Em resposta às críticas que lhe dirigi em o Anti-da-Silva, Francisco Mendes da Silva chamou-me “obcecados” no Twitter, assim no plural. Antes, tinha-se armado ao pingarelho, com uns jornais cuidadosamente dispostos, toda uma mise-en-scène.
“Beria da Beira” é outro argumento, digamos, com a sua piada mas que me sobrestima. É que é tudo embaraçosamente público, basta a memória: o principal, de que não me desvio, é mesmo o seu apoio ao colonialismo genocida.
Entretanto, e curiosamente, “obsessão” é uma palavra que tem surgido na propaganda colonialista sionista, mais recentemente para apoucar os que denunciam o genocídio e os que o apoiaram.
Por exemplo, o Público, que também perdeu todas as referências ético-políticas, trazia um artigo de opinião aberto, de teor nazi-sionista, puro lixo a céu aberto, onde se falava precisamente de “ativistas obcecados”.
A palavra repete-se em estrangeiro: obsesionado, obsédé, obsessed.
Sabemos bem da esmagadora máquina de propaganda internacional de “Israel”, aqui e ali exposta por jornalistas corajosas, como Alexandra Lucas Coelho.
Se quisesse, por exemplo, acho que podia ter ido lá de graça e tudo, naquelas viagens de “formação”. Podia ter sido, quiçá, o início de uma relação lucrativa, mas não há nada como olhar-me ao espelho, à noite, com a consciência tranquila.
Há muitos académicos e outros intelectuais públicos a soldo, jornalistas, advogados e assim, isso é certo, sobretudo os que vão à televisão. Há de certeza manuais de “argumentação” que são distribuídos, etc. Sei que os EUA assim procedem e o Estado colonialista é um posto avançado do sistema imperialista.
Pena é que não haja praticamente jornalismo de investigação em Portugal.
Obcecados é uma estranha projecção de quem vê o gajo Russo em todo o lado, para aplicar o que imaginam que ele faz a quem aponta que chacinar árabes não devia ser um valor ocidental.
ResponderEliminarSe fosse a comentar futebol, o Mendes da Silva seria o típico "cartilheiro" com direito a soundbitaites e tudo...
ResponderEliminarInfelizmente, a questão aqui é de vida ou morte.
https://m.youtube.com/watch?v=kLdUuMYm_og
ResponderEliminarSó um cheirinho. Se estes cavalheiros quiserem ver mais e serem confrontados com a "veroalidade", é só pesquisarem George Carlin. E serve para estes ultramontanos do CDS como para os da Iniciativa Liberal. Eu sempre fui, continuo e julgo que estou condenado a ser da IL. Mas a minha é a iniciativa laboral. Mas, mais importante do que estes avençados parciais debitam nos media -dum lado e doutro da barricada-, é que este é "só" mais um que pertence à claque dos causídicos, advogados, jurisconsultos, juristas, "juízes" que em 50 anos com as suas "leis", foderam este país. Prescrutem quantos deputados, primeiro-ministros, presidentes da república, presidentes de câmaras, vieram do "direito". Estamos e temos efectivamente um estado de direito. Mas democracia? Ali onde há um ordenamento jurídico, é um estado de direito. A velha senhora, o terceiro reich, a ditadura do proletariado estalinista, a marcha sobre Roma, foram todos estados de direito. Com que direito? Com que direitos?