segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Uma economia para todos? Semelhanças e diferenças nos programas da esquerda


A menos de um mês para as eleições legislativas, há algo comum a todas as sondagens: nem o PS nem a AD (coligação entre PSD, CDS e Partido Popular Monárquico) terão maioria absoluta. Embora as sondagens já se tenham enganado no passado, a experiência de maioria absoluta nos últimos dois anos não parece ter deixado boas memórias e o mais provável é que ninguém a alcance. Neste sentido, o próximo governo dependerá dos votos dos diferentes partidos e dos acordos que se puderem formar nas semanas pós-eleições.

À esquerda, Bloco de Esquerda, PCP e Livre já se mostraram disponíveis para um acordo que permita dar posse a um governo progressista. Ao contrário da direita, em que a discussão sobre o acordo se faz essencialmente sobre a forma (apoio parlamentar, integração do governo, etc.), o debate à esquerda tem sido marcado pelo conteúdo e pelas propostas que cada partido define como prioritárias para alcançar soluções para os problemas de quem vive do seu salário.

Os debates eleitorais têm-se focado em temas como a corrupção, a segurança ou a imigração. São, curiosamente, as grandes bandeiras da extrema-direita. Para quem olhe de fora, quase que parece que são os temas que mais interessam à maioria das pessoas no país. Mas os inquéritos à população mostram que as pessoas se preocupam muito mais com o custo de vida, os salários, a saúde e a habitação. Nesse sentido, vale a pena olhar para os programas dos partidos e avaliar as propostas que têm para melhorar os rendimentos e a qualidade de vida no país. Na semana passada, a análise foi sobre os programas da direita. Desta vez, o foco está nos programas de esquerda.

O resto do artigo pode ser lido no Setenta e Quatro (acesso livre).

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