Qual dos dois gráficos explica o outro?
1) O desemprego está a cair porque os salários estão a baixar? Menores encargos salariais e de despedimento aumentam a margem das empresas para contratar mais mão-de-obra de baixos salários. E, por isso, deve adoptar-se todos os dispositivos legais que impeçam os salários de subir;
2) Ou os salários estão a cair porque o desemprego nunca atingiu tanta gente? Ainda há um milhão de pessoas por empregar. Isto sem contar com a emigração. E isso quer dizer que os salários apenas subirão quando se absorver este desemprego crónico, que se prolonga há década e meia, reduzindo o potencial económico de Portugal, degradando as suas contas orçamentais e da Segurança Social e contaminando o nosso futuro ao empurrar para fora jovens especializados que apenas encontram empregos de baixos salários.
Claro que o aumento da margem de exploração das empresas contribui para um maior investimento. Mas essa subida até poderia ser maior se os trabalhadores fossem escravos.
Ou seja, por alguma razão essa não é uma opção aceitável: há limites à lógica de redução das condições laborais. Mas nesse caso, até onde se está disposto a prescindir de civilização? Será pois vantajoso - porque já nem se fala de justiça - que o emprego cresça, mas os salários desçam, em vez de subir? Como é possível que, mesmo numa conjuntura de recuperação, os trabalhadores não ganhem com isso? Como é possível viver sem revolta a velha máxima "é melhor ter um emprego mal pago do que estar no desemprego", que cria um falso dilema: coloca em cada trabalhador o fardo da responsabilidade, da culpa e do dever submisso, deixando incólume os excedentes das empresas e o papel das empresas em sociedade. E do Estado.
A precariedade contamina cada vez mais os ditos trabalhadores "protegidos", fragilizando vínculos contratuais, mesmo para os contratos permanentes de quem já tenha emprego, reduzindo salários, degradando vidas, envelhecendo populações por incapacidade desta de se rejuvenescer, ou de se renovar.
Isso só acontece porque se abraçou há décadas uma lógica que defende "quem cria emprego são as empresas". E essa lógica aceita - e a palavra é mesmo essa - que haja ainda um milhão de desempregados a exercer uma efectiva pressão sobre os assalariados.
Como é possível que um conceito que é uma degradação social, tenha uma forma de expressão tão civilizada, sem que as campainhas toquem?
É possível porque tudo foi propositado. Tudo foi pensado para ter este efeito. Vem da teoria seguida. Uma teoria errada.
As medidas de legislação laboral que têm vindo a ser progressivamente adoptadas - e que tiveram o seu ponto mais alto em 2012 - visaram desvalorizar os salários e aumentar a competitividade externa num contexto de uma moeda única, tal como pediram sempre o FMI e a Comissão Europeia. E os salários desvalorizaram.
E isso foi possível porque o desemprego (em sentido lato) não parou de subir, fruto das medidas recessivas. Mesmo que não comparáveis estatisticamente com os anos anteriores a 2011, atingiu quase 1,5 milhões de pessoas em 2013! Vítor Gaspar fugiu a 1/7/1013. Paulo Portas também quis a 2/7/2013, mas foi forçado a voltar. Desde então e por razões que importaria desenvolver, a situação inverteu-se. Mas não suficientemente. E resta saber se alguma vez recuperará o nível de 2008.
Estas medidas tiveram um outro objectivo não colateral: quebrar o poder sindical. Fosse pela asfixia financeira, fosse pela retracção do seu poder através da contratação colectiva. Isto poderá parecer uma má-fé, mas faz parte integrante da teoria neo-clássica: reduzir ao máximo os atritos que impeçam o "preço" do salário de se fixar no nível de equilíbrio da oferta e da procura (ver artigo do Diogo Martins no Livro dos autores do Ladrões de Bicicletas, "Economia com todos", Relógio de Água, 2017). Se a procura de trabalho é muita, a oferta pode reduzir o seu "preço".
A desvalorização do Trabalho é uma política que auto-gera desvalorização: ao ser uma medida recessiva, impede o emprego de crescer e mantém um certo nível de desemprego que impede os salários de subir.
1) Se estão desempregados, dificilmente recuperarão a sua vida social anterior. Quem olhar para esse desempregado numa entrevista, verá um ser humano subjugado, quebrado no seu orgulho, na sua auto-estima, pronto a quase tudo. E cada dia que passar é mais um dia que tornará mais difícil o seu regresso à integração social. Esta é uma sociedade doente.
Era forçoso recolher relatos dessa vida doente, para que todos nos apercebamos onde estamos metidos.
2) Se estão empregados, a sombra do desemprego fá-los aceitar condições contratuais mais degradantes, os prazos mais apertados para cumprir tarefas permanentes, os contratos mais temporários, as transferências entre empresas que o Código fo Trabalho permite, os trabalhos qualificados pelo salário de um indiferenciado, estágios rotativos como forma de baixar salários e, na realidade, gerando conflitos entre trabalhadores para apanhar o posto diário no lodo do cais.
O racional da política seguida favorece a exploração desenfreada. E as suas consequências desastrosas vão ao encontro de uma certa agenda, não nacional.
A desvalorização do Trabalho divide a esquerda nacional (e isso interessa à filosofia dominante europeia), prejudica o equilíbrio da Segurança Social (facilitando agendas a sua privatização fomentada pela UE), força a emigração de mão-de-obra qualificada para o centro europeu (que nada pagou para a sua formação), acaba por reduzir o crescimento económico possível e isso mantém a economia portuguesa sob uma trela de dependência externa.
A precariedade é, pois, uma manifestação de exploração humana que prejudica a vida das pessoas e do país, é uma política económica que prejudica o interesse nacional. E por isso, em nome do interesse nacional, era forçoso mudar os dispositivos legais que engendram esta espiral doentia.
56 comentários:
Mais um grande contributo João Ramos de Almeida!
É necessário continuar, neoliberalismo, e miséria a que nos condena, não são uma fatalidade!
A precaridade é o estado natural dos negócios; porque haveriam os empregos de estarem isentos de precaridade.
A média salarial baixa?
Se o aumento do emprego é maioritariamente para satisfazer:
- o consumo (de turistas sazonais por uma boa parte)
- empresas em recuperação, descapitalizadas, mal financiadas e estupidamente tributadas
estão à espera de quê?
Uma excelente posta.
E há "pedaços"excelentes:
-"É possível porque tudo foi propositado".
-"As medidas de legislação laboral que têm vindo a ser progressivamente adoptadas - e que tiveram o seu ponto mais alto em 2012 - visaram desvalorizar os salários e aumentar a competitividade externa num contexto de uma moeda única, tal como pediram sempre o FMI e a Comissão Europeia. E os salários desvalorizaram.
-"atingiu quase 1,5 milhões de pessoas em 2013! Vítor Gaspar fugiu a 1/7/1013. Paulo Portas também quis a 2/7/2013, mas foi forçado a voltar".
