A economia moral, desenvolvida neste excelente texto de Andrew Sayer, assenta na ideia de que as normas e os sentimentos morais dos indivíduos influenciam necessariamente as dinâmicas do sistema económico, qualquer que ele seja, e que este por sua vez tem também impacto na forma como essas normas e sentimentos evoluem. Parece razoável. Já Adam Smith, bem interpretado por Sayer, pensava o mesmo. Pena que haja muita gente, à esquerda e à direita, incapaz de reconhecer isto. A ideia de que a economia assenta numa qualquer mecânica que nos transcende é mesmo difícil de erradicar.
Sendo a economia um fenómeno social, tem de ser obrigatoriamente moral. O ultraliberalismo é associal e portanto amoral. Como tal, não pode reivindicar qualquer assentimento da sociedade. Quem lhe garante a posse da propriedade? O conceito de posse é apenas uma convenção social.
ResponderEliminarPor outro lado, num mundo cada vez mais monopolista, onde é que estão os free markets de Hayek?