«Portugal foi o país da União Europeia que registou um maior corte nas despesas públicas com pessoal durante o ano passado». «Portugal vai voltar este ano a ter a pior taxa de crescimento da economia de todos os países da União Europeia (UE)».
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Eles ainda hão-de inventar consumo sem salários e crescimento económico sem consumo.
Caro João Rodrigues,
Deixei alguns comentários provocatórios aos seus últimos posts aqui:
http://blog.liberal-social.org/q-a-econ-mico
Saudações económicas,
Rciardo Francisco
Caro ft,
De facto esta é uma tensão essencial: faz-me lembrar aquela do capitalista que deseja conter os salários dos seus trabalhadores ao mesmo tempo que sonha que os outros capitalistas sejam mal sucedidos nessa mesma missão. A questão hoje é que por variados factores os capitalistas estão a ser todos bem sucedidos nos países mais ricos. O que pode gerar um problema de procura...
Caro Ricardo,
Obrigado pelos comentários "provocatórios". Lamento, mas não consigo comentar na sua caixa de correio (sou pouco talentoso). A sua explicação do diferencial da evolução salarial pela escassez de talento é curiosa: devo então presumir que os gestores de topo talentosos se tornaram de repente um "recurso escasso" em Portugal (o que justificou uma subida de 220% nas suas remunerações entre 2000 e 2006)? Ou será que está a dizer que o que prova que eles são tão talentosos é o facto de ganharem tão bem? E já agora o que é o talento? Aposto que me vai responder que por definição é o que as empresas pagam as seus gestores de topo. Questão resolvida antes de qualquer análise. Tudo corre bem no melhor dos mundos. E que tal ver a questão também como o produto de uma relação de poder enquadrada por regras que em Portugal se tornaram cada vez mais enviesadas.
Ou talvez que isto seja "apenas" o resultado de uma fase do capitalismo que gera uma cada vez maior polarização social. Ao menos o hayek, um liberal social(?), dizia que os resultados que cada um obtém no mercado não podem ser explicados por nenhum factor em particular, não obedecem a nenhuma lógica.
Hei-de escrever mais sobre isto.
Quanto ao restante, lamento mas não consigo ter essa fé no mecanismo de mercado tal como ele é ensinado nas aulas de introdução à economia. As hipóteses de base são demasiado restritivas...
Além disso há mais vida entre o seu mercado imaginário e o "totalitarismo". Há todo um campo de experiências bem sucedidas de regulação do capitalismo, de reformas igualitárias, e até de experiências socialistas...
Enviar um comentário