sábado, 12 de julho de 2025

Ligações e distinções


O nacionalismo de esquerda é uma potente bateria política, alimentando ligações populares e o internacionalismo mais consequente. Enésimo exemplo em Bilbau deste padrão: em cada andar, em cada esquina, somos todos Palestina. 

Na quarta-feira passada, o El Pais trazia um artigo de Lula – “no hay alternativa al multilateralismo”. Em linha com o que tem afirmado desde há meses, o Presidente brasileiro usou a palavra genocídio para se referir ao que Israel está a fazer na Palestina. As palavras são mesmo importantes. Ao mesmo tempo, denunciou os défices de ajuda ao desenvolvimento, no contexto das alterações climáticas, por parte de países ricos: “o recente aumento de gastos militares pela OTAN” faz com que esses défices só aumentem, garantiu. 

A social-democracia com algum poder a sul, e que não prescinde do soberanismo de recorte anti-imperialista, é mais clara do que certos e determinados setores euro-progressistas sem poder por cá. Esta falta de clareza não ajuda as causas palestiniana e da paz. A direita e setores ditos socialistas, todos com ligações sionistas, agradecem.

Sem comentários:

Enviar um comentário