-"reduzir ao máximo os atritos que impeçam o "preço" do salário de se fixar no nível de equilíbrio da oferta e da procura"
-"A desvalorização do Trabalho é uma política que auto-gera desvalorização: ao ser uma medida recessiva, impede o emprego de crescer e mantém um certo nível de desemprego que impede os salários de subir"
-"A desvalorização do Trabalho divide a esquerda nacional (e isso interessa à filosofia dominante europeia), prejudica o equilíbrio da Segurança Social (facilitando agendas a sua privatização fomentada pela UE), força a emigração de mão-de-obra qualificada para o centro europeu (que nada pagou para a sua formação), acaba por reduzir o crescimento económico possível e isso mantém a economia portuguesa sob uma trela de dependência externa".
-"A precariedade é, pois, uma manifestação de exploração humana que prejudica a vida das pessoas e do país, é uma política económica que prejudica o interesse nacional."
Caro João Ramos de Almeida,
O seu artigo toca num ponto muito importante e que para mim é fundamental: a precariadade das relações laborais em Portugal.
Na minha opinião este devia ser uma das prioridades de um governo de esquerda, em vez da reposição de rendimentos de funcionários públicos e pensionistas. Na minha opinião que ficou desempregado durante a crise e não consegue arranjar emprego, ou o emprego que conseguiu arranjar tem condições muito inferiores às do emprego antes da crise acho que é bem mais merecedor de apoio do que os funcionários publicos que tiveram sempre a sua remuneração assegurada, com cortes quando muito de 10-15%. Estas pessoas que foram despedidas tiveram cortes de 100% e na minha opinião deviam ser prioritário o seu apoio.
Medidas que deveriam ser tomadas por um governo de esquerda:
- regulamentação do trabalho temporário. Há imensos casos em que o trabalho temporário é utilizado para fazer face a uma necessidade permanente ou sazonal. Na minha opinião as empresas de trabalho temporário deveriam ter muito mais obrigações perante os seu trabalhadores em vez de se limitarem a receber uma comissão sem praticamente terem nenhum obrigação laboral.
- regulamentação das empresas unipessoais. Mais uma vez é um subterfúgio utilizado para fugir ao contrato de trabalho normal. Deveriam haver fiscalizações recorrentes sobre empresas que têm um grande numero de trabalhadores com contratos deste tipo como por exemplo as imobiliárias.
"1) Se estão desempregados"
Meu caro conheço muitos desempregados que estão bem, vivem em casa dos pais, comem, bebem, passam férias, há dinheiro para tabaco e café. Alguns nunca estudaram e querem um emprego de 850Euros limpos com fins de semana e horário das 9h às 18h. Entrevistas de emprego são vistas como será ou não "um bom tacho". Enquanto não aparece nada aproveitam o Verão e no Inverno aproveitam o futebol. Um dia vão ter 40anos e depois lá terão que se sujeitar a salários de exploração e ao patrão mauzinho que nunca fez nada pela vida dele e só quer ganhar dinheiro.
O conceito do desempregado explorado é tão importante como o conceito do desempregado que se está a borrifar porque pura e simplesmente não precisa ou não quer.
Estamos à espera não.
Estamos a lutar para mudar este estado de coisas.
Já agora...
"...para apanhar o posto diário no lodo do cais".
Uma muito oportuna piscadela cinéfila
"A revolução tecnológica, o impacto no emprego e na repartição da riqueza criada"
"No período 2007/2016, mesmo antes do nosso país ter sofrido um forte impacto da revolução tecnológica (ela ainda está no início, em Portugal ela está a dar ainda apenas os primeiros passos), verificou-se uma profunda reestruturação do mercado do emprego com consequências dramáticas para determinados grupos da população.
Alguns dados do INE sobre o que sucedeu nos últimos anos em Portugal para se tornar claro o que se verificou, já que passou despercebido a muitos portugueses:
- Entre 2007 e 2016, foram destruídos, em Portugal, 546,5 mil postos de trabalho (o emprego passou de 5,15 milhões para 4,60 milhões), mas não foi só isso.
- Se a análise for feita por níveis de escolaridade a conclusão que se tira é que, entre 2007 e 2016, a destruição de emprego atingiu quase exclusivamente o emprego ocupado por trabalhadores com o nível de escolaridade até ao 3º ciclo do ensino básico, cujo número de empregos diminuiu em 1,4 milhões , tendo a maior parte deles sido excluídos definitivamente do mercado de trabalho;
- Uma parte destes empregos foram ocupados por trabalhadores com o ensino secundário (o emprego destes aumentou, neste período, em 405,5 mil) e com o ensino superior (+ 462,8 mil), muitos deles a receber salários muito baixos;
(...)
Se a análise for feita por profissões , conclui-se que, entre 2007 e 2016,:
- O emprego de "Especialistas intelectuais e científicos" aumentou em 384,5 mil, mas foi inferior ao aumento do emprego de trabalhadores com o ensino superior que aumentou em 462,8 mil neste período;
(...)
- O emprego de "Operários" reduziu-se quase para metade, pois diminuiu em 439,2 mil (entre 2007 e 2016, passou de 1,02 milhões para 581,6 mil).
(...)
Contrariamente ao que muitos podem pensar, o desemprego tecnológico é uma ameaça real, motivado por um desajustamento entre as competências dos trabalhadores e as exigências determinadas pelo rápido desenvolvimento tecnológico.
As crises agravam todo este processo, de que é exemplo a destruição em Portugal, entre 2007 e 2016, de 1,4 milhões de empregos ocupados por trabalhadores de baixa escolaridade e de quase metade do operariado.
(...)
Em Singapura, o metro já funciona sem maquinistas.
No Japão já existem restaurantes onde os empregados de mesa foram eliminados.
O WATSON, um computador da IBM, instalado num hospital oncológico do Texas, já faz diagnósticos que ajudam os médicos a decidir.
Muitos artigos de grandes revistas já são "escritos" por computadores.
Milhões de robôs já existem no mundo e o seu crescimento é exponencial.
Num interessante estudo publicado na Harvard Business Review em 12 Abril de 2017 por três investigadores com o titulo esclarecedor "Os países mais e menos afetados pela automação" concluíram que "Atualmente, cerca de metade das atividades remuneradas na economia global têm o potencial de serem automatizadas por tecnologia já existente"
(...)
Segundo o FMI, desde 1980, tem-se verificado que a participação dos rendimentos do Trabalho no Rendimento nacional tem diminuído (em Portugal, entre 2002 e 2016, diminuiu de 38,7% do PIB para 34,2% do PIB).
E que "se estima que nas economias avançadas , aproximadamente METADE da diminuição da participação dos rendimento do Trabalho no Rendimento Nacional pode-se atribuir ao impacto da tecnologia".
A globalização contribui para a redução com um valor que é "METADE do da tecnologia".
E "juntas, a tecnologia e integração mundial explicam cerca de 75% da diminuição da participação do Trabalho no Rendimento Nacional da Alemanha e Itália, e cerca de 50% nos Estados Unidos".
(...)
A revolução tecnológica é IRREVERSÍVEL, o que não é inevitável é que ela se faça dominada pelas leis do mercado capitalista, nomeadamente a caça ao lucro, como os defensores do capitalismo pretendem fazer crer."
