segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Querido diário - Há dez anos, no mandato de Passos Coelho
A "revolução" liberal era para ser estrutural, mas afinal nada de essencial se conseguiu mudar em Portugal, além do aprofundamento das condições para a dominância de baixos salários como medida económica para aumentar a competitividade da economia portuguesa e..., tendo como efeito colateral espectável, o alargamento do fosso entre ricos e pobres que havia de se dar, mesmo quando Portugal já era, em 2011, um dos país mais desiguais.
E apesar disso, ei-los que voltam alegres e felizes, velhos ou reformatados, como se nada tivessem pensado e nada tivessem feito de acordo com essas ideias políticas. E o estranho é que estes títulos se repetem, ano após ano, década após década, como se apenas a espuma dos dias importasse. E embrulhada nessa espuma dos dias, lá vêm as velhas receitas defendidas agora por caras novas e modernas - exemplo da privatização de instituições públicas com dinheiro ou com acesso ao controlo social (CGD, Saúde, Educação, TAP, RTP, defendidas pela IL) ou da Segurança Social (PSD), que, afinal e por junto, mantêm o status quo político ao fomentar a desigualdade social.
Quando a estupidez e a corrupção mantem muita pobreza, é evidente que o fosso alarga.
ResponderEliminarPor definição, um rico sempre enriquece; ser rico é não consumir a renda que tem.
Caro José,
ResponderEliminarDizer estas atoardas no século 21, é não ter percebido nada do que se passou no século19 e 20. É munto ano junto! Sobretudo aquela parte é que se acha que "ser rico é não consumir a renda que se tem"! Acho que nem na filosofia Zen esta tirada foi tão loucamente assumida...
A desfaçatez dos indivíduos que andaram (andam) a regurgitar a tralha neoliberal durante décadas é surreal.
ResponderEliminarO que é que nós podemos fazer para desmontar de uma vez por todas a aldrabice neoliberal?
Como é que nós vamos derrubar a muralha de mentiras que o Neoliberalismo criou quando o Partido - que não é - Socialista foi um dos responsáveis pela sua criação e NÃO quer que a avaliação à União Europeia/ Euro seja feita?
O Partido - que não é - Socialista convive muito bem com a conversa fiada da “bancarrota socialista” do PSD-CDS pois sabe que é fantochada para entreter o povo.
É assim, o Partido – que não é – Social Democrata acusa o Partido – que não é – Socialista de ter provocado a “bancarrota”, o P”S” finge que fica ofendido, finge que contesta esta afirmação pois se realmente fosse contestar esta afirmação tinha que explicar o mal que o Euro e a UE fizeram a Portugal, e repito, o P”S” NÃO vai pôr em causa a UE/ Euro NUNCA!
Nós temos que fazer a inevitável análise à integração europeísta, avaliar as “ajudas” do FMI aos vários países (não só da Europa) e seus - miseráveis - resultados ao longo das décadas, ou seja, nós temos que avaliar a ideologia neoliberal que se fez passar por não-ideologia.
Os neoliberais gostam muito de avaliar os outros mas detestam ser avaliados, eles sabem que a sua ideologia não falhou em criar prosperidade para a generalidade da população pois nunca foi esse o objectivo, é por isso que fogem da avaliação com a retórica “não questionem nada o que nós dizemos, Não Há Alternativa!”, não podemos questionar o Neoliberalismo pois os neoliberais sabem que este sempre foi um golpe da classe dominante contra os restantes...
Caro João,
ResponderEliminarOs séculos XIX e XX não servem de padrão para coisa alguma que não o extraordinário crescimento da riqueza e do bem-estar no mundo.
O seu impacto no Zen e em tantas outra aproximações do homem à realidade é incidental.
A desigualdade, a diversidade, o acaso, continuam o seu inelutável curso.
Da intervenção divina ao racionalismo materialista, negar evidências é a comum e falhada tentativa em tornar a realidade configurada em certezas, e são mero socorro de mentes religiosas.
A igualdade dos homens perante a lei, sendo ambição maior, é processo inacabado e sempre pervertido por quem faz leis obscuras e por quem corrompe a sua aplicação.
Como lhe venho dizendo, em tudo o mais igualdade é palava abusada e que promove abusos, e não só é dispensável como perniciosa na construção da felicidade dos povos.
Assim comenta o senhorio «Jose», o qual a passagem do século XX para o XXI, contribuiu imenso para a sua extraordinária riqueza, em rendas especulativas, extorquidas a inquilinos de uma classe média e pequena. Ora retira a renda de seiscentos aqui, ora a de oitocentos ali, contribuindo decisivamente para a sua riqueza e arroto descomedido diário aqui no blog dos «Ladrões de Bicicletas». Na verdade, quem precisa do socialismo, quando o capitalismo o ajuda tanto?
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