sexta-feira, 19 de julho de 2013
Liberalização comercial - O proteccionismo dos mais fortes II
No seguimento da convenção de Lomé, em 1975, a União Europeia aplica uma pauta aduaneira preferencial para um conjunto de países em vias de desenvolvimento - os países ACP (Africa, Caraíbas e Pacífico). A UE é, de longe, o seu maior parceiro comercial. Considerados discriminatórios no âmbito da OMC, estes acordos deram origem a uma prolongada negociação entre a UE e estes países no sentido da total liberalização comercial. Se já não bastasse o desequilíbrio do padrão das transacções comerciais - estes
países exportam sobretudo produtos minerais e agrícolas e importam bens de
capital -, a ser agora agudizado, as tarifas alfandegárias são a maior fonte de receitas para muitos destes Estados incapazes de colectar outros impostos. Não surpreende, portanto, que as negociações tenham entrado num impasse. A UE procura agora contornar este bloqueio através de acordos bilaterais, onde o seu poder se manifesta de forma mais clara, corroendo assim este bloco de países. Ao contrário de certas narrativas sobre países emergentes, o neocolonialismo parece estar bem de saúde.
aliás a dita "Globalização" sempre foi um neo-imperialismo com outro nome...
ResponderEliminarSempre considerei este problema como o verdadeiro cancro da humanidade, que apenas e só serve os interesses do capitalismo.
ResponderEliminarOs países ACP que abram os olhos e funcionem também como um bloco. Já chega de desculpas. Que fazem os países ricos do Norte sem as matérias-primas dos países ACP?
ResponderEliminarO neocolonialismo continuará bem de saúde enquanto dirigentes dos ACP estiverem mais preocupados em manter os seus países em guerra civil, do que a querer melhorar o nível de vida dos seus concidadäos. Só isso.