Um Governo devia saber: dar subsídios às empresas para pagar o aumento do salário mínimo é incentivar o alastramento da pandemia de salários mínimos, de baixos salários.
Uma das razões do chumbo do orçamento pelas esquerdas foi a não revogação das leis laborais e os baixos salários,agora o PS vem apelar ao voto útil para ter o caminho livre para tomar as politicas impostas por Bruxelas.
O estado paga o lucro das empresas, é mais do mesmo, os custos são socializados e os lucros são privatizados é este o modelo social da actualidade, e no que diz respeito ao salário mínimo ainda é mais perverso, o estado premeia as empresas por pagarem o ordenado mínimo, ordenado este que é abaixo do mínimo da existência saudável mas parece que não é bom para a economia os salários que permitem vidas com direitos. Qualquer cidadão minimamente decente devia pensar no que realmente significa esta máxima.
Se é para subsidiar o subemprego, mais valerá subsidiar o subempregado, directamente! Dar ao patrão para este "empochar" a comissão e entregar o remanescente ao trabalhador e, ainda assim, chamar-lhe aumento do salário mínimo, é descaramento! Querem transformar todos os patrões do país em empresas de trabalho temporário ...
Depois do IVAucher e do AutoVoucher a solução é um SMNVaucher para compensar as empresas pelo aumento do SMN. A partir de aqui a solução para qualquer problema são ... Vauchers!
JRA Curioso como a solução que contesta “dar subsídios às empresas para pagar o aumento do salário mínimo” foi defendida neste mesmo blog por Ricardo Pais Mamede em post de 9 de Novembro p.p, intitulado “António Costa não convence” e ao qual repliquei com esta pergunta (de que nunca obtive resposta): Carlos Antunes disse... Ricardo Pais Mamede Com toda a consideração e respeito que nutro por si, não percebo uma das soluções que preconiza para o aumento do SMN tal como proposto pelo PCP «compensar essas subidas de salários com medidas fiscais, por exemplo?» Significa que defende que seriam os impostos de todos os portugueses a viabilizar o aumento do SNM que é um encargo das empresas?
É tudo bem mais simples e óbvio do que, por vezes, a propositada e exacerbada tecnicidade de certas discussões, quer fazer parecer. Estamos perante um Estado (o Estado capitalista, neste momento com o P"S" ao leme), que se encontra de joelhos perante o capital e que, de resto, existe para o servir (afinal o N. Poulantzas parece que tinha mesmo razão, como de resto, muito antes dele, aquele barbudo alemão que incomoda tanta gente). Por outro lado, temos a transferência de recursos dos de baixo para os de cima como regra fundamental para tentar contrariar a tendência decrescente da taxa de lucro do capital. Até quando? Essa a pergunta a que já nenhum de nós consegue escapar, por mais que tente assobiar para o lado.
Mitos e lendas do Capitalismo: "Os capitalistas não gostam do Estado".
Se é verdade que não há Capitalismo sem Estado, também é verdade desde 2008 esta dependência do Capitalismo pelo Estado se tornou evidente até para alguém que não presta atenção ao mundo que o/a rodeia.
É extraordinário a resiliência do status quo neoliberal, apesar das evidências das aldrabices, da destruição que provocou Neoliberalismo ainda não nos abandonou. Certos partidos e a comunicação social estão atolados por neoliberais que sem qualquer vergonha continuam a repetir o mantra. Claro que os neoliberais são a favor do Estado subsidiar o salário mínimo, e não vai levar muito tempo para que comecem a defender intensamente outro subsídio à classe capitalista, refiro-me ao rendimento básico universal.
Caro Carlos Antunes, o Ricardo Paes Mamede veste com orgulho a facção da direita da dita "esquerda radical" ele é a ponte entre o socialismo que conhecemos e a esquerda propriamente dita não devia esperar dele abordagens radicais como não subsidiar empresas, etc, etc...É tudo uma questão de expectativas.
Hoje, 2/12/2021, o Primeiro-Ministro aumentou o salário Mínimo para 4,07€/Hora. De realçar que este valor já vem prometido de 2015. A Alemanha o salário Mínimo foi aumentado para €12,5 Hora.
Uma das razões do chumbo do orçamento pelas esquerdas foi a não revogação das leis laborais e os baixos salários,agora o PS vem apelar ao voto útil para ter o caminho livre para tomar as politicas impostas por Bruxelas.