De Eugénio Rosa
"em vez da reposição de rendimentos de funcionários públicos e pensionistas"
Rendimentos? Mas ó Rui o senhor não sabe o que diz.
Não foram rendimentos. Foi acabar com o roubo perpetrado pela troika e pelos neoliberais.
Sabe o que é roubo , não sabe?
E também sabe o que diz JRA sobre esta frase de trampa?
"é melhor ter um emprego mal pago do que estar no desemprego"
Quanto ao governo de esquerda...esperamos lá chegar. Quando o PS também assumir de corpo inteiro que o é. Ou forçarmos o PS a sê-lo
José,
Acho que muito podia ser feito contra a precariedade tanto em termos fiscais como regulamentares.
Gostava também de ver medidas como "Emprego Mínimo Garantido" a entrarem no debate político em vez do Rendimento Mínimo Garantido.
Muito pobre, paupérrimo o comentário de um habitual perito patronal para os assuntos laborais( segundo o próprio)
O que atesta duas coisas:
- que o patronato gosta mesmo muito da precariedade laboral. E os motivos para tal estão expostos no excelente artigo do João
- que o referido artigo é demolidor e mais não resta do que "isto" que ali se lê em cima
Sobre o conteúdo do comentário dum nickname Jose:
É extraordinário que se avance com um argumento do tipo:
"A precaridade é o estado natural dos negócios"
Também o é da máfia. E ninguém defende nem a precariedade nem recomenda a máfia com base nessa atoarda
Mas confundir a "precariedade dos trabalhadores" com os negócios e as negociatas dos homens de negócios é de cabo de esquadra.
Segundo uma definição do Jose" o que caracteriza um homem de negócios (é) aproveitar as oportunidades; e não ser honesto ao ponto de não ignorar a desonestidade alheia".
Ou seja, admite-se o homem de negócios como um vigarista assumidamente desonesto, um chico-esperto com o patuá da (auto) desculpabilização para as trafulhices que faz. E com a bênção de quem se julga mandatado, sabe-se lá que por força divina, para agir dessa forma
Um trabalhador é apenas alguém que vive da venda do seu trabalho
Entretanto dizem-nos os factos que a precariedade recai no mundo do trabalho e em menor grau no mundo dos pequenos empresários.
Para os grandes, para os oligo-monopolistas, para tipos como Mexia e congéneres, isso já não é bem assim. Que diacho, lidam com milhões, porque diacho não hão-de ganhar um milhão ou mais?
Será isso que chamarão de precariedade com classe?
Se bem que há uma outra hipótese. Regra geral a corrupção que corrói a nossa sociedade e o poder económico nas suas ligações com o poder político que controla fica impune.
Com raríssimas excepções.
Será o receio de fazerem parte dessas raríssimas excepções, de serem apanhados nas malhas da justiça, que permite falar em precariedade nos negócios? A lembrar a excepção que constituiu o Oliveira e Costa?
Só uma sociedade doente e que não vale a pena pode potenciar o poder dos mais fortes e destituir os mais fracos. A injustiça e a exploração torna o lugar onde vivemos um sitio degradante. É realmente perturbador o facto de se ter como normal a subjugação das pessoas numa das principais dimensões das suas vidas. Neste modelo social e económico as pessoas são totalmente instrumentalizadas e instrumentalizáveis, os que estão numa posição desvantajosa não são dignos de ter ideias, vontades ou mesmo sonhos. É isto que nos tem para oferecer esta época de civilidade.
Este é um país onde a comunada e a estupidez dos políticos estabeleceu 'a doutrina dos tadinhos'.
Até os sindicatos são tadinhos dependentes de decretos do governo e atados a partidos.
Os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados, na mais idiota das inferências dos horrores do capitalismo.
Uma cambada de choramingas que minam a força dos trabalhadores de conta alheia e os transformam em mansos serventuários de inexistentes seguranças.
Más empresas com bons trabalhadores e boas empresas que não os têm é o resultado de ter gente que não 'arrisca' fazer valer o seu trabalho.
Por isso mesmo, caro anónimo de 4 de Agosto às 02:23, temos que lutar por um outro modelo de sociedade.
Porque ou mudamos este estado de coisas ou é a barbárie que regressa
Lá está você com a dureza dos números e a sua rigidez matemática. A malta não quer ler isso. A malta, são como os porcos capitalistas na maximização do lucro, querem fazer o mínimo possível, de preferência não trabalhar, e ganhar o máximo possível, de preferência do pai-estado. Essa correlação estatística que evidencia entre aumento de emprego e baixa de salários, só pode ter sido martelada por um emissário de Christine Lagarde. Ah, e já que é tão rigoroso com os números e os dados, não quer por acaso fazer também um gráfico do emprego no antes e depois da reforma laboral feita pelos neoliberais do governo anterior? A bem da verdade!
A precaridade é um termo relativo que compara com a rigidez laboral dos funcionários públicos. Na lógica de alguns, qualquer pessoa que não tenha os garantismos legais de um funcionário público do quadro, é um precário. Mas a precariedade é o resultado da economia débil e de uma enorme rigidez laboral, que faz com que tenhamos um sistema dual: os inamovíveis façam o que fizerem, e a selva laboral. No Reino Unido, a lei laboral é muito mais liberal que em Portugal, e os salários muito mais altos. Existe uma correlação estatística inversa entre rigidez laboral e baixos salários. Basta ver os dados da OCDE
"A malta não quer ler isso" diz axiomático um nickname Aónio.
Pode-se dizer a este Aónio que ele está confundido. Isto aqui não é propriamente um antro de patetas nem um blog manhoso desses que pululam aí na blogosfera e que alimentam o ideário ideológico neoliberal.
Pelo que essa estória do porco parece mais parida num dos seus sítios de predilecção. Se quer ou não fazer o mínimo possível, de preferência não trabalhar, e ganhar o máximo possível, de preferência do pai-estado isso é do domínio sobretudo da sua esfera pessoal. Embora tenhamos que pedir contas a quem vive à custa do erário publico, que como se sabe tem sido sempre a muleta da nossa classe empresarial.
Atrevo-me a questionar se esse paleio que apresenta não terá sido martelado por um emissário de Christine Lagarde?
Quiçá o próprio Aónio?
Quanto à relatividade do termo "precariedade" vá perguntar a quem é precário que esse logo lhe coloca os pontos nos is no seu dicionário pessoal.
A menos que o Aónio tenha o mesmo conceito que um fulano de nickname Jose Manuel e pense que esta questão se aplica aos pouquíssimos elementos das nossas elites apanhados de tal forma com a mão na massa que viram limitada a sua liberdade de saque e pilhagem?
"A malta não quer ler isso" diz axiomático um nickname Aónio.
Pode-se dizer a este Aónio que ele está confundido. Isto aqui não é propriamente um antro de patetas nem um blog manhoso desses que pululam aí na blogosfera e que alimentam o ideário ideológico neoliberal.
Pelo que essa estória do porco parece mais parida num dos seus sítios de predilecção. Se quer ou não fazer o mínimo possível, de preferência não trabalhar, e ganhar o máximo possível, de preferência do pai-estado isso é do domínio sobretudo da sua esfera pessoal. Embora tenhamos que pedir contas a quem vive à custa do erário publico, que como se sabe tem sido sempre a muleta da nossa classe empresarial.
