segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sorriam?


Quem quiser saber por que é que Moedas anda sempre tão contente tem de começar por conhecer o seu interessante percurso, ou seja, tem de ler o artigo de Adriano Campos. Confirma-se que os dois perfis do governo – negócios e ideologia pura e dura – se intersectam em figuras e numa política ao serviço de certas e determinadas fracções do capital. A aposta interna consiste, entre outras, na expansão para as áreas ocupadas pelo Estado social. O FMI aí está para garantir que Moedas continua a sorrir. A vitória, dada a estrutura externa de constrangimentos, está ao alcance desta gente como nunca esteve.

Já agora, leiam também Alexandre Soares dos Santos  – “Tenho um pacemaker colocado pelo estado que não me custou nada. Não admito isso”. Quem não admite isso é quem tem investimentos nada saudáveis, que dependem em demasia do estiolamento do SNS, do acesso universal a serviços públicos tendecialmente gratuítos, financiados por impostos progressivos, a melhor forma de garantir a sua sustentabilidade política e, paradoxalmente, ou talvez não, o seu poder redistributivo e de criação de comunidade, como bem argumenta Hugo Mendes. Defender, e sobretudo expandir, o adequadamente comunitário e igualitário princípio da universalidade, tão ameaçado quanto incompleto no nosso país, é tarefa que exige uma frente tão ampla quanto possível. Para que Moedas deixe de sorrir.

3 comentários:

  1. Parece que há um problema. Quando clico no link "Adriano Campos" sou redirecionado para a mesma página...

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  2. Caro Miguel Rocha,
    Obrigado por chamar à atenção para o problema no link, que já se encontra operacional.

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  3. Carlos Moedas, Passos Coelho e outros quejandos, aliás, não têm feito outra coisa senão rir-se de nós todos.
    Porém, com o caminho que as coisas estão a tomar penso que o fim dessa gente não vai ser bom. Tal é a raiva e o asco que essa canalha suscita á grande maioria dos cidadãos deste país.



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