sábado, 26 de fevereiro de 2022

Todos têm as mãos sujas de sangue


Condenar esta guerra não é incompatível com a simultânea condenação do comportamento dos EUA e da UE desde a queda do muro de Berlim. Nenhuma guerra é inevitável; na realidade social (como de resto em qualquer outra) não há determinismo.

O melhor comentário político que tem passado nas televisões é, quase sempre, os dos militares na reserva, com grande experiência no teatro de operações de guerra e um grande conhecimento da história dos conflitos na Europa, sempre com enquadramento na geo-estratégia das grandes potências.

Pelo que tenho visto, são de uma enorme sensatez e isenção. Põem em causa a actuação das lideranças políticas, incluindo a da UE, e contrastam com a maior parte dos especialistas de relações internacionais (excepção para José Pedro Teixeira Fernandes) que têm associado o conflito à preservação da democracia na Ucrânia e na Europa, omitindo que as acções dos EUA por interpostas ONG, e as milícias nazis, discretamente apoiadas por países da UE, foram decisivas para a queda do regime que dava tranquilidade à Rússia. Chegam a garantir (sem qualquer indício credível) que Putin quer anexar tudo o que foi da URSS.

Adoptando um discurso belicista, não falta na televisão quem defenda a necessidade de uma escalada militar, um braço-de-ferro entre a NATO e a Rússia, ignorando com a maior leviandade o que significaria uma 3ª Guerra Mundial (ver declarações incendiárias após a participação da Finlândia e da Suécia numa reunião da NATO, o que aliás foi uma verdadeira provocação à Rússia). A este propósito, concordo com a posição de Helena Ferro Gouveia na CNN: "Eu acho que neste momento é prudente não estar a alimentar ainda mais estas questões. É determinante manter a condenação firme mas alimentar ainda mais os pretextos de Moscovo é algo que deve ser evitado."

Vejam, por exemplo, o que diz o Major General Raul Cunha (RTP 3 - RTP Play, a partir do minuto 34:00 - 25 Fev 2022):
“Os líderes ocidentais sobretudo, aqueles que incentivaram este governo ucraniano, que lhes venderam 600 milhões de dólares de armamento … demos armas, demos treino, agora vocês aguentem-se contra a Rússia, por amor de Deus! A NATO, o presidente dos EUA, Boris Johnson e a UE tiveram um comportamento nas bordas do criminoso, tão mau como o do Putin. Estão todos muito bem uns para os outros.” (...) “Eu não acredito que seja intenção da Rússia reconstituir o império soviético. O plano final é impor na Ucrânia um governo que lhe seja simpático.”

Está na hora de reconhecermos que a posição geográfica de alguns países exige um compromisso entre dois valores igualmente importantes, a preservação da paz internacional e a autodeterminação de um país soberano. O compromisso passa pela valorização do estatuto de neutralidade da Finlândia e da Suécia, e era isso que devia ter sido aconselhado explicitamente à Ucrânia, pelo menos desde 2007, em vez do caloroso acolhimento à ideia de adesão à NATO e à UE, uma expectativa que foi sendo alimentada e empurrada para um horizonte incerto, tendo plena consciência de que a Rússia entendia isso como uma ameaça à sua segurança. A verdade é que hoje todos têm as mãos sujas de sangue.

21 comentários:

  1. Muito bem escrito sr. Jorge Bateira,e que tal perguntar aos srs; BORIS JOHNSON ,STOLTENBERG e a toda essa gente que culpa a RUSSIA por este conflito;Se eles autorizavam a instalacao de uma pocilga ao lado da casa deles? Para mim a NATO a manadado dos criminosos americanos acabaram com a jugoslavia,Iraque Afganistao. O que e que estas nacoes fizeram a NATO e AMERICANOS? esta POCILGA (nato) foi criada em 1949 para que? Eu nao gosto de pocilgas ao lado da minha casa e o sr. PUTIN tambem nao.

