terça-feira, 11 de janeiro de 2011
O candidato das privatizações
Cavaco veio defender a venda de activos como forma de financiamento do Estado. Obviamente, os exemplos oferecidos foram as privatizações de participações do estado em várias empresas estratégicas para a economia portuguesa. Uma estratégia que desconfio vai ser seguida pelo FMI em terras lusas.
No entanto, não percebo. Para quem tem tanto jeito a comprar e vender acções, é um pouco incompreensível a recomendação da venda de acções quando estas atingem mínimos históricos. Por outro lado, se detivéssemos um qualquer activo que estivesse a valorizar fortemente nos mercados internacionais... Sei lá, como o ouro, a recomendação de Cavaco faria mais sentido.
Mas, já sabemos, no ouro não se toca. Já nos bastou o D. João V. Além disso, o Dr. Salazar sempre foi um defensor da necessidade de acumular reservas de ouro para bem da prosperidade nacional que tão eficazmente soube promover...
Certeiro, excelente e rigoroso post ! Bem haj, Nuno.
ResponderEliminarA tal ponto que me permito deixar aqui três links que mais ajudarão os leitores a perceberem que nisto de privatizações Cavaco Silva é o único e exclusivo mau da fita.
http://tempodascerejas.blogspot.com/2010/03/programa-de-estabilidade-e-crescimento.html
http://tempodascerejas.blogspot.com/2009/10/nem-sempre-galinha-nem-sempre-sardinha.html
http://tempodascerejas.blogspot.com/2010/05/uma-notavel-intervencao.html
Tudo vai ficando mais claro, até o perfil do candidato Silva.
ResponderEliminarÀ segunda-feira “um Presidente deve ficar caladinho, recatado em Belém, não mostrar-se ostensivo para com os mercados, tão pouco falar ou mover qualquer influência para contrariar as profecias que nos querem atirar para os braços do FEF/FMI, pois não tem essa competência.”.
À terça-feira, um Presidente já tem competência para fazer recomendações, dizendo “que o país sempre pode vender os activos ao estrangeiro”, naquelas condições que são referidas pelo Nuno.
O homem que se julga pairar sobre a Política e que reclama a cátedra da Presidência, como se tivesse um dom, vai mostrando apenas um simulacro.
Ele e os do PSD +CDS, vão realizar o grande sonho- privatizar a CGD. Depois disso ficam descansados com o sector financeiro.
ResponderEliminarprivatizou uma rodoviária nacional extremamente deficitária que engolia por ano só em greves...
ResponderEliminarteve momentos felizes e infelizes
é cheio de si....é o zé mourinho da política
um tem como paixão um sector improdutivo
o outro não tem paixões
e ódespois
o sistema como estava também não funcionava
era tudo do estado o estado pagava
levava-se gasóleo dos tanques da rodoviária para os pópós
60 mil litros desviados numa semana em 1983...pois
só antigas instalações deo IROma e das estações de fruticultura e similares há 80 na margem sul com 670 hectares uns estão abandonados
ResponderEliminarnoutros
ninguém lá trabalha
os poucos gabinetes do ministério que existem estão cheios de gente que dizem não nos aborreça vá a Lisboa....
ter uma data de serviços que trocam circulares entre si
e propriedades abandonadas muito maiores que as de qualquer proprietário absentista?
aqui no burgo a câmara e o estado português tem 8000 fogos
no entanto alugam casas para gabinetes de serviços....
só em custos de manutenção ou falta dela escoam-se umas dezenas de milhares todas as semanas
se multiplicar por todas as cidades do país...enfim
provavelmente este é um tema a introduzir na agenda plítica: uma proposta de alienação de uma parte das reservas - 20% equivalente a dois mil milhões de euros - para amortizar a dívida pública e permitir tornar menos austeritária política seguida. As reservas de ouro nesta fase são como algumas células: têm capacidade de autoregeneração. Com as taxas actuais de valorização e menos de dois anos as reservas voltavam ao seu actual nível.
ResponderEliminarUm movimento em defesa da alienação de parte das reservas de ouro teria certamente muito apoio entre a população.
Boas.
ResponderEliminarFala-se tanto nas reservas de ouro, mas será que alguém sabe de facto quais as reais reservas existentes?
Será que não poderão já ter sido alienadas ou associadas a futuros?
Sinceramente, se fosse assim tão simples, todos os governos que se debateram com problemas de défice já teriam pensado nisso...!
Cumprimentos