terça-feira, 28 de agosto de 2007

A China e a crise


No presente período de sobressalto nos mercados financeiros, a China afirma-se como um garante da estabilidade da economia internacional. Não é só o seu continuado crescimento recorde que garante a sanidade mental dos investidores globais. Graças a uma regulação muito apertada dos mercados financeiros, pelo menos dois mecanismos mantêm a China fora da recente instabilidade e tranquilizam os mercados financeiros internacionais. Por um lado, o câmbio fixo sobre a moeda (fixado pelo Banco Central), ao manter as exportações competitivas, permite a este país acumular reservas astronómicas que, por sua vez, asseguram a procura dos títulos de tesouro norte-americanos e financiam o enorme défice exterior dos E.U.A. Por outro lado, os mercados de acções só parcialmente estão abertos aos investidores estrangeiros. Num período de crise, este país não corre o risco de assistir a uma fuga desenfreada de capitais especulativos. Assim, segundo a The Economist, as acções não transaccionáveis por estrangeiros valorizaram-se 20% nas últimas quatro semanas, ao mesmo tempo que os mercados bolsistas se afundavam um pouco por todo o lado. A «grande muralha» da regulação financeira mostrou-se, mais uma vez, eficaz.

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