Atrevo-me a questionar se esse paleio que apresenta não terá sido martelado por um emissário de Christine Lagarde?
Quiçá o próprio Aónio?
Ah e ainda bem que se fala na OCDE.
Sabem quem foi o Álvaro Santos Pereira? Um dos do governo de Passos e de Portas. Um dos responsáveis pelos tempos de chumbo vividos à época.
Pois, o Álvaro is Director of the Country Studies Branch at the Economics Department of the OECD ( OCDE) since 1st April 2014 where he oversees the peer review process for the Economic Surveys. He provides leadership in the co-ordination and management of the activities of the Directorate and ensures that it is at the forefront of the international political economy agenda. He identifies challenges and develops ways in which the OECD can promote policies to improve member and partner countries long-term Economic performance.
Um "promotor" de políticas da selva.
Outro caso:
Durão Barroso, que de Presidente da Comissão Europeia passou em Julho de 2016 para Presidente não-executivo (Chairman) do Banco Goldman Sachs International.
Parece que já trabalhava para eles ainda quando estava em funções na CE. Em Julho do ano passado apenas terá formalizado o cargo de banqueiro.
Outro "promotor" de políticas da seolva
Outra ainda:
Maria Luís Albuquerque que foi exercer funções de administradora não executiva na gestora britânica Arrow Global. Foi aconselhar a empresa nas áreas de auditoria e avaliação de risco ( lembram-se dos Swap?): 70 mil euros anuais ou 100 mil euros anuais de acordo com várias fontes, mencionando-se que para além do ordenado, Maria Luís Albuquerque contará com 10 mil euros pela participação em reuniões e um prémio em função dos resultados anuais obtidos.A estas verbas a antiga ministra junta os mais de três mil euros de salário de deputada e 25 euros por dia para ir trabalhar ao parlamento.
Percebe-se que das 1517 faltas dadas por deputados na última sessão legislativa, apenas há 16 faltas injustificadas e a antiga ministra das Finanças foi a única a atingir as três ausências injustificadas.
Isto sim. Isto não são casos de "precariedade" . Isto são inamovíveis, façam o que fizerem
Mas como já irrita sobremaneira as bojardas odiosas espalhadas pela direita e pela extrema-direita, e como é gritante a ignorância de "quem não quer ler", aconselha-se directamente este excelente post de JRA com mais dados, tão concretos como duros:
"De cada vez que ouvir falar da "rigidez da legislação laboral" quanto ao despedimento individual - como tem sido suscitado pelos deputados à direita no Parlamento, fazendo eco das "recomendações" da OCDE e da Comissão Europeia - olhe para os números aqui mencionados:
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/05/legalizar-selva.html
Rui,
O plano de ordenamento das florestas é uma boa oportunidade - provavelmente haverá outras - para esse 'Emprego mínimo garantido'.
Há que explorar essas possibilidades.
Ver este post oportuníssimo de Nuno Serra em que se desmascara o especialista em «rigidez laboral».
E as tretas aleivosas segundo as quais os" países em que as leis laborais são muito rígidas em geral crescem menos, a produtividade é menor, os salários são menores e os empregos são piores."
Um mimo ver um traste neoliberal meter assim os pés pelas mãos:
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/03/virar-pagina-no-debate-sobre-trabalho-e_19.html
Ou este post de JRA em que duma forma notável põe a nu a flexibilização da legislação laboral
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/07/precariedade-e-socialismo.html?m=1
Ou este post também de JRA em que, fazendo verdadeiro serviço público, põe a nu a hipocrisia patronal ( e as suas posições de classe)
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/10/por-que-defende-o-patronato-posicoes.html
Parece-me uma excelente análise sobre o estado (desemprego) que este governo do PS do Costa apoiado pelas suas muletas , tem procurado escamotear o problema, e com esta tática politica económica,vai aumentar a fome e a miséria, Os ricos vão ficar ainda mais ricos, e os jovens de hoje t~em um grande caminho a percorrer, terão que se organizar para combater esta politica dita democrática, apoiada pelos ditos socialista, e comunistas de trazer por casa.
A luta vai ser dura....
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/03/virar-pagina-no-debate-sobre-trabalho-e_19.html
Graças ao bons serviços do Cuco, remeto para os meus comentários no link acima.
Depois de um paupérrimo comentário sobre a área em que representava a sua classe, depois de ter sido admoestado, volta o do nickname Jose.
Mas desta vez em modo de "política dos coitadinhos"
Passos Coelho iniciaria a 6 de Fevereiro de 2012 tal "pulitika". Do alto da sua pesporrência governativa e civilizacional proclamava:
"a história não se faz de «piegas» e «coitadinhos»"(sic)
A linguagem unirá também este sujeito de nickname jose a Passos Coelho. Como noutras coisas mais, aliás
Adivinhe-se quem é o criador e a criatura. Paridos na mesma forja, irmanados na mesma mediocridade.
Mas o texto do sujeito do referido nickname não se fica apenas pelos "coitadinhos"
É todo um manancial de palavras onde se adivinha a crispação, a irritação, a inquietação, o destrambelho
É a "comunada"e a "estupidez".Os "tadinhos", mais os sindicatos "dependentes e atados".
Partidos nem vê-los. (Só a UN ou o do Passos que sabe como tratar com os "tadinhos"?)
Sindicatos esses devem estar mas é atadinhos aos patrões, sobretudo aos de alto coturno.
É o velho sonho destes, "partirem a espinha ao movimento sindical" aqui manifesto neste patético manifesto anti-sindical, em que se fala de "choramingas" e nos choramingas que "minam a força dos trabalhadores". Não de uns quaisquer mas os" de conta alheia" ( isto é mesmo para rir, não é?) e os transformam em "mansos serventuários de inexistentes seguranças".
É esta a linguagem usada por alguém que foi contratado pelos seus pares como perito patronal?
Nem a sua linguagem de "Senhor" com tiques de fidalgote convencido, prepotente e arrogante, consegue esconder a impotência argumentativa que lhe cresce nas palavras.
Escondida e mansa como não podia deixar de ser
Numa manifestação argumentativa à Passos o tal jose dirá que "os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados".
(Deixe-se para lá esta espécie de português, pernóstico e seminarista. Não se ligue à asnice da referência à "idiota das inferências dos horrores do capitalismo").
A referência aqui e agora a Passos não é desadequada. Porque tal como aquele mente, também mente este sujeito.
De forma muito tranquila se regista que ninguém disse que os exploradores ambicionam livrar-se dos explorados.
Pelo contrário , os patrões precisam mesmo dos explorados. Para lhes servirem de mão-de-obra barata e servil. Com uma mole imensa de desempregados atrás.
Alguém tem que trabalhar para que o produto do seu trabalho seja usurpado
O texto do João é muito claro.
O que se disse, o que se diz, é que querem que " haja ainda um milhão de desempregados a exercer uma efectiva pressão sobre os assalariados".
