domingo, 7 de outubro de 2007

Com amigos destes a integração europeia nem precisa de inimigos

O Pedro Sales diz o essencial sobre o esforço em curso para impedir o escrutínio democrático do novo tratado europeu. Tratado que, apesar de alguns retoques de pormenor, mantém a arquitectura do governo económico europeu que tem trancado a Europa numa perniciosa trajectória neoliberal. Tem por isso razão o historiador Perry Anderson quando argumenta que o arranjo não democrático em que a UE tem assentado, e vai continuar a assentar, realiza o sonho de Hayek: um grande mercado supervisionado por um poder político que os cidadão não controlam. O que me espanta é que haja gente à esquerda que não percebe para onde estes utópicos vanguardismos liberais nos podem levar.

1 comentário:

  1. Uma ratificação sem referendo será (e há-de ser infelizmente) o fim de "democracia" em "Democracia Liberal". É o culminar de uma tendência redutora (e progressivamente mais redutora) da noção de democracia.
    Um estado que não controle a economia, mas que controle o "seu povo" para ela poder "ser feliz" é um estado desprovido de fundamentos morais e éticos...

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