Para quem continua a tentar desvalorizar o peso das novas procuras de habitação, neste caso associadas ao investimento estrangeiro, na crise habitacional que o país está a atravessar (e que incide de forma particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, a par da região do Algarve) – persistindo assim na ideia simplista de que apenas «faltam casas» – estes valores deveriam ser tidos em conta. Desde logo, porque estamos perante uma procura que se diferencia pela sua maior capacidade financeira (tanto na aquisição como no arrendamento) e que é, além disso, potencialmente inesgotável.
Não por acaso, o jornal britânico The Guardian dedicou recentemente um texto à crise de habitação em Portugal, identificando alguns dos diversos fatores que, relacionados com o investimento e especulação internacionais – numa dinâmica que é na verdade mais ampla, afetando igualmente outros países europeus –, contribuem para a explicar.
Acrescente-se, aliás, que para compreender realmente a subida dos preços da habitação no nosso país, ao longo dos últimos anos, é mesmo fundamental considerar o efeito conjugado desses fatores e perceber a sua incidência territorial cumulativa. Sem isso, dificilmente se poderá partir de um diagnóstico assente nas verdadeiras causas da crise para desenhar as políticas e as respostas que a permitem efetivamente ultrapassar.
O resto da crónica pode ser lido no Setenta e Quatro
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Para acabar com a crise da habitação em Portugal basta revogar a chamada “lei das rendas” elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e fazer cumprir a Lei que determina que imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, que os arrendamentos regressam ao valor correcto, acaba-se o esquema, e volta-se a ter imóveis disponíveis para arrendar.
ResponderEliminarAcrescente: forçar os senhorios a arrendar, estabelecer tectos nas rendas, impor-lhes obras de conservação e legislar no sentido de os bisnetos do enteado também terem direito à casa. Fora isso só precisam de ganhar eleições, pôr a Assembleia a votar nesse sentido e ter um tribunal constitucional amansado. Portanto, fácil.
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