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  2. Concordo.
    Ao invadir a Ucrânia, Putin perdeu a guerra. A dor das vítimas do conflito irá sobrepor-se a quaisquer razões geoestratégicas de defesa da Rússia.

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  3. Muito bem, Jorge Bateira, compreendeu tudo mas há ainda algumas lacunas no seu texto.
    Vejamos, onde está o facto que há oito anos o governo sediado em Kiev tem conduzido uma guerra criminosa contra o seu próprio povo, na região do Donbass?

    Onde está a confirmação que os governos sediados em Kiev, desde a revolta de Maidan, deram luz verde e facilidade a grupos nazis, para andarem armados e até mesmo fazerem a guerra no Donbass?

    Eu recordo que estes grupos nazis foram altamente favorecidos, como o batalhão «Azov» e outros que elevaram ao estatuto de heróis membros da 14.ª divisão das Waffen «SS», as Galizai. Afinal, devemos ou não apoiar uma operação destas, como uma luta contra o nazismo?

    Os russos sabem deste problema, porque o sofreram na pele e conhecem os contornos racistas destes grupos que tratam os russos, como os alemães hitlerianos na 2.ª guerra trataram.
    Infelizmente, nós não sofremos uma invasão e ocupação nazi e, por isso, achamos estranho o aviso dado por Vladimir Putin ao governo de Kiev.

    Por fim, será que o Jorge Bateira reparou como os EUA acertaram várias contas, enquanto os papagaios da comunicação social anunciavam a invasão russa da Ucrânia?

    Reparou como continuaram a bombardear o Sudão? Como em acordo com o estado criminoso da Colômbia mataram mais dois líderes sociais deste país, um deles que tinha assinado o acordo de paz em Havana? Como pagaram a grupos infiltrados no México para abaterem jornalistas honestos que estavam ao lado de López Obrador?

    Será que reparou que os EUA festejaram assim que o acordo do gás natural Alemanha/Rússia foi cancelado?

    Em vez de querer agradar a gregos e a troianos, com o seu texto, porque não ganha alguma coragem e luta na linha da frente contra o verdadeiro inimigo que está no Pentágono e em Washington? Porque também não alerta do perigo nazi que existe na Ucrânia e que, nesta altura, se comporta como o bunker de Hitler se comportou em Berlim, no final da guerra, apelando ao recrutamento de velhos e crianças para lutar contra os russos?

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  4. Em blocos onde não existe democracia obviamente não há qualquer possibilidade de um confronto pela civilidade, a esquerda tem de ser séria, não existe democracia nem nos Estados Unidos nem na Europa, uma larga maioria anda a fingir que não vê isto, ultimamente as conversas sobre os grandes assuntos, e já agora os sobre os pequenos também, roçam o absurdo com articulações sem qualquer sentido ou fundo de verdade.

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  5. O que se passa, você ia tão bem e alguém o lembrou que estava a afastar-se da cartilha? Pensava que era um independente de Esquerda...

    Condenar tudo, como bem disse o Ministro Santos Silva na AR, em resposta a João Oliveira, é uma excelente maneira de não se condenar nada em particular. Aposto que um neoconservador também não se cansaria de lembrar, depois da tragédia iraquiana, que Saddam era um criminoso da pior espécie e que tinha seguramente muito mais sangue nas mãos do que George W. Bush (não é ironia).

    O Jorge Bateira acaba de enunciar um princípio muito interessante, o de que a preservação da paz a nível internacional exige o sacrifício da soberania de alguns Estados. Citando de novo o MNE, isso tem um nome e chama-se imperialismo. Vá dizê-lo aos ucranianos em particular, mas também aos georgianos, moldavos, etc (o etc inclui todos os Estados que a URSS invadiu a pretexto do combate ao imperialismo americano ou lá o que era, e que o PCP cobardemente apoiou).

    A extensão da NATO até às fronteiras da Rússia foi evidentemente um ato pouco inteligente, sucede que a própria Rússia deveria perguntar-se porque diabo é que os seus vizinhos correm todos para fazer parte de uma aliança que lhe é hostil?

