quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Afinal de contas, é preciso mais um ou outro lembrete para 2023


1.
A responsabilidade pelas políticas de direita maioritárias no Governo é absolutamente do PS. 

2. António Costa nunca passou de um herdeiro da Terceira Via, lá no seu fundo ideológico, oportunismos conjunturais à parte.   

3. A política da economia da oferta dita de esquerda (left-wing supply-side economics), assente na aceitação do neoliberalismo, mal temperado com a conversa das qualificações e de mais um ou outro investimento horizontal, falhou em toda a linha. 

4. O europeísmo persistente é incapaz de identificar as causas monetárias da divergência portuguesa, ou seja, o Euro, e de compreender que, na moeda única e no mercado único, a política é tendencialmente única, em particular numa periferia dependente de estranhos.
 

2 comentários:

  1. Vou voltar a defender a punição do Partido que não é Socialista e o seu fim, António Costa e outros “socialistas” se não querem sair da política podem sempre parar de fingir que têm consciência social e ir para o Iniciativa Liberal.

    Para que saia desta porca miséria em que o euro-liberalismo o meteu Portugal precisa no mínimo de um partido social democrata em que o eleitorado despolitizado se sinta confortável em votar, podiam chamar a este partido “Partido Realmente Social Democrata”.
    O P.R.S.D. sendo um partido capaz de pelo menos fazer aquilo que os partidos social democratas fizeram após a 2ª Grande Guerra, ou seja, segurança no emprego, educação, saúde, habitação, enfim, o mínimo. Aqueles que não querem o mínimo têm que ser vistos como anti-sociais e não se qualificam para a governação nem de freguesias quanto mais para a governação de um país.

    Eu não votaria no P.R.S.D. pois se há coisa que a crise de 2007 e o subsequente (e anterior à crise) comportamento do(s) Estado(s) Capitalista(s) me mostraram é que o Capitalismo não me serve e acho que também não serve a esmagadora maioria da população, e por isso nós precisamos de partidos que defendam um mundo pós-capitalista.
    Se o P.R.S.D. substituísse o Partido “Socialista” os partidos anti-capitalistas poderiam se revigorar e passar a sua agenda junto do eleitorado despolitizado mais facilmente, como sabem, desde desse suposto “fim da história” tem sido porrada atrás de porrada na esquerda com objectivos de superação do Capitalismo, eu noto a desmoralização nessa esquerda por muito que a tentem esconder...

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  2. «ou seja, o Euro»

    Que bons, os velhos tempos! Lutas por salários, inflação, desvalorização da moeda, Lutas por salários...

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