Pedro Ferraz da Costa é a encarnação do poder capitalista instalado, sem qualquer mérito: do colégio alemão à empresa da área farmacêutica herdada, o essencial foi-lhe garantido pela lotaria familiar.
Foi patrão dos patrões durante duas décadas e dirige o patronal Fórum para a Competitividade.
Figura carrancuda, fala com a arrogância dos que sentem que o mundo, mais concretamente o Estado, lhes deverá sempre algo, de menos impostos a mais apoios. Está sempre ao lado do capitalismo mais medíocre e preguiçoso, a conquistar cada vez mais direitos patronais e a garantir cada vez menos deveres, fazendo emergir uma economia com cada vez menos pressão salarial, logo cada vez menos produtiva.
E é um dos muitos reacionários, sempre pronto a advogar o aumento da compulsão laboral à boleia da hipótese tão conveniente para os da sua classe: “os que não trabalham é porque não querem”, como reafirmou em entrevista ao jornal i. Os pobres não trabalhariam, porque viveriam da lotaria do Estado paternal, imagina do fundo da sua visão moralmente distorcida pelo privilégio.
Politicamente, Pedro Ferraz da Costa deixa as coisas bem claras, em entrevista à TSF:
“A Iniciativa Liberal e o Chega são quem tem, neste momento, alguma
vontade forte de querer mudar coisas”. A encarnação do poder capitalista
instalado, não hesita: Chega e IL “vão ser barrados pelos poderes
instalados”. Diagnósticos ideológicos destes trazem, de certeza,
financiamento atrelado. Razão tinham os que empunharam cartazes nas
manifestações do 25 de Abril onde se podia ler: “um olho no liberal,
outro no fascista”.
O resto da crónica pode ser lido no setenta e quatro.
"Diagnósticos ideológicos destes trazem, de certeza, financiamento atrelado" - o presidente da IL é um boy da sonae
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