Gary Stevenson, defende, nesta entrevista à Novara Media, que a inflação em Inglaterra teve origem nos incentivos das medidas de apoio à economia durante o confinamento. Stevenson é um ex-banqueiro de investimentos que abandonou a City para se dedicar à militância contra os novos processos de expropriação das classes populares promovido pelas políticas libertárias (à americana) do partido conservador britânico, A sua tese é de que, uma vez que os mecanismos do sistema económico tendem à acumulação de riqueza. o governo devia ter acompanhado essa injeção de capital na economia de medidas para taxar os mais ricos e recuperar esse investimento, evitando assim o aumento do fosso entre ricos e pobres. É a primeira vez que ouço esta tese. Sendo um leigo na matéria e vosso leitor assíduo, gostaria de saber a vossa opinião sobre a mesma. https://youtu.be/ViY-zI3b5JQ
É uma tese que pressupõe que a causa da inflação é a procura. A meu ver, uma tese errada e sem suporte empírico. A inflação terá diversas causas mas, para além do efeito base (compensação da queda do PIB em 2020), dos gargalos produtivos e logísticos provocados pela paragem das economias em resultado da pandemia e da mudança nas preferências dos consumidores, a causa principal é o preço da energia. Neste fenómeno, o papel desempenhado pela procura não é significativo, sobretudo num contexto em que os salários reais recuam fortemente.
O gráfico também mostra outra coisa, à medida que a produtividade do trabalhador português ia aumentando o discurso da crise, começando pela “tanga” que depois passou para o “não há alternativa” e “andaram a viver acima das possibilidades”, também se foi intensificando com o passar dos anos, não é curioso?
Os portugueses cada vez mais produtivos e cada vez mais pobres… Há uma certa lógica do Capitalismo, quanto mais produtivo o trabalhador mais o Capitalismo humilha o trabalhador e mais o rouba, que sistema político-económico fantástico! E depois que os liberais deem sermões sobre “valores”, “democracia liberal”, “liberdade”...
Gary Stevenson, defende, nesta entrevista à Novara Media, que a inflação em Inglaterra teve origem nos incentivos das medidas de apoio à economia durante o confinamento. Stevenson é um ex-banqueiro de investimentos que abandonou a City para se dedicar à militância contra os novos processos de expropriação das classes populares promovido pelas políticas libertárias (à americana) do partido conservador britânico, A sua tese é de que, uma vez que os mecanismos do sistema económico tendem à acumulação de riqueza. o governo devia ter acompanhado essa injeção de capital na economia de medidas para taxar os mais ricos e recuperar esse investimento, evitando assim o aumento do fosso entre ricos e pobres. É a primeira vez que ouço esta tese. Sendo um leigo na matéria e vosso leitor assíduo, gostaria de saber a vossa opinião sobre a mesma.
ResponderEliminarhttps://youtu.be/ViY-zI3b5JQ
Caro Luís Vintém,
ResponderEliminarÉ uma tese que pressupõe que a causa da inflação é a procura. A meu ver, uma tese errada e sem suporte empírico. A inflação terá diversas causas mas, para além do efeito base (compensação da queda do PIB em 2020), dos gargalos produtivos e logísticos provocados pela paragem das economias em resultado da pandemia e da mudança nas preferências dos consumidores, a causa principal é o preço da energia. Neste fenómeno, o papel desempenhado pela procura não é significativo, sobretudo num contexto em que os salários reais recuam fortemente.
O gráfico também mostra outra coisa, à medida que a produtividade do trabalhador português ia aumentando o discurso da crise, começando pela “tanga” que depois passou para o “não há alternativa” e “andaram a viver acima das possibilidades”, também se foi intensificando com o passar dos anos, não é curioso?
ResponderEliminarOs portugueses cada vez mais produtivos e cada vez mais pobres…
Há uma certa lógica do Capitalismo, quanto mais produtivo o trabalhador mais o Capitalismo humilha o trabalhador e mais o rouba, que sistema político-económico fantástico!
E depois que os liberais deem sermões sobre “valores”, “democracia liberal”, “liberdade”...