Nos hemos negado a limpiar un Zara, estamos aquí para ayudar a la gente. no entendemos como, estando tantos pueblos llenos de fango y siendo tantas las personas de Alfafar, Sedaví y otras localidades que necesitan ayuda para sacar sus enseres se les ha ocurrido la idea de traernos a limpiar a un centro comercial.
Desculpai, o excerto da notícia tão reveladora fica numa das línguas dos nossos irmãos.
Seguindo Thorstein Veblen (1857-1929), economista institucionalista original norte-americano, o instinto predador, que tem livre curso no capitalismo, parasita e corrói o instinto cooperativo, o instinto do trabalho bem feito (workmanship), com utilidade social, que nasce e floresce em comunidade.
Todos temos a obrigação de saber que as motivações humanas estão muito para lá da visão esquálida do homo economicus, pensada por alguns economistas para naturalizar a tal predação.
Saibamos, crença inabalável na evolução humana, que as pessoas fazem o melhor de que são capazes nas circunstâncias que são as suas, sendo o dever da ação coletiva humanizar circunstâncias e desenvolver potencialidades, consolidar e educar os nossos melhores instintos.
O pessimismo desesperançado de muitos intelectuais progressistas sobre o povo corre o risco de favorecer inadvertidamente os predadores, do rentismo fundiário à alta finança.
Diz que há um efeito nocebo, a desesperança deixa o campo livre, apoucando tanto que ainda funciona e resiste. Saibamos então visibilizar e acarinhar a generosidade. É mais decisiva do que tantos se acostumaram a pensar. Olhar, ver e reparar, nos dois sentidos imediatos e talvez ligados desta palavra.
De resto, como nos ensinou Veblen, as instituições são “hábitos de pensamento”. Não nos habituemos então à predação, antes à cooperação. É que temos mesmo de a acalentar institucionalmente, se quisermos sobreviver e florescer.
1 comentário:
Essa predação é habitualmente chamada, na novilíngua do homo economicus, de competição; que, curiosamente, mas não por acaso, é o antónimo mais natural de cooperação.
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