Os patrões precisam deste exército de desempregados para exercer chantagem sobre os que estão empregados."Se estão empregados, a sombra do desemprego fá-los aceitar condições contratuais mais degradantes, os prazos mais apertados para cumprir tarefas permanentes, os contratos mais temporários, as transferências entre empresas que o Código do Trabalho permite, os trabalhos qualificados pelo salário de um indiferenciado, estágios rotativos como forma de baixar salários e, na realidade, gerando conflitos entre trabalhadores para apanhar o posto diário no lodo do cais".
Pareceria que isto seria muito claro. Mas de como deste texto nascem aquelas afirmações abstrusas e falsas de "jose", isso é mesmo um segredo particular de quem anda nisto desta forma manhosa e pouco limpa.
Um segredo partilhado provavelmente por jose e por passos.
A cretinice sempre vem acompanhada da malícia como muleta.
O Cuco mete o passos no barulho à falta de outros argumentos para garantir que o mantra da maldade do PPC lhe dê uma ajuda.
Gostei em particular do 'partir a espinha ao movimento sindical' como se não tivessem a cerviz bem curvada ao serviço do partido mentor!
Para uma próxima posta:
Correlacionar rigidez laboral de acordo com o índice da OCDE vs. nível mediano de salários (a mediana, ao contrário da média, elimina os outliers como o Belmiro de Azevedo).
Basta depois fazer uma regressão linear.
Mas não se assuste com o resultado!
Não.
Não se trata do cuco com que herr jose sonha ou tem pesadelos. Quem sabe se também cumprindo o muito estranho "princípio de Pavlov".
Nem de cretinice ou malícia, nem sequer de muleta, com que o mesmo tenta esconder o que disse ou o que andou a dizer.
Sejamos objectivos. Claramente se observam as afinidades ideológicas entre Passos e Jose. O que não sabíamos de forma tão clara é que estas afinidades passassem igualmente para a linguagem:
-"a doutrina dos tadinhos"dirá herr jose a 4 de Agosto de 2017
-"a história não se faz de «piegas» e «coitadinhos» dirá Passos a 6 de Fevereiro de 2012
-"Vamos ouvir esta canalha acenar com a 'Agenda dos Coitadinhos'" - herr jose a 10/11/2015
-"A esquerda idiota é que aplicou a Agenda dos Coitadinhos a tudo que mexe, das crianças até ao perú para assar - herr jose a 10/12/2015
-"Nada de novo na Agenda dos Coitadinhos numa esquerdalhada"- herr jose a 24/02/2016
-"a Agenda dos Coitadinhos em vigor - herr Jose a 21 de Agosto de 2016
-" A esquerda, que na sua agenda dos coitadinhos"- herr jose a 29/05/2016
-"Depois de 40 anos de Liberdade, Igualdade em tudo e um par-de-botas e Agenda dos Coitadinhos" - herr jose a 20/08/2016
-"Cretinos dos esquerdalhos mais a sua Agenda dos Coitadinhos!" herr jose a 30/08/2016
-... , herr jose
Por favor, alguém diga a herr jose que basta de fugas e de pieguices deste jaez quando lhe desmontam os mantras.
Vamos lá levantar essa cerviz que de tão curvada agora finge não reconhecer o mentor
Mas a relação entre o criador e a criatura não fica por aqui.
Não vale a pena esconder e fugir porque os factos já foram apresentados.
É um facto reconhecido por quase todos que Passos mentiu e mente. É inútil ir buscar documentos. Mesmo fulanos da sua área política o reconhecem. Um mentiroso compulsivo mas não tanto que não saiba o que o faz e porque o faz.
Acontece que jose também. E sem ir mais para trás ( história e histórias longas) foi aqui neste mesmo post apanhado com a boca na botija
Dirá o tal herr:
"os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados".
Ninguém disse nada disso. Ninguém disse que os exploradores ambicionam livrar-se dos explorados.
Basta ler o post de JRA.
A questão persiste, pesem os incómodos de herr jose:
"De como deste texto do João Ramos de Almeida nascem aquelas afirmações abstrusas e falsas de "jose", isso é mesmo um segredo particular de quem anda nisto desta forma manhosa e pouco limpa.
Um segredo partilhado provavelmente por jose e por passos.
Ele bem tenta ocultá-lo, mas só lhe saem estas "fugas" em forma de cerviz
Depois de um paupérrimo comentário sobre a área em que representava a sua classe, depois de ter sido admoestado, depois do destrambelho surpreendente (ou talvez não) de herr jose, este sente-se em falso.
É sempre "aborrecido" passar por fraude. De como alguém é capaz de dizer estas inanidades e barbaridades já é motivo de estranheza. Muito mais o será quando se sabe que este mesmo sujeito ( segundo ele próprio confessou) era pago pelos seus "colegas de negócios" em assuntos "laborais".
Que fazer então quando assim confrontado com a sua própria vacuidade argumentativa?
Remeter atabalhoadamente para um outro post que graças aos bons serviços de um Cuco ( grande Cuco) permite demonstrar talvez quem sabe, que o dinheiro dos fundos sociais europeus não foi assim tão mal aplicado nos peritos patronais ( não, desta vez não falamos directamente nas fraudes que as associações patronais e sindicatos a elas ligados cometeram)
Esta invocação dos comentários de herr jose agora em jeito de quase "arrependido" mostra 4 coisas:
-Que quando devidamente chamado à atenção, herr jose é obrigado a rever a matéria dada, como modo de sobrevivência da sua repUtação.
-Que os comentários de herr jose demonstram à evidência a solidariedade com um traste da sua classe, um tal Avelino de Jesus, perito também como ele, e que mete os pés pelas mãos duma forma assaz patética e cómica. Adivinha-se que o prof A. Jesus é o seu ai Jesus.
-que herr jose mostra o fino recorte dos seus comentários investindo contra quem desmascara o neoliberal de turno. Acusa assim, de forma mais uma vez destrambelhada, Nuno Serra de "que, ou não é honesto ou a vertigem esquerdalha o cega para as evidências". Para além do voltar-se contra a própria entrevistadora.
-que o choradinho piegas ( estamos a utilizar as próprias palavras em uso por herr jose) sobre os "bons e maus trabalhadores" e os "sindicatos responsáveis" e as boas empresas e as más empresas" num exercício lamentável de pseudo-justificações à vero perito choca de forma frontal com as próprias palavras do dito a 31 de Julho de 2017:
" a regra do capitalista é pagar o menos possível".
Tudo dito
Não se trata do cuco com que herr jose sonha ou tem pesadelos. Quem sabe se também cumprindo o muito estranho "princípio de Pavlov".
Nem de cretinice ou malícia, nem sequer de muleta, com que o mesmo tenta esconder o que disse ou o que andou a dizer.
