sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O governo é parte do problema

«Ao contrário do que tinha sido previsto pelo Governo, o investimento público vai voltar a cair este ano, constituindo uma das principais ajudas para a concretização do objectivo de redução do défice». Parece que o investimento público vai atingir o «nível mais baixo em trinta anos». «Há mais vida para além do défice?».

Com este governo parece que não. As suas opções neoliberais, traduzidas na obsessão infundada com o equilíbrio das contas públicas como fim último da política económica, contribuem mais uma vez para a estagnação da procura agregada. Discursos vazios para «dar confiança aos mercados», com o governo reduzido a uma espécie de claque do sector privado, é tudo o que parece restar. Isto não tinha que ser assim.

6 comentários:

  1. Com Socialistas destes quem precisa de Liberais?

    Por isso o PSD e o CDS estão como estão...

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  2. João,

    Mas não há obcessão com o défice.

    Dinheiro para falcatruas, amigalhaços e afins não falta...

    É só música de violino...

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  3. Dicotomia do Ladrão de Bicicletas:

    Investimento Público bom.
    Investimento Privado mau.

    Simples! Mas se fundamentasse seria melhor.

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  4. Caro Tarzan,

    Onde é que eu escrevi isso? Será que custa assim tanto perceber que quando o investimento privado está atrofiado o sector público tem que dar uma ajuda? Será que custa tanto perceber que o país ainda tem carências ao nível das infra-estruturas públicas materiais e imateriais que têm de ser colmatadas pelo Estado?

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  5. «Onde é que eu escrevi isso?»

    É o que se "espreme" deste post e de muitos anteriores.

    Público bom: «Parece que o investimento público vai atingir o «nível mais baixo em trinta anos». «Há mais vida para além do défice?». Com este governo parece que não.»

    Privado mau: «governo reduzido a uma espécie de claque do sector privado»

    Dizer que o sector privado precisa de uma ajuda do sector público é passar um atestado de incompetência ao primeiro.

    Como sabe, desconfio do sector público quanto à sua competência am actividades produtivas. Não defendo a sua extinção. Uma sociedade liberal precisa de um Estado e precisa de autoridade. Precisa de um Estado como árbito não como jogador. Mas cabem-lhe, sem dúvida algumas funções sociais desde que não seja em regime de exclusividade.

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  6. Caro João Rodrigues,

    O governo reduz o défice com o aumento da carga fiscal, como imagino que deve saber. Classificar as opções deste governo como neo-liberais só cola por comparação com outros anteriores. Quando vemos a justificação, não ideológica, pelo contrário de salvar os dedos e vender os aneis...lembra-mo-nos que antes de mais são socialistas de velha escola. Da escola pragmática, consequência de anos no poder.

    Entretanto, post provocatório em comentário aqui:

    http://small-brother.blogspot.com/2007/10/dislexia-socialista-moderna.html

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