta de eficácia da sua execução.
Jose
ResponderEliminarmais uma vez mentes com todos esses dentes podres de sabujo doentio
primeiro, foi o PSD quem precipitou a vinda da troika com o discurso de que faria melhor sem cortar em pensões nem salários nem aumentar impostos
segundo
sempre foi afirmado (e fez-se) que se iria para lá da troika...com os resultados sabidos
Jose...ou és ignorante ou intelectualmente desonesto
escolhe e assume
não és homem para isso, és pequenino
um sabujo nunca chega a homem
“nós temos cada vez mais pensionistas e cada vez menos pessoas activas no emprego…”
ResponderEliminarHá uma grande confusão em PPC, na distinção entre “causa” e “consequência”. São as próprias contradições do seu guião, de alguém que quis ir “além da troika”. Isto é facto!
Com Catroga ou Carreira, A. Costa ou P. Coelho a coisa vai dar no mesmo, mais ponto menos cifra. Se juntarmos o Rebelo e Novoa, ficamos com o ramalhete prontinho…
ResponderEliminarAs divergências dessa gente e´ no assentar arraiais. O resto, senhores, nem chega para nos entretermos aqui nos Ladroes de Bicicletas. De Adelino Silva
Caro João
ResponderEliminarEstou não só esclarecido como aliviado.
O Sócrates e o PS estão inocentes e cabe ao PSD/CDS toda a responsabilidade.
Sejamos honestos, pelo menos o TC também tem alguma responsabilidade.
E já agora o Totta, com aqueles swaps...
Feliz o país que é povoado de tantos inocentes!
"Sejamos honestos": Um aldrabão de caixas de comentários, apoiante de um aldrabão de Massamá a falar de "honestidade"! ROFL
ResponderEliminarSe o ridículo matasse seria óptimo pois estaríamos livres de ter que ler as inanidades e propaganda barata do Jose.
Não pá, inocente é o aldrabão de massamá e o seu governo de pulhas, que forçou a vinda da Troika, disse que já tinha feito as contas todas, que o Memorando era o seu Programa em directo na televisão, revindicou aos quatro ventos a sua autoria, e agora vem dizer que afinal as contas que disse ter feito estavam mal feitas e que não teve nada haver com isso. #aideianãofoiminha
És tu, gémeo?
ResponderEliminarFalta-te o Sócrates para te passar banha do cobra pelo bestunto?
Tadinho!
Banha da cobra pelo bestunto?
ResponderEliminarEstá particularmente limitado o argumentário dum tal que se assina jose ( ou JgMenos)
Mas a desonestidade não pode passar, pesem os "coitadinhos" do indivíduo em causa.
É reparar por favor na "dúvida" inicial sobre a troika e os troikistas , a execução e a promoção , a subscrição e a assinatura.
As respostas forma imediatas. Os argumentos apresentados diante do seu "betusto" (peço desculpa mas o termo mais uma vez não é meu) . As assinatutras de passos e de portas, mais a assumpção de catroga estragaram-lhe a reescrita da História. Com estrondo e sem pudor
Perante isto o que faz "jose"?
Tenta vitimizar-se e, num típico choradinho, tenta colocar na boca alheia coisas que nunca foram ditas.O que no mínimo é desonesto e no máximo é algo que manda a boa educação não o expressar.
( O totta e os swaps e o TC são apenas manifestações menores mas elucidativas ,do beco sem saída - mais uma vez- a que está reduzido este . Uma autêntica vergonha? Ou há algo mais?)
De
Caro João
ResponderEliminarSei eu e sabe o João que sempre o memorando foi dirigido a mediddas recessivas que visavam vários desiquilibrios, e priveligiava a rapidez dos resultados (3 anos!): as contas externas (redução da procura); o défice público, visando antes de mais a despesa (que é antes demais salários e pensões); o investimento produtivo (que na falta de meios financeiros para estímulos de outro tipo incidiu sobre as relações de trabalho, ainda largamente inspiradas em Março)
Onde falhasse o corte na despesa haveria de compensar-se pela receita sobre os rendimentos.
ociar
A única alternativa válida era renegociar o memorando, o que provavelmente anteciparia de três anos a moda dos diktats (mormente porque ninguém espera que defendamos fronteiras).
Sobra que está estabelecido que a Europa com saldo só tolera os devaneios da Europa 'pseudo-keynesiana'se isso não afectar o seu progresso e segurança.
Catorgas, PPCs e tudo mais é treta eleitoral ou puro entretenimento.
ResponderEliminarJose investe de novo. Mas muda o discurso. Com a rapidez que lhe exige a mudança do mesmo, tendo em conta o seu porfiado esforço troikista e a aproximação do processo eleitoral em curso.
Tudo serve mesmo.
Senão vejamos:
A "dúvida" inicial sobre a troika e os troikistas , a execução e a promoção , a subscrição e a assinatura é transmutada na aldrabice desonesta dum "O Sócrates e o PS estão inocentes e cabe ao PSD/CDS toda a responsabilidade".
Perante a denúncia do acontecido salta jose com a faca na liga e um expressivo "Falta-te o Sócrates para te passar banha do cobra pelo bestunto?"