Sejamos objectivos. Claramente se observam as afinidades ideológicas entre Passos e Jose. O que não sabíamos de forma tão clara é que estas afinidades passassem igualmente para a linguagem:
-"a doutrina dos tadinhos"dirá herr jose a 4 de Agosto de 2017
-"a história não se faz de «piegas» e «coitadinhos» dirá Passos a 6 de Fevereiro de 2012
-"Vamos ouvir esta canalha acenar com a 'Agenda dos Coitadinhos'" - herr jose a 10/11/2015
-"A esquerda idiota é que aplicou a Agenda dos Coitadinhos a tudo que mexe, das crianças até ao perú para assar - herr jose a 10/12/2015
-"Nada de novo na Agenda dos Coitadinhos numa esquerdalhada"- herr jose a 24/02/2016
-"a Agenda dos Coitadinhos em vigor - herr Jose a 21 de Agosto de 2016
-" A esquerda, que na sua agenda dos coitadinhos"- herr jose a 29/05/2016
-"Depois de 40 anos de Liberdade, Igualdade em tudo e um par-de-botas e Agenda dos Coitadinhos" - herr jose a 20/08/2016
-"Cretinos dos esquerdalhos mais a sua Agenda dos Coitadinhos!" herr jose a 30/08/2016
-... , herr jose
Por favor, alguém diga a herr jose que basta de fugas e de pieguices deste jaez quando lhe desmontam os mantras.
Vamos lá levantar essa cerviz que de tão curvada agora finge não reconhecer o mentor
Aónio volta agora, tendo abandonado " a dureza dos números e a sua rigidez matemática"?
Mas agora "a malta" já quer ler isto?
Aónio abandona assim a rigidez laboral e a selva embora ameace com os resultados da regressão linear.
Manda às urtigas os porcos e o emissário de Christine Lagarde.
Não se sabe precisamente ao que vem ( ou talvez se saiba) porque ao que se lhe disse nada diz. Embora continue a citar a OCDE, a tal do Álvaro Santos Pereira
Nem a propósito:
"Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia do anterior governo PSD/CDS, entre Junho de 2011 e Julho de 2013, é, desde 1 de Abril de 2014, director da divisão de estudos das economias dos países da OCDE, responsável pelo mais recente estudo económico sobre Portugal feito por esta organização.
Na sua passagem pelo anterior governo, para além de ter sido um dos principais interlocutores da troika nas suas visitas trimestrais ao nosso país, ficou ainda conhecido pela defesa acérrima da exportação do nosso pastel de nata, como produto genuíno da nossa pastelaria, o que levou muitos a considerá-lo o embaixador do pastel de nata.
Ao fazermos a leitura deste estudo da OCDE sobre a evolução recente da nossa economia não podemos deixar de levar em conta o papel que nele certamente teve o ex-ministro da Economia do anterior governo.
Só assim se percebe que neste relatório da OCDE se constate o óbvio: a nossa economia está a recuperar após o mais longo período de recessão de que há memória, que nos conduziu para níveis reais do PIB do início deste século, níveis de investimento de finais dos anos 80 do século passado, níveis de desemprego nunca antes registados e níveis de emigração sem paralelo, nem mesmo nos anos 60. Mas se esqueça do papel das mudanças de política, encetadas com a entrada em funções do novo governo e a assinatura das posições conjuntas entre o PS e os partidos à sua esquerda, na continuação da retoma económica registada em 2016 e nomeadamente no contributo que a melhoria do rendimento das famílias teve no crescimento do consumo privado.
Só assim se percebe que este relatório atribua às famosas reformas estruturais que o anterior governo levou a cabo, nomeadamente o ministro Álvaro Santos Pereira, que tutelou directamente no seu ministério a «reforma da legislação laboral», a coberto do acordo com a troika (BCE/UE/FMI) e como contrapartida pelos cerca de 78 mil milhões de euros de financiamento concedidos entre 1.º semestre de 2011 e o 1.º semestre de 2014, o mérito pelo início da recuperação económica, quando esta só se iniciou após uma queda acumulada de cerca de 7% do PIB. Pode mesmo dizer-se que a retoma só se iniciou depois da nossa economia ter batido no fundo e quando novas eleições legislativas se aproximavam a passos largos"
(cont)
"Reformas estruturais que mais não significaram do que ataques aos direitos dos trabalhadores, com o congelamento do salário mínimo nacional durante quase quatro anos, com o congelamento das reformas e pensões e com o congelamento e redução das remunerações na administração pública, com cortes nas indemnizações por despedimentos, nos montantes e condições de concessão do subsídio de desemprego, no pagamento das horas extraordinárias e trabalho suplementar, com a redução do emprego na administração pública, com a suspensão parcial dos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores da administração pública, reformados e pensionistas, com a criação da sobretaxa extraordinária de IRS em 2011 e a sobretaxa de IRS a partir de 2013, a revisão e limitação dos benefícios fiscais em sede de IRS, as alterações dos escalões e aumento das taxas do IRS, o aumento da taxa normal de IVA para 23%, a sujeição do consumo de electricidade e gás natural à taxa normal de IVA e as reestruturações das taxas de IVA.
Reformas estruturais que mais não significaram do que cortes nas prestações sociais não contributivas (abono de família, complemento solidário para idosos e rendimento social de inserção), aumento das taxas moderadoras, cortes nas despesas com Saúde e cortes nas despesas com Educação.
Reformas estruturais e políticas de austeridade que ao mesmo tempo que significaram uma redução dos rendimentos do trabalho de cerca de 3,4 mil milhões de euros entre 2011 e 2015, corresponderam a um aumento do excedente bruto de exploração (lucros, juros e rendas) de cerca de 4 mil milhões de euros.
Objectivamente da aplicação do chamado programa de assistência económica e financeira (programa da troika) o que resultou foi o agravamento da distribuição do rendimento nacional em detrimento dos rendimentos do trabalho e a favor dos rendimentos do capital.
Quando nas suas principais recomendações para a economia portuguesa a OCDE insiste em falar na manutenção das reformas estruturais e no prosseguimento da consolidação orçamental, não resisto a citar o Tribunal de Contas no seu parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2014 (pág. 153, caixa 5 – implementação do programa de assistência económica e financeira 2011/2014): «o ajustamento orçamental efectuado entre 2011 e 2014 com o programa de intervenção da Troika foi essencialmente suportado por operações de natureza pontual – a transferência dos fundos de pensões, as reprivatizações e concessões e a regularização de dívidas fiscais e à segurança social – e por medidas reversíveis – as reduções remuneratórias e a suspensão dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos, reformados e pensionistas, as sobretaxas em sede de IRS, a contribuição sobre o sector bancário e a de solidariedade e as alterações na tributação directa e no regime do IVA. Não se identificam medidas suficientes que apontem para alterações de natureza estrutural».
(cont)
"Fica claro que para a OCDE só será possível prosseguir a consolidação orçamental transformando em irreversíveis medidas que o governo anterior começou por vender aos portugueses como reversíveis logo após a saída da troika, mas que para o fim do seu mandato já só defendia lá mais para a frente, em 2018, 2019 e 2020.
No fundo, para o pensamento neoliberal omnipresente na OCDE falar em medidas estruturais significa aprofundar os ataques aos direitos laborais e sociais, e falar em consolidação orçamental significa redução da presença do Estado na economia e na sociedade ao mínimo indispensável, para que o funcionamento dos mercados do trabalho, dos bens e serviços se faça «livremente».
