Embora a ciência económica seja a menos plural das ciências sociais, continua a existir hoje uma série de abordagens que procuram desafiar a ortodoxia dominante e os seus vários enviesamentos.
Abordagens que muito enriquecem o nosso conhecimento da realidade económica e social: a economia institucionalista e o papel das instituições como marcos para acção individual e colectiva em economia; a economia política radical e as questões dos mecanismos de apropriação do excedente e da luta de classes; a economia feminista e o impacto das questões de género na economia; a escola da regulação e as grandes periodizações da evolução histórica do capitalismo; a economia das convenções e o papel das normas sociais na actividade económica; a economia evolucionista e a importância da inovação, dos desequilíbrios e da variedade nos sistemas económicos; a economia política internacional e a verdadeira natureza dos processos de integração económica; certos desenvolvimentos na economia comportamental e experimental e a acumulação de evidência que põe em causa a relevância do modelo do homem económico racional; a economia pós-keynesiana e o papel da incerteza radical, da turbulência dos mercados financeiros, da liquidez ou dos défices sistemáticos na procura agregada em capitalismo; a economia social e o papel da justiça, da dignidade e dos valores na acção económica.
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