segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Os dogmas e dilemas que podem destruir a UE
A economia alemã pode contrair-se pelo menos 5% este ano. O seu modelo assente na compressão dos salários e nas exportações desfez-se no ar. A UE pagou um preço elevado pelo seu domínio. Até há pouco tempo a Alemanha era o bastião anti-keynesiano na Europa. Vale a pena relembrar o que Paul Krugman escreveu sobre as irresponsáveis posições do ministro das finanças alemão em matéria de política económica. É membro do SPD vejam lá. A desorientação da social democracia em todo o seu esplendor. Tornaram-se adeptos convictos da macroeconomia ortodoxa. As classes trabalhadoras que se amanhem. De Berlim a Lisboa. Encerraram a UE num somatório de dilemas que bloqueia uma resposta à espiral depressiva. Até há pouco tempo, o ministro Luís Amado andava mais preocupado com os condicionamentos ao mercado. Parece que acordou para as virtudes da coordenação política. Tarde de mais. Agora está tudo em causa. Tudo. As ideias têm sempre consequências. Sempre. Entretanto, o desemprego registou um aumento vertiginoso. Uma parte substancial destes novos desempregados não vai ter acesso ao subsídio de desemprego. É o que acontece quando se eleva o «vão mas é trabalhar malandros» à categoria de política pública…
Estou intermitentemente desempregado desde que o Chico-Esperto ascendeu ao Poder em Portugal. Desde o primeiro momento só aspereza, punição e perseguição ao cidadão comum, colocado no dilema da exploração do trabalho como forma de exploração e desumanização e o desemprego como forma endémica de viver vegetanto os parcos e emagrecidos subsídios.
ResponderEliminar«É o que acontece quando se eleva o «vão mas é trabalhar malandros» à categoria de política pública…». Em última análise, o boomerangue de esta política está prestes a abater-se cortante aos praticantes de essa mesma política-que-falha.