    Talvez o facto de a mesma Rússia lhes exigir que prescindam da sua soberania (sem que, sobretudo, a Rússia esteja ela própria disposta a abdicar de alguma da sua) tenha algo a ver com isso.

    Talvez o facto da gigante Rússia lhes colocar centenas de milhares de soldados às portas (e depois invadir os seus países) tenha algo que ver com isso.

    Quando a gigante Rússia for capaz de se comportar como uma nação como as outras, a NATO tornar-se-á seguramente então e definitivamente um anacronismo.

    Mas esta tese da suspensão da soberania dos Estados é particularmente curiosa vinda de um soberanista como você. Afinal, a UE implica uma partilha (e uma perda) de soberania entre os Estados que a constituem, os menos populosos e mais fracos economicamente em particular, e nem isso você aceita.

    Está bom de ver, esta Esquerda sofre de um problema a que poderíamos chamar, 'o que nós queremos é que não nos arranjem chatices' (leia-se, sofre de cobardia).

    E se para não haver chatices, for preciso deixar de aplicar aos outros os princípios que exigimos para nós próprios, pois paciência.

    Isto tem um nome e não é bonito.

    Sucede que Portugal é um País pequeno e há aqui ao lado um Partido que até já apresentou um mapa da Espanha com Portugal a fazer parte dela (diz o Chega que era para realçar a amizade entre os povos, pelos vistos).

    Até por isso, eu gosto da NATO, não vá o Senhor Abascal lembrar-se de vir dizer que na verdade os povos da Península são todos irmãos (o que é verdade) e que por causa disso Portugal não tem direito a existir...

    È que eu gostava de enunciar um princípio de realpolitik, o Direito Internacional, sendo os homens o que são, só se afirma com uma considerável força dissuasora que meta respeito ao Senhor Putin ou a qualquer autocrata ou candidato a tal de dimensão menor, Santiago Abascal em particular.

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  6. Jaime Santos continua a ser cúmplice dos atos perpetrados pelos nazis ucranianos no Donbass. Nem uma palavra sobre aqueles que apoiam estes bandidos e que são culpados de matar civis em Lugansk e Donetsk.
    Os seus comentários sobre esta situação para além de torpes, são verdadeiramente imbecis. Vêm de uma consciência débil.

    Para o Sr. Tavisto, esta guerra ainda não foi perdida nem mal começou. Há várias guerras a desenrolar neste Mundo que o Tavisto esqueceu, desde o Iémen, à Síria, à Colômbia e até mesmo ao Sudão. É pena que o Tavisto se acobarde contra os nazis numa hora destas e que os russos estão a lutar na frente do Donbass. Afinal, onde está a herança daqueles que reconhecem o nazismo como inimigo da humanidade? Não mostre o flanco nesta altura. A falta de caráter é uma coisa que deita tudo a perder.

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  7. Imperdível o documentário de Oliver Stone "Ukraine On Fire-2016" (pode ser visto no YouTube legendado) para perceber o que tem sido a política interna daquele país e as influências exteriores.

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  8. Poderão as pessoas pensar pela sua cabeça? Esta dicotomia de esquerda/direita é uma treta pegada. O que a Rússia fez é inqualificável e não se justifica... E apresentar outros casos de opressão internacional como contrapeso da balança é tratar toda a gente por burro. Não é por o meu vizinho roubar bicicletas e ficar impune que né dá o direito de fazer o mesmo.

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  9. Gostei da declaração de Vladimir Putin em relação aos nazis ucranianos. Quando ele disse que iria atrás deles para puni-los, soube a um espírito do passado que andou muito tempo adormecido.

    Para quem conhece os crimes cometidos pela décima quarta divisão das «SS» na Ucrânia, percebe este sentimento. Quem viu os nazis marchar em Kiev, após Maidan, envergando os símbolos e a bandeira desta maldita divisão, também sabe como Putin tem razão.

