As ruínas eleitorais gregas, tal como as romanas, contêm lições para os que querem reerguer uma civilização social-democrata em terras monetariamente bárbaras, assim as queiram aprender. Depois da tragédia do syriza, em 2015, os povos parecem não querer farsas ilusórias, até para não terem mais desilusões inglórias. E daí os resultados de Tsipras e de Varoufakis em 2023.
Sim, o fim da história é uma profecia que tem bases monetárias nesta zona neoliberal. Fukuyama é mesmo para ser levado muito a sério, também na economia política, ou não tivesse apontado o mercado único (a decisiva moeda única veio a seguir) como paradigma das relações internacionais pós-históricas. Não se pode mesmo ignorar, portanto, o chamado efeito Bruxelas-Frankfurt, até porque é cada vez mais constrangedor.
Por acaso gostava de ouvir uma explicação categórica do João Rodrigues sobre os Gregos preferirem a Nova Democracia ao invés do Syriza ou do Mera25, é a mesma razão que os portugueses preferem PS ou PSD em detrimento do bloco ou do partido comunista?
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