ResponderEliminarO estado paga o lucro das empresas, é mais do mesmo, os custos são socializados e os lucros são privatizados é este o modelo social da actualidade, e no que diz respeito ao salário mínimo ainda é mais perverso, o estado premeia as empresas por pagarem o ordenado mínimo, ordenado este que é abaixo do mínimo da existência saudável mas parece que não é bom para a economia os salários que permitem vidas com direitos. Qualquer cidadão minimamente decente devia pensar no que realmente significa esta máxima.
ResponderEliminaros novos contratos com salário mínimo não poderão ter direito a esse subsídio. caso contrário é uma aberração completa.
ResponderEliminarSe é para subsidiar o subemprego, mais valerá subsidiar o subempregado, directamente!
ResponderEliminarDar ao patrão para este "empochar" a comissão e entregar o remanescente ao trabalhador e, ainda assim, chamar-lhe aumento do salário mínimo, é descaramento! Querem transformar todos os patrões do país em empresas de trabalho temporário ...
Depois do IVAucher e do AutoVoucher a solução é um SMNVaucher para compensar as empresas pelo aumento do SMN. A partir de aqui a solução para qualquer problema são ... Vauchers!
ResponderEliminarJRA
ResponderEliminarCurioso como a solução que contesta “dar subsídios às empresas para pagar o aumento do salário mínimo” foi defendida neste mesmo blog por Ricardo Pais Mamede em post de 9 de Novembro p.p, intitulado “António Costa não convence” e ao qual repliquei com esta pergunta (de que nunca obtive resposta):
Carlos Antunes disse...
Ricardo Pais Mamede
Com toda a consideração e respeito que nutro por si, não percebo uma das soluções que preconiza para o aumento do SMN tal como proposto pelo PCP «compensar essas subidas de salários com medidas fiscais, por exemplo?»
Significa que defende que seriam os impostos de todos os portugueses a viabilizar o aumento do SNM que é um encargo das empresas?
Afinal quem está a pagar os salários?
ResponderEliminarÉ tudo bem mais simples e óbvio do que, por vezes, a propositada e exacerbada tecnicidade de certas discussões, quer fazer parecer. Estamos perante um Estado (o Estado capitalista, neste momento com o P"S" ao leme), que se encontra de joelhos perante o capital e que, de resto, existe para o servir (afinal o N. Poulantzas parece que tinha mesmo razão, como de resto, muito antes dele, aquele barbudo alemão que incomoda tanta gente). Por outro lado, temos a transferência de recursos dos de baixo para os de cima como regra fundamental para tentar contrariar a tendência decrescente da taxa de lucro do capital. Até quando? Essa a pergunta a que já nenhum de nós consegue escapar, por mais que tente assobiar para o lado.
ResponderEliminarMitos e lendas do Capitalismo: "Os capitalistas não gostam do Estado".
ResponderEliminarSe é verdade que não há Capitalismo sem Estado, também é verdade desde 2008 esta dependência do Capitalismo pelo Estado se tornou evidente até para alguém que não presta atenção ao mundo que o/a rodeia.
É extraordinário a resiliência do status quo neoliberal, apesar das evidências das aldrabices, da destruição que provocou Neoliberalismo ainda não nos abandonou.
Certos partidos e a comunicação social estão atolados por neoliberais que sem qualquer vergonha continuam a repetir o mantra.
Claro que os neoliberais são a favor do Estado subsidiar o salário mínimo, e não vai levar muito tempo para que comecem a defender intensamente outro subsídio à classe capitalista, refiro-me ao rendimento básico universal.
O patronato odeia o Estado!
Caro Carlos Antunes, o Ricardo Paes Mamede veste com orgulho a facção da direita da dita "esquerda radical" ele é a ponte entre o socialismo que conhecemos e a esquerda propriamente dita não devia esperar dele abordagens radicais como não subsidiar empresas, etc, etc...É tudo uma questão de expectativas.
ResponderEliminarHoje, 2/12/2021, o Primeiro-Ministro aumentou o salário Mínimo para 4,07€/Hora. De realçar que este valor já vem prometido de 2015. A Alemanha o salário Mínimo foi aumentado para €12,5 Hora.
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