domingo, 16 de janeiro de 2022

O declínio editorial já não é notícia


Fascista nos tempos da universidade, em Coimbra, José Miguel Júdice tornou-se mais conhecido por ser um dos principais facilitadores, termo forjado para dar a ver uma certa advocacia de grandes negócios, expressão de toda uma economia política do bloco burguês, erradamente chamado de central. 

“Um fascista capitalista”, para retomar a fórmula de Paul Samuelson. Não os há de outro tipo, claro.

Daí à primeira página do decadente Diário de Notícias, que mimetiza uma televisão tão má ou pior, é um dois em um: aparecer é faturar e ideologizar, afinal de contas. 

Não gosto de sobrestimar o papel desta comunicação social brutalmente enviesada, em que os cada vez mais precários jornalistas já não conseguem manter sequer uma autonomia relativa em relação à lógica proprietarista, mas também convém não o subestimar. É uma das ameaças à democracia, afinal de contas.

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