George Monbiot descreve, na sua
coluna no
The Guardian, alguns dos principais marcos históricos da construção da actual hegemonia das ideias neoliberais. Se queremos compreender as crises, o endividamento maciço das classes trabalhadoras ou o extraordinário aumento das desigualdades na generalidade dos países é por aqui que devemos começar. O seu argumento inspira-se neste excelente livro de
David Harvey, geógrafo e economista político.
Eu concordo na generalidade com o texto do Monbiot.
ResponderEliminarQuando tive os meus primeiros encontros com as teorias gramscianas da hegemonia, relacionei-as com o advento e a manutenção do neoliberalismo enquanto paradigma dominante no plano internacional.
Essa abordagem tornou-me um bocado céptico em relação a todas estas teorias que envolvam cabalas ou conspirações de uma magnitude da que o Monbiot (e provavelmente o Harvey) propõem.
Sem negar a existência de interesses convergentes entre membros os grandes responsáveis pela economia mundial, não acham que estas teses que envolvem cabalas deixam sempre um bocado a desejar?
Parece que tomam os restantes intervenientes como amorfos.
Concordo contigo canetas. Acho apenas que interpretei o texto do Monbiot de forma diferente. É verdade que ele usa a expressão cabala no resumo do texto, mas no texto propriamente dito ele ilustra alguns dos mais importantes mecanismos da actual hegemonia neoliberal. Sem cabalas.
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