quinta-feira, 17 de março de 2022

Realismos

Um livro a traduzir...

Concordo com Vital Moreira num ponto: independentemente da crítica que possamos fazer ao realismo ofensivo de John Mearsheimer, e todo o marxista tem de ter um momento realista, a verdade é que tem diagnosticado de forma presciente os riscos para a paz internacional de levar a OTAN até às fronteiras da Rússia e as correspondentes responsabilidades na crise ucraniana.

No entanto, é preciso não esquecer que tal crítica se inscreve, saudavelmente na minha opinião, num diagnóstico anti-liberal na condução da política externa, sublinhando a perigosa belicosidade inerente a esta utopia armada, sempre cheia de fervor militante, ordenadora na teoria e desordenadora na prática.

De resto, todos concordamos com o “perigo” que os guerreiros nacionais de sofá, de Manuel Carvalho a Ana Gomes, representam nas suas felizmente modestas possibilidades. Como é evidente, as negociações em curso terão de levar a um credível estatuto de neutralidade para a Ucrânia. E todos os adultos nas salas das negociações sabem isso, esperemos...

4 comentários:

  1. Alguns "instalados do sistema" - uns gabirus!

    - usam frequentemente a política externa/relações internacionais, como elevador de estatuto de "grande estadista"!

    Afinal, parece que "a coisa" é mais acessível...

    basta encher a boca com...soberania!

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  2. A "Senhora de Fátima" voltou,ausente nestas últimas décadas de conflitos e invasões a "Senhora" viajou até à Ucrânia

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  3. "negociações em curso terão de levar a um credível estatuto de neutralidade para a Ucrânia."
    Deve poder ter exército e armamento não-nuclear próprio?
    Deve poder aderir a UE?
    E na questão da integralidade do território Ucraniano, qual é a "posição adulta"?
    Resumindo, afinal, a Ucrânia existe ou não?

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  4. Mais um naco de "propaganda russa" assinada por Vital Moreira
    (https://causa-nossa.blogspot.com/2022/03/guerra-na-ucrania-21-ajuda-que.html):

    '1. Entre os muitos estrangeiros que responderam ao apelo do Presidente Zelinski para ajudar a combater a invasão russa contam-se militantes de grupos de extrema-direita e supremacistas brancos - incluindo portugueses (*) -, que «aproveitaram o apelo de Zelensky para rumarem à Ucrânia, com o principal objetivo de receberem treino e ganharem experiência de combate num cenário real de guerra [e] criar uma rampa de lançamento para um movimento transnacional».Há ajudas que comprometem!

    2. Que se saiba, não houve nenhum escrutínio tendente a excluir esses "combatentes", de ideologia comprovadamente neonazi, o que não deixa de ser estranho, sendo o Presidente de origem judaica (e tendo os judeus ucranianos sido tragicamente massacrados durante a ocupação nazi na II Guerra Mundial), mas menos surpreendente, quando se sabe que o notório "regimento Azov", uma milícia neonazi armada, formada em 2014, está formalmente integrada na Guarda Nacional da Ucrânia.Pelos vistos, no combate à invasão da Ucrânia nem todos lutam por causas nobres, nomeadamente pela "democracia liberal"!'

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    (*) https://zap.aeiou.pt/mario-machado-neonazis-ucrania-467458

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