Mas o panorama geral era francamente desfavorável. Nem uma para a caixa. Nem um único argumento válido ou sequer decente.
Que fazer? Voltar à carga e mesmo sem ter tido nova resposta do autor do post declamar uma espécie de princípios do memorando, uma série de lugares comuns depenicados a toda a hora pela mediocridade institucional da governança em curso, pelos economistas do pote e pelos boys ( media incluídos ) da ordem. Uma espécie de carta de boas intenções da mafia organizada. Uma espécie de água benta sobre as medidas da troika pelas quais o PSD e o PP se bateram ,assinaram, declamaram e.. e juraram ir mais longe do que a própria troika.
... infelizmente para "jose/ JgMenos, também ele fez exactamente o mesmo. O troikista que invectivava quem ousasse criticar a troika fala agora , perante o falhanço monumental das políticas neoliberais da direita e da direita - extrema , em "alternativa válida" varrendo para debaixo do tapete que havia várias alternativas ao memorando de traição e que a execução e a promoção , a subscrição e a assinatura não tiveram paternidade incerta nem nasceram da virgem Maria.
Pelo que mais uma vez a tentativa desonesta de tentar branquear responsabilidades e ocultar as políticas criminosas assumidas pelos catroga e pelos passos coelhos (e pelos joses) deste mundo não podem passar impunes. Nem os apelos de traição ao direito do mais forte a ir ao pote( "progresso e segurança" diz ele) já ouvidos ainda no tempo do fascismo por tal tipo de gente
Para o capital financeiro os nomes dos serventuários de serviço é uma coisa menor. Ricado Paes Mamede chama e bem a atenção para a falta de seriedade de Rui Tavares quando pretende concentrar a discussão do "cancro" europeu no dr strangelove alemão. Tal como aqui , este "jose"agora tenta descartar catroga e PPC ( para ver se o não reconhecem?) e finge "esquecer" o autêntico libelo acusatório contra um mentiroso, um aldrabão e um acanalhado personagem. As tentativas iniciais de cumplicidade com os catrogas e os ppc falharam.Surge então mais esta manobra de pantomina. Acabará a fazer ( já o faz, já o faz)a propaganda eleitoral mais fundamentalista pelos ditos passos e catroga . Já ouvimos a mesma modinha no que a cavaco disse respeito.. e duma forma particularmente pouco digna
Uma palavra final. Este "discurso" balofo e feito de mediocridades como que consensuais ( tentando ocultar a política anti-democrática e criminosa da troika e dos seus agentes) nem sempre navegou ao som das palavras pretensamente inócuas com que jose se escuda agora.
Porque jose foi um participante activo e empenhado na submissão à troika e aos mandamentos do Grande Capital. Foi um aluno que exaltava com o "ir mais longe do que a própria troika".
Dizia ele em Abril de 2013 e repito-o ipsis verbis :"aguardo ansiosamente o dia em que o Estado tem salários em atraso, ou corte 30% nos salários, ou faça uns despedimentos colectivos".
Pois é.O que jose definitivamente faz não é "puro entretenimento". É algo mais profundo e sinistro
De
Caro José,
ResponderEliminarApenas para repegar num assunto: o Tribunal Constitucional.
Na minha opinião, o TC tem parte da responsabilidade, mas de ter aumentado o consumo privado que, agora, o Governo abraça como fruto da sua política.
Ajudou materialmente ao não deixar retirar rendimento, ajudou à ideia de que o rolo compressor pode ser parado. Ajudou a fazer ver ao Governo que o calendário da sua estratégia tinha acabado e que era melhor começar a concorrer para as eleições. E para isso parou-se a austeridade em 2014. Ou melhor, não foi agravada. E é isso que tem um efeito evidente nas pessoas e no seu consumo.
É essa paragem no agravamento da austeridade prolongável no tempo? Se fizer uma leitura estrito senso do Tratado Orçamental e da meneira de pensar desta coligação de direita (e até do PS), não é. Para atingir as metas ter-se-á de continuar a austeridade depois das eleições ( Disse-o Cavaco). Ou conseguir melhores resultados parando-a e libertando o consumo. Mas as metas idiotas estarão lá...
Portanto e mais uma vez: tudo isto parece muito frágil. E fragilmente devotado a um curto prazo eleitoral.
Triste
Caro João Ramos, disse-o Cavaco e disse-o o Governo quando deu a entender cortes de umas centenas de milhões na Segurança Social. Só irá ao engano outra vez quem quiser!
ResponderEliminarPor asco não costumo ver a "criatura", no entanto, vi o programa na TVI. Decididamente o personagem é nojento! A dado passo, na resposta a um "perguntador", refere que estendeu a isenção das taxas moderadoras aos doentes oncológicos, aos desempregados, aos menores de 18 anos... Doentes oncológicos??? - Mesmo que não fosse MENTIRA era muito censurável!!! Aos desempregados??? - MENTIRA! Esta isenção já existe desde o tempo da Maria Cachucha!!! (Infelizmente eu sei!). UM NOJO. Está-lhe na massa do sangue, nada a fazer...
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