    Este espírito que pune aqueles que são malditos é aquele que nos leva ao romantismo e possivelmente até à eternidade. É o mesmo espírito que acompanha os cavaleiros soviéticos em Korsun, contra uma multidão de soldados alemães em fuga. É o espírito da vitória.

    Porém, ler este texto de Jorge Bateira traz um dissabor grave aos homens que querem ver mais luz no seu caminho e que procuram esse espírito vivo. Ler estes dois últimos textos que escreveu soa a cobardia e a fraqueza, como também a partilhar segredos com o inimigo.
    Não diz toda a verdade e esconde o facto dos ucranianos ajudarem os nazis e a armá-los.
    Quando li estes dois textos, senti vergonha. Não vi um Jorge Bateira; antes vi meio Jorge Bateira.

    Pelo espírito dos antepassados russos, aqueles que sofreram na segunda grande guerra, e em nome daqueles que foram dignos e valentes, apelemos à verdadeira justiça para ver o fim do nazismo na Ucrânia.

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  10. MUITO, MAS MUITO, PIORES QUE PUTIN
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    O vizinho de Putin (vulgo Ocidente XX-XXI) é pessoal nada, mas mesmo nada, recomendável.
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    Europeu-do-sistema XX-XXI: boys e girls que:
    - INSTIGAM GUERRAS, INSTIGAM SUBDESENVOLVIMENTO... E... PROCURAM INSTITUIR ÓDIO, SENTIMENTO DE CULPA, CONTRA OS IDENTITÁRIOS AUTÓCTONES que reinvidicam a Liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo.
    [e instigam o cerco a Vladimir Putin por países da NATO]
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    Putin deveria ter feito uma ofensiva diplomática:
    -> os líderes do europeu-do-sistema XX-XXI (Merkel, Sarkozy, etc) deveriam ser JULGADOS POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE.
    [estiveram em conluio, quer com a destruição de economias, quer com o massacre de milhões de pessoas]
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    Exemplo 1:
    - Merkel (etc) bloqueiam a investigação à forma como chegam armas a 'grupos rebeldes' que... não possuem fábricas de armamento!
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    Merkel (etc) estão preocupados é em acusar de '''RACISTAS'''/xenófobos os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
    - «a recepção de refugiados faź parte do negócio... os países aonde são produzidas as armas utilizadas pelos 'grupos rebeldes' é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
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    [É isso: a máfia do armamento fornece armas a 'grupos rebeldes' (sim: os 'grupos rebeldes' não possuem fábricas de armamento!) para lucrar, não apenas com a venda de armas, mas também com o acesso a recursos naturais de baixo custo (petróleo, etc)... e mais, refugiados são deslocados para locais aonde existem investimentos interessados em negócios de abundância de mão-de-obra servil].
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    Exemplo 2:
    O europeu-do-sistema XX-XXI (procurando ter acesso a uma panóplia de fornecedores de abundância de mão-de-obra servil) bloqueia a introdução da Taxa-Tobin.
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    Pois: o europeu-do-sistema está preocupado é em acusar de 'RACISTAS'/xenófobos os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
    - «num planeta aonde mais de 80% da riqueza está nas mãos dos mais ricos, que representam apenas 1% da população, quem deve pagar a aos povos mais pobres é a Taxa-Tobin, e não a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil de outros povos».
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    O europeu-do-sistema XX-XXI é pessoal para esquecer... é pessoal que: não só VENDEU O SEU SILÊNCIO (às atrocidades cometidas pela máfia do armamento), como também se tornou agente ao serviço de interesses económicos de índole esclavagista/colonialista.
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    Pois é:
    -> o 'problema' do europeu-do-sistema XX-XXI não é Identidade... mas sim, cidadanismo de Roma (dispôr de um território de saque).
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    Sim, europeu-do-sistema XX-XXI:
    - um cidadão de Roma que quer estar no planeta sem trabalhar para a sustentabilidade... e que quer comer-nos por parvos!
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    O cidadanismo de Roma tem duas vertentes:
    1- ódio tiques-dos-impérios: ódio a povos autóctones dotados da Liberdade de ter o seu espaço.
    2- projectar uma economia de índole esclavagista: projectar uma economia com o pressuposto da existência de outros como fornecedores abundância de mão-de-obra servil..
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    1- europeus disponíveis para trabalhar para a sustentabilidade
    ... versus...
    2- europeus do cidadanismo de Roma.
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    Separatismo Identitário na Europa:
    - NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO ("ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo")... não foi... o cidadanismo de Roma.
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    SEPARATISMO-50-50
    ---» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
    .
    -» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com
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    P.S
    O que há a dizer aos supremacistas demográficos... é simples e óbvio:
    - possuem imensos, imensos, territórios ao seu jeito!...
    - não sejam nazis!!!
    - ou seja: aceitem a existência de outros!!!
    Resumindo: os 'globalization-lovers', UE-lovers, etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.

