«Há cada vez mais pessoas a transitarem de empregos efectivos para situações de contrato a prazo, com necessidade de manter dois empregos, mais recibos verdes e mais empregos a tempo parcial. Tudo sinais que apontam para uma ‘flexibilidade informal’ sem paralelo nos últimos dez anos, e que contraria a ideia de que o mercado laboral é demasiado rígido». Luís Ribeiro fez as contas no Diário Económico.
Pois é. São cada vez mais aqueles que sentem os efeitos nefastos da instituição da «ficção grosseira» que transforma a força de trabalho em mercadoria descartável. O liberalismo em todo o seu esplendor portanto. E, no entanto, como afirma surpreendentemente Miguel Beleza (sim leram bem Miguel Beleza!), a precariedade ao criar um horizonte inseguro de curto prazo tende a desincentivar a formação e aquisição de competências por parte dos trabalhadores. Em suma, a precariedade desqualifica.
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