Assim sendo não deu mesmo jeito nenhum que um Governo PS minoritário tenha sido forçado em 2016, por acordos à esquerda, a repor feriados e salários e horários na administração pública, a reduzir as restrições à contratação de pessoal na administração pública, a reduzir as taxas moderadoras, a reduzir o IVA na restauração, a introduzir a cláusula de salvaguarda do IMI, a iniciar o fim da sobretaxa de IRS, a iniciar o combate à precariedade do trabalho na administração pública e a iniciar a travagem do combate à destruição dos serviços públicos.
Para a actual azia do secretário-geral da OCDE e dos seus adjuntos, o pastel de nata não é solução, mas existem umas pastilhas que talvez ajudem"
(José Alberto Lourenço)
Agora o Aónio pode ir aplicar a sua regressão linear
aqui
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/05/legalizar-selva.html
ou nos outros posts indicados
"os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados".
Se há tradição mais enraizada no universo esquerdalho é a de dizer-se que sem toda a espécie de empecilhos aos despedimentos os patrões despediriam a torto e a direito.
Isto tem na cabeça dessas amibas duas razões estruturantes,
- Os patrões são escroques numa sociedade sem barreiras morais acolhidas na Lei
- Os trabalhadores são vítimas irremediáveis
e um conhecimento da organização do trabalho que espelha os mantras do séc. XIX:
- Todo o trabalhador é facilmente substituível.
E assim vivem a defender trabalhadores condenado-os à miséria e ao desempego e sempre acenando-lhes com as mamas do Estado.
A desonestidade tem destas coisas-
Mas é um prazer ver a tentativa de herr jose para corrigir o "lapsus linguae". Embora desta forma assaz patética. E com a crispação que se reconhece. Mas já lá vamos
Vejamos mais uma vez ( e mais lentamente):
A frase de ouro e que agora se tenta corrigir:
"os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados".
Tretas. Nunca ninguém disse tal. É ver o já dito.
Enorme disparate portanto. Como se os esclavagistas tivessem querido prescindir dos seus escravos assim de mão beijada.
Como se os grandes capitalistas quisessem ou sequer ambicionassem livrar-se de quem lhes dá a margem de lucro.
De que viveriam eles?
Mas onde está a desonestidade ( logo a parecença e a analogia com Passos Coelho?
Porque a seguir a uma mentira ( que este sujeito demonstre a afirmação que faz) vêm verdades ásperas como punhos a que herr jose tenta fazer a devida colagem
É um facto que regra geral sem toda a espécie de empecilhos aos despedimentos os patrões despediriam a torto e a direito. Para aumentarem a sua taxa de lucro.
Da realidade das coisas e da própria ideologia.
É o próprio herr jose que o confirma quando diz :
" a regra do capitalista é pagar o menos possível".
Confirmou-o há menos de um mês.
O resto do comentário é uma mistura de duas coisas.
Por um lado a confirmação, embora carregando nas tintas, do que é o grande patronato. Em Portugal ainda por cima este é duma iliteracia a toda a prova. Veja-se o dono daquele restaurante que cobra centenas de euros por cada refeição... Era carteirista antes de ser patrão
Reparemos que os banqueiros cá do burgo tinham actividades parecidas. ´Ver o BPN, o BPP, o BES, o Banif
Mas repare-se nesta confirmação_
"Os patrões são escroques numa sociedade sem barreiras morais acolhidas na Lei"
O que dizia o próprio herr josé há dias?
" o que caracteriza um homem de negócios (é) aproveitar as oportunidades; e não ser honesto ao ponto de não ignorar a desonestidade alheia".
Ou seja, admite-se o homem de negócios como um vigarista assumidamente desonesto, um chico-esperto com o patuá da (auto) desculpabilização para as trafulhices que faz. E com a bênção de quem se julga mandatado, sabe-se lá que por força divina, para agir dessa forma.
Um "escroque sem barreiras morais".( quais morais? Éticas. As morais ultrapassam-se bem. Basta ir ali fazer caridadezinha para obter as graças beatas).
E assumindo-se como acima da lei.
Mas há uma segunda questão em relação a este comentário
Cuco vai aos teus arquivos e vê se encontras um meu relato de uma representante da CGTP que numa missão à Dinamarca (onde o despedimento não tem restrições legais por consenso patrões/sindicatos) foi justificar os empecilhos como modo de suster despedimentos.
Quanto a moral, tem-na o Cuco 'bem' entendida: põe num lado o que rouba noutro!
A segunda questão resume-se rapidamente.
É a indigência absoluta do último parágrafo de 7 de agosto de 2017 às 11:02.
Sem qualquer suporte factual
Repare-se na similitude entre a vacuidade da referida frase e um mantra medievo.
Uma espécie de reza debitada pavlovanamente (herr jose pode ver no dicionário, para depois não vir fazer figuras tristes).
A fraquíssima convicção com que a diz confirma que ele próprio já se sente no plano escorregadio onde se encontra Passos ( mais uma vez o Passos).
A prova está como termina a referida frase. Nas "mamas" Acaba mais uma vez por se refugiar nas mamas, nas suas habituais "mamas".
Indicador certo da sua perturbação.
E do seu funcionamento em modo zombie.
Cuco?
Mas este jose não enxerga que não estamos a falar dos seus engulhos pessoais?
Vai?
Mas este tipo pensará que está a falar com o herr papá ou a frau mamã? Ou a replicar um qualquer seu ambiente familiar?
Empecilhos dinamarqueses?
Mas este tipo nao consegue enfrentar o que se está a discutir sem fugir para qualquer outro lado em tom de c minor (dó menor)?
Que diacho. Um mínimo de coerência ou dignidade será pedir muito?
Para a grunharia esquerdalha patrão, capitalista, negociante, banqueiro, empresário é tudo a mesma coisa, capitalismo e basta.
Esta análise é lúcida, mas incorre num lapso mais ou menos generalizado nas opiniões ventiladas pela comunicação social - esquece o papel dos sindicatos no perfil do nosso mercado laboral.
Numa sociedade moderna industrial, o papel moderador das associações sindicais e corporações profissionais é socialmente imprescindível. Um exemplo simples: - na Alemanha não existe salário mínimo dada a sua tradição de sindicalismo forte, independente e em grande parte abrangente dos vários sectores do mercado de trabalho. No caso nacional, a acção sindical mais pesada centra-se sobretudo na defesa dos interesses dos funcionários públicos. A essa limitação, soma-se a sua excessiva instrumentalização política, estando os sindicatos muitas vezes confundidos com acção partidária (a ligeireza com que o senhor Proença passou da UGT para o Parlamento...) No sector privado, a defesa dos interesses dos trabalhadores tem apenas força visível através de órgãos corporativos profissionais, como as várias Ordens, que defendem exclusivamente os interesses mais imediatos das suas classes laborais, muitas vezes de forma mesquinha e imprudente. As ordens e associações mais fortes são-no sobretudo por um estatuto de casta, muito arreigado em Portugal
Em suma, numa economia pequena, com concentração monopolista de serviços, cujo pendor urbano é ainda muito recente, a ausência de sindicatos fortes e independentes deixa uma ampla franja do mercado laboral à mercê dos interesses comuns da esfera política e empresarial, sem qualquer mecanismo de equilíbrio social pelos seus interesses.