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  11. Muito nos contam... Especialmente se nos recordarmos que em 1939 também todos tinham as mãos sujas de sangue ...

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  12. A invasão da Ucrânia é completamente inaceitável, independentemente das razões de queixa que os russos têm relativamente à Nato. Convém notar que as razões invocadas por Putin para as «operações militares» não se limitam às questões de segurança quando veio dar uma lição de História cujo corolário foi negar a legitimidade da existência da Ucrânia como nação independente. Convém sublinhar que este último ponto NÃO é culpa dos ocidentais (havendo no aumento das tensões ao longo dos anos culpas de parte a parte). E isto é gravíssimo pois significa recuar ao tempo em que na Europa as fronteiras se redesenhavam pela força militar - um retrocesso civilizacional.

    Chegados a este ponto, a única coisa a fazer é evitar a escalada militar e fazer todos os esforços para organizar uma conferência para a segurança na Europa onde todas as partes possam apresentar as suas pretensões de segurança. Condições necessárias para essa realização: cessar fogo, retirada das tropas russas da Ucrânia e aceitação das fronteiras actuais.

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  13. Caro Jorge Bateira,

    Não se deixe intimidar pelos disparates do NATÓfilo Jaime Santos, e continue assim chamando, tanto quanto for capaz, as coisas pelos nomes. Dito isto, deixo lhe aqui um texto que o poderá ajudar, bem como aos restantes leitores, a continuar a compreender o sarilho presente:

    https://consortiumnews.com/2022/02/23/diana-johnstone-us-foreign-policy-is-a-cruel-sport/

    "What is truly diabolical is that, while constantly accusing the Russian bear of plotting to expand, the whole [US/NATO] policy is directed at goading it into expanding! Because then we can issue punishing sanctions, raise the Pentagon budget a few notches higher and tighten the NATO Protection Racket noose tighter around our precious European “allies.”"

    Caro Jaime,

    Você e o Santos Silva parecem farinha do mesmo saco. "Condenar tudo [...] é uma excelente maneira de não se condenar nada em particular". Retórica vazia. Se isto fosse verdade, então não condenar nada é condenar tudo... o que é um óbvio disparate. Condena-se o que se tiver razões para condenar, e apenas isso. Se houver razões para condenar tudo, condena-se tudo. Se não houver razões para condenar o que quer seja, óptimo -- não se condena nada.

    Infelizmente, neste caso, aos actos condenáveis de um dos lados, seguiu-se um acto ainda mais condenável do outro... É mesmo caso para dizer, que Deus nos guarde!

    (Condenar não é um sistema de estabelecer prioridades. Aí sim, dizer que é tudo prioritário é o mesmo que dizer que nada é prioritário...)

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  14. O sr. Miguel parece que continua a navegar na maionese: "cessar fogo, retirada das tropas russas da Ucrânia e aceitação das fronteiras actuais", como se isso fosse uma solução pragmática para um problema que se resumiria ao retrocesso do redesenho de fronteiras por via da força.

    E enquanto você navega num único sabor, esquiva a NATO... mas isto é mesmo sobre o crescimento da NATO e da ascensão de um mundo multipolar. ui, um verdadeiro horror às "democracias"! (ou ao capitalismo eurocentrista? ocidentalista?).

    A solução pragmática - e em linha com as declarações dos nossos generais da reserva - é mesmo o não crescimento da NATO e a queda deste governo ucraniano ilegítimo, assassino, neonazi. precisamos de reconhecer isso o mais rápido possível, isto é, sermos capazes de ouvirmos o outro e de nos colocarmos no lugar do outro, se realmente queremos uma cultura diplomática de soluções pacíficas e de não ofensiva militar. nem por acaso os generais da reserva se aprontam à comunicação social para fazer passar estas informações.

    eis um conceito que nos pode ajudar a perceber estas situações: o espelho. o horror que tanta gente vê nas acções militares russas, movidas por interesses capitalistas russos, é o mesmo horror que tanta outra gente vê em nós, ocidentais da NATO, americanos e pró-americanos, movidos por interesses capitalistas americanos. todos condenáveis, sim, todos. por isso urge o pragmatismo e não as ofensivas que começam na retórica, do tipo "o lado certo da história", como declarou hoje Olaf Sholz. Isto é o quê senão acrescentar lenha na fogueira? Isto é o quê senão encher alemães de orgulho bélico?

    Ainda existem dúvidas das intenções da NATO? nada como olharmos para a nossa história: foi a NATO quem ajudou a acabar com a nossa guerra colonial ou foi quem financiou a guerra colonial?

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  15. "Mário Machado admite, nas redes sociais, intenção da extrema-direita portuguesa de “preparar a invasão e destruição” das sedes do PCP"

    "o neonazi desaconselha os "camaradas", devido à vigilância apertada das autoridades, mas atira "a responsabilidade moral de qualquer ataque" para as "ações de Putin" e o "total apoio do PCP à Invasão da Europa”"

    https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2022-02-27-mario-machado-admite-nas-redes-sociais-intencao-da-extrema-direita-portuguesa-de-preparar-a-invasao-e-destruicao-das-sedes-do-pcp/

    A União Europeia e NATO atraem tanto os Nazis do leste como os Nazis ocidentais, porque será?

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  16. Senhor das 12:10, a sugestão de que os europeus teriam vivido, durante as últimas décadas, com o sentimento de horror face ao «outro lado» é risível. Sentimento de horror para ambos os lados (para os ucranianos, para os russos e para nós a ocidente), só começou com a declaração de intenções do Sr. Putin e a subsequente invasão da Ucrânia. Eu não esquivo a Nato: quando os americanos invadiram o Iraque (face à oposição da Alemanha e da França, por onde se vê que nem a Nato nem os «capitalistas» são monolíticos, olhe se o Schröder não foi para a Gazprom...), estive contra a invasão; quando os russos invadem a Ucrânia, estou contra a invasão. Uma conferência para a segurança na Europa deveria incluir novas regras relativas ao armamento presente em território europeu, outras relativas aos alinhamentos militares com incidência nomeadamente na definição de países neutros. A «casa» pode pegar fogo, urge evitá-lo.

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  17. Uma lufada de sensatez por tudo quando se vai lendo e ouvindo nos media. Tipo o tiradentes Putin acordou na segunda feira e lembrou-se de invadir a Ucrânia e a seguir vem atrás de nós. Se não fosse tudo tão horrendo e tão perigoso até dava vontade rir pelo estado de infantilidade de tanto adulto.

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  18. " Convém notar que as razões invocadas por Putin para as «operações militares» não se limitam às questões de segurança"

    A Rússia é uma potência nuclear, o maior país do mundo em extensão territorial, e tem 144 milhões de habitantes. Que receios de segurança pode, realisticamente ter? A última invasão da Rússia, na 2ª Guerra Mundial, mostrou bem a impossibilidade de tal acontecer e desde aí o armamento Russo desenvolveu-se exponencialmente.
    Acresce que hoje em dia o armamento disponível inclui misseis com alcances de milhares de quilómetros, submarinos e porta-aviões que se deslocam para qualquer parte do Mundo e que daí podem lançar ataques. Já para não falar de ataques cibernéticos ou feitos a partir do Espaço. O que interessa se são países na fronteira, próximos ou distantes?
    Parece que está a defender o seu direito a construir castelos em pleno século 21 para defender cidades!

    Rússia, Estados Unidos e China não têm receios de segurança do seu território. Ponto final.

    Quem tem receios de segurança efetivos são os países pequenos, como a Bielorrússia, a Geórgia, a Ucrânia, a Finlândia, os estados Bálticos, ...
    O que é que a NATO teve a ver com a anexação da Crimeia? Ou a criação das "Repúblicas Independentes" da Abecásia e Ossétia do Sul?

    O problema da Rússia é que se tornou irrelevante no que diz respeito à produção de conhecimento, à inovação, ao desenvolvimento tecnológico e industrial.
    Resta-lhe o poder militar, as exportações de matérias primas (incluindo energia) e a glória (ficcionada) de um passado mais ou menos distante. Onde se vendem produtos russos fora da Rússia? Quais? Quem os quer?

    Ao contrário da China que é hoje a principal economia produtora do mundo. É isso que faz a Rússia sentir-se humilhada mas não é com "garantias de segurança" que resolve o problema.

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  19. Para quem esteja interessado em seguir a verdade deste conflito e perceber alguma coisa de «mãos cheias de sangue», pode ver aqui o modo como este grupo fascista ucraniano treina crianças a usar armas:

    https://www.globalresearch.ca/military-training-for-young-children-at-ukraines-neo-nazi-summer-camp-recruitment-of-ukraines-child-soldiers-financed-by-us-nonlethal-military-aid/5472801

    Nesta próxima página:

    https://www.globalresearch.ca/war-in-ukraine-day-3-russias-advance-slowed-down-ukrainian-forces-resist/5772224

    Onde se diz o seguinte: «The exit of civilians from Mariupol is blocked by fighters of nationalist battalions. There is video evidence of civilians being shot, when they were trying to leave the city, including women and children.»

    Temos a imagem brutal de soldados co batalhão «Azov» a retirarem civis de dentro dos automóveis e que tentam sair de Mariupol. Nestas imagens, um dos civis é abatido.
    Vejam como o batalhão «Azov» atua. Este mesmo batalhão recebeu armas dos EUA para começar a guerra contra a região do Donbass. Os seus esquadrões de autênticos bandidos atuam para matar, tal como faziam as divisões das «SS», entre 1941-1945.

    Que o Sr. Jorge Bateira tenha a coragem de publicar este comentário.

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  20. 27 de fevereiro de 2022 às 17:31

    Não iria tão longe a ponto de negar em absoluto os receios de segurança das três grandes potências (embora sejam receios outros que territoriais), mas é evidente e inegável que os "pequenos" que cita (e outros) são muito mais vulneráveis e têm muito mais a temer.

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  21. Segundo novas informações, a Inglaterra ajudou a treinar militarmente membros do batalhão «Azov».

    Está aqui o link que demonstra isso: https://www.globalresearch.ca/uk-commanders-ukraine-met-neo-nazi-linked-national-guard-deepen-military-cooperation/5772106

    Hoje, a ministra dos negócios estrangeiros inglesa abriu a exceção de soldados ingleses voluntários para ajudar a combater a Rússia, auxiliando o exército ucraniano.

    Enquanto as negociações entre a Ucrânia e a Rússia estão abertas em Minsk, algumas partes atuam por desespero. Qual a razão desse mesmo desespero? Será porque a Rússia estará próxima de atingir o seu objetivo e mudar a estrutura de poder em Kiev, de modo a poder punir os nazis que queimaram civis em Odessa, em Maio de 2014?

    Qual a razão do silêncio da comunicação social diante da descoberta de valas comuns, em Donbass, com civis mortos pelos comandos nazis de Kiev?

    Afinal de contas, derrotámos o nazismo em 1945 ou estamos a assistir ao seu ressurgimento na Ucrânia?

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