Caro João, estou genericamente de acordo. Aliás, acho óptimo que se sublinhe que a opinião pública (condicionada pelos media, entenda-se, a opinião "pública" possível, em grande medida produzida pelos "engenheiros das almas" da indústria dos media, os quais permanecem no fundamental um sector "em boas mãos", ie, privado...) está a ser insistentemente brainwashed para se virar contra os bombeiros, isto é, contra os Estados. Mas é neste ponto que aparecem as minhas dúvidas. É verdade que não se pode fundar a retoma em crescimento export-driven em todos os lados simultaneamente - pelo que impõe, penso, uma redistribuição generalizada a favor dos mais pobres, mais fiscalidade progressiva, etc. Mas será que o facto de que supostamente "people became aware of the need for truly global governance" é uma boa coisa? É que a "globalização" constitui, como sabemos, sobretudo um enorme recurso retórico que serve para nos desculpabilizarmos por não fazermos nada à escala do estado-nação. Pelo menos, é isso que tem sido a "globalização real" (acredito que a "globalização potencial" possa ser algo de diverso...) E o que me parece precisarmos dos poderes públicos é, perdoe-me a franqueza, governo/government, e não governação/governance - a que o falecido Peter Gowan bravamente se referia algures como traduzindo sobretudo o "oleaginous jargon of the day"... A "governação global" é, creio, apenas mais uma pobre desculpa, um sucedâneo, um "ópio de intelectuais" - enfim, chame-se-lhe o que se quiser (a ideia, em todo o caso, parece-me clara). Mas pode ser que eu me engane, como é evidente...
gosto mesmo do Fitoussi. no "Le Débat interdit" , o meu ainda mais querido Maquiável encontra um campo mesmo à medida para explanar a sua grelhazinha de análise aplicável hoje e há 500 anos : um ciclo eterno de ordem-desordem-ordem e que os crédulos ( sexo masculino , of course , cristo , marxs e super homem , ele é sempre uns hérois , arquétipos almejados tão cheios de poderes e ideias xpto ) no bom selvagem teiomam em perpetuar.
Estou de acordo com a Maria(vá ela com alguém ou não)nós do dito sexo forte somos idiotas há milhares de anos pois para o bem e para o mal somos sempre os primeiros(ou os únicos?)na linha da frente a dar o corpo às balas em nome de outros homens?ou deuses? (Sem esquecer que todos os Napoleões tiveram suas Josefinas) No entanto gostava de ver realmente as mulheres a assumir a responsabilidade e a construir(em todos os sentidos) um mundo melhor? que este em que os idiotas continuam a dar o corpo às balas. Ou então outro igual ou pior em que no mundo ocidental as mulheres ocupassem os trabalhos pesados,obras etc,e fossem elas para as guerras enquanto os homens ficassem a passear o seu orgulho e a fazer compras com os cartões de crédito das esposas,mas enfim...talvez sejamos mesmo idiotas!?
Caro João, estou genericamente de acordo. Aliás, acho óptimo que se sublinhe que a opinião pública (condicionada pelos media, entenda-se, a opinião "pública" possível, em grande medida produzida pelos "engenheiros das almas" da indústria dos media, os quais permanecem no fundamental um sector "em boas mãos", ie, privado...) está a ser insistentemente brainwashed para se virar contra os bombeiros, isto é, contra os Estados.
ResponderEliminarMas é neste ponto que aparecem as minhas dúvidas. É verdade que não se pode fundar a retoma em crescimento export-driven em todos os lados simultaneamente - pelo que impõe, penso, uma redistribuição generalizada a favor dos mais pobres, mais fiscalidade progressiva, etc.
Mas será que o facto de que
supostamente "people became aware of the need for truly global governance" é uma boa coisa?
É que a "globalização" constitui, como sabemos, sobretudo um enorme recurso retórico que serve para nos desculpabilizarmos por não fazermos nada à escala do estado-nação. Pelo menos, é isso que tem sido a "globalização real" (acredito que a "globalização potencial" possa ser algo de diverso...)
E o que me parece precisarmos dos poderes públicos é, perdoe-me a franqueza, governo/government, e não governação/governance - a que o falecido Peter Gowan bravamente se referia algures como traduzindo sobretudo o "oleaginous jargon of the day"...
A "governação global" é, creio, apenas mais uma pobre desculpa, um sucedâneo, um "ópio de intelectuais" - enfim, chame-se-lhe o que se quiser (a ideia, em todo o caso, parece-me clara).
Mas pode ser que eu me engane, como é evidente...
gosto mesmo do Fitoussi.
ResponderEliminarno "Le Débat interdit" , o meu ainda mais querido Maquiável encontra um campo mesmo à medida para explanar a sua grelhazinha de análise aplicável hoje e há 500 anos : um ciclo eterno de ordem-desordem-ordem e que os crédulos ( sexo masculino , of course , cristo , marxs e super homem , ele é sempre uns hérois , arquétipos almejados tão cheios de poderes e ideias xpto ) no bom selvagem teiomam em perpetuar.
já agora :e quem diz cristo , diz ronaldo ou mourinhos. a isso chega a idiotice do sexo forte.
ResponderEliminarEstou de acordo com a Maria(vá ela com alguém ou não)nós do dito sexo forte somos idiotas há milhares de anos pois para o bem e para o mal somos sempre os primeiros(ou os únicos?)na linha da frente a dar o corpo às balas em nome de outros homens?ou deuses?
ResponderEliminar(Sem esquecer que todos os Napoleões tiveram suas Josefinas)
No entanto gostava de ver realmente as mulheres a assumir a responsabilidade e a construir(em todos os sentidos) um mundo melhor? que este em que os idiotas continuam a dar o corpo às balas.
Ou então outro igual ou pior em que no mundo ocidental as mulheres ocupassem os trabalhos pesados,obras etc,e fossem elas para as guerras enquanto os homens ficassem a passear o seu orgulho e a fazer compras com os cartões de crédito das esposas,mas enfim...talvez sejamos mesmo idiotas!?
I o Jornal I ainda este fim de semana nos efereceu a opinião de alguns desses procuradores
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