"Grunharia esquerdalha"?
Percebe-se que nada mais reste do que isto. Um Verdadeiro discípulo de Passos?
São estes os pobres, paupérrimos comentários de um perito patronal para os assuntos laborais? (segundo o próprio)
Mas então e a precariedade como o estado natural dos negócios e da máfia?
Mas então e a confusão da "precariedade dos trabalhadores" com os negócios e as negociatas dos homens de negócios?
Mas então e a "política dos coitadinhos" de Passos confirma-se que é a mesma que é arrastada todo este tempo pelo Jose?
Mas então o criador e a criatura confundem-se mesmo? Paridos na mesma forja, irmanados na mesma mediocridade?
Mas então a crispação, a irritação, a inquietação, o destrambelho mantêm-se e confirmam-se?
Mas então aquela aldrabice estrondosa segundo a qual "os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados"? Foi atirada para debaixo do tapete e escondida assim da forma demonstrada?
Uma questão que merece consenso: " a regra do capitalista pagar o menos possível" confirmada pelo próprio jose arruína por completo a argumentação a favor da bondade dos grandes capitalistas, banqueiros, grandes empresários e obviamente do capitalismo
.
Infelizmente a análise de André Pinto peca por uma visão sindical tida como"moderadora"
Os sindicatos defendem a posição dos trabalhadores. Vir falar em moderação é o mesmo que defender que os cordeiros se comportem moderadamente com os predadores.
Ora o que se tem que combater é a actividade dos predadores.
Percebe-se assim que a virgindade dos sindicatos seja um alvo a alcançar. Mas não devendo ter filiação partidária nem defender posições partidárias, os sindicatos devem e têm que ter intervenção política.
Infelizmente há mais
"A acção sindical mais pesada centra-se sobretudo na defesa dos interesses dos funcionários públicos"? Talvez fosse melhor reformular a questão. A ignorância sobre a actividade sindical actual é reforçada pelos media. Mas a actividade sindical espalha-se pelos mais variados sectores. Confundir a diferente força que aquela tem nestes sectores com uma defesa centralizada num deles, é não só um disparate como um insulto aos demais trabalhadores.
Quanto ao sr Proença e a actividade sindical do referido sujeito.Eis um bom exemplo da "moderação" dum sindicalista ao serviço de outros interesses que não os dos trabalhadores. E por agora não vale a pena dizer mais sobre Proença. Nem sobre o idílico paraíso do sindicalismo alemão.
Mas há uma coisa que não se pode deixar tanto em claro. A questão das "ordens profissionais". Estas não têm funções sindicais. Se defendem interesses corporativos não são sindicatos.
Pelo que no sector privado, a defesa dos interesses dos trabalhadores tem apenas força visível através de órgãos corporativos profissionais só na opinião do André Pinto. E da sua ignorância, claro.
A muleta.
No discurso oral é comum o uso da 'muleta'. Normalmente traduz-se em grunhidos de vários tons que se encontram abundantemente nos profissionais da nossa televisão; uma das nossas tolerâncias libertárias de mau gosto, totalmente ausente em emissoras onde se exige profissionalismo (BBS, CNN, AlJazeera, ...). Comummente se encontra o 'pois', o ´táperceber', o 'como ia dizendo' e outros gaguejos.
Na escrita não é tão comum porque se supõe haver tempo para o pensamento produzir obra limpa de gaguejos.
Mas nem sempre é assim para os mais gagos mentais; Passos é actualmente a muleta mais popular dos esquerdalhos gagos mentais, mas há outros para servir esses grandes consumidores de muletas.
Grunhidos de vários tons...
Mais os gajos mentais...
E as muletas à Passos Coelho..
Infelizmente mais uma vez se verifica:
- a crispação e a pesporrência da linguagem, confirmadas pela utilização de palavras apropriadas ao seu nível de.
- a fuga para variações em tom menor, com o intuito de encher chouriços. Que atestam um processo infelizmente manhoso de a nada responder e a tudo fugir, deixando para trás as suas próprias afirmações. Chega a ser doloroso este paleio:
"uma das nossas tolerâncias libertárias de mau gosto, totalmente ausente em emissoras ... Comummente se encontra o 'pois', o ´táperceber', o 'como ia dizendo' e outros gaguejos" .
- a tentativa de justificar a sua identificação com Passos. A esta voltaremos
Infelizmente não é precisa a muleta à Passos para justificar a lembrança de Passos quando se lêem os comentários deste Jose.
É ele próprio que o convoca. Mais uma vez prezemos a objectividade. Se as afinidades ideológicas entre Passos e Jose são de todos conhecidas ( e ainda por cima reforçadas agora por esta espécie de requiem pungente pela alma do ex-primeiro-ministro), o que não sabíamos de forma tão clara eram as afinidades de linguagem entre os dois
A frase histórica e abjecta de Coelho a 6 de Fevereiro de 2012 foi replicada n vezes assumindo o seu lugar no discurso neoliberal da Ordem.
Também o foi por Jose. Da forma enjoativa e persistente como acima se demonstrou.
Este jose que assuma a sua condição de.
Mas há mais.
A frase escrita por jose :
"os exploradores são ditos ambicionarem livrar-se dos explorados".
É pura e simplesmente mentira.
Ponto final parágrafo ( embora jose tenha depois tentado embrulhá-la da forma aí em cima patente).
Mais uma vez surge a lembrança de Passos.
"É um facto reconhecido por quase todos que Passos mentiu e mente. É inútil ir buscar documentos. Mesmo fulanos da sua área política o reconhecem. Um mentiroso compulsivo mas não tanto que não saiba o que o faz e porque o faz"
Infelizmente ainda referência para uma outra analogia:
A fraquíssima convicção com que sustenta as suas posições ( geralmente abandonando-as), a tentativa de usar os seus dotes de contorcionista para fugir para a frente sem justificar nada do que diz, confirma que ele próprio se sente um "pouco" impotente no debate ideológico. Estará no plano escorregadio onde se encontra também Passos
Por isso e a bem duma certa verticalidade e honestidade se pede que jose abandone este discurso onde é possível ler uma certa pieguice para com Passos Coelho.
E assuma a sua condição de , sem choraminguices em torno daquilo que ele designa (com mágoa) como a "muleta de Passos Coelho"
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. E depois não se venha lamentar assim desta forma um pouco degradante
Incisiva e sustentada denúncia do que, humana, social e economicamente (logo, politicamente) são, no "terreno" (e quem, durante dezenas de anos, tal observou continuadamente e de muito perto sabe-o muito bem ...)as diversas máscaras perversas da(s) precariedade(s) laboral(is).
Sim, porque, para o bem e para o mal, "o trabalho tem um braço longo". O trabalho e a sua privação ...
Já agora, um modesto contributo no mesmo sentido (ou, pelo menos, paralelo): http://www.esquerda.net/opiniao/combate-precariedade-para-alem-do-prevpap/50143
Relacionado com este tema, encontra-se em curso uma petição pública online. Apelo à participação de todos.
Assinar a petição ocupa 10 segundos...
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT88757
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