quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Contra o «sistema», mas sem abdicar do «chapéu e das prebendas»


«É por isso que isto do Chega é muito hipócrita. O que é que traz o lugar de vice-presidente da Assembleia da República? Traz gabinete e carro. Mais nada. E não sei se o salário é maior... Gabinete e carro. Num partido que está sempre a protestar contra as prebendas dos políticos, vemos esta obsessão com o lugar de vice-presidente da Assembleia, que é um lugar facultativo, que depende do voto dos outros deputados, que não é um direito que o Chega tenha. (...) Se querem ter um vice-presidente expliquem. Para além, evidentemente, do situacionismo do Chega, que no fundo quer não só o chapéu, de vice-presidente, como quer as prebendas».

Do comentário de José Pacheco Pereira na edição desta semana do Princípio da Incerteza, a assinalar a hipocrisia de Ventura, que na campanha das últimas legislativas, por exemplo, prometeu «acabar com metade dos cargos políticos existentes em quatro anos» e defendeu que «não haverá corte de funcionários públicos» nem «corte de pensões, sem que os políticos sejam os primeiros a dar o exemplo, em Portugal».

2 comentários:

  1. Que traz o lugar? Normalização e maior legitimidade institucional do partido. Aliás, é para não dar isso que a maioria vai votar contra.

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  2. Gabinete e carro, porquê?
    A novidade de uma mordomia geralmente ignorada e a questão acima, é das utilidades do cerco totalitário em curso.

    Que o serviço da Mesa da AR tenha carro e gabinetes operacionais parece-me normal. Que seja direito pessoal de quem ocupa uma diferente cadeira na AR, será mais uma das desbundas do sistema.

    Quanto ao Chega, aprecio todo o esforço que vem sendo realizado para lhe garantir a utilidade, mantendo-o